Gardenia do Desejo Florescente, part.1 | [BR/PT]

Capítulo 102 - Vol. 03

Merry e Ramuja

Merry estava arrastando Ramuja desde o momento em que o jovem mestre Aster estava deixando o cargo após seu discurso de abertura. Ramuja iria seguir seu mestre como sempre, mas de alguma forma, Merry o arrastou como uma boneca de pano até que ele foi dominado, porque o aperto de Merry era muito forte.

Eles pararam no jardim oeste e se sentaram em um banco lado a lado, Merry ainda segurava a mão de Ramuja e olhou para o céu. O vento frio não a incomodava em nada, já que ela havia sido criada em um lugar em condições muito difíceis, mas Ramuja estremeceu ligeiramente.

"Estas com frio?" Merry perguntou: "Dê-me sua mão direita."

Ramuja estendeu a mão direita com relutância e Merry esfregou as mãos até sentir calor na palma. Então, Merry colocou a palma da mão quente na bochecha de Ramuja.

"Melhor?" Merry sorriu. Ramuja acenou com a cabeça silenciosamente. Houve um silêncio constrangedor entre eles antes de Ramuja perguntar sobre sua intenção, "Merry, por que estamos aqui?"

Merry franziu a testa, "Para passar um tempo juntos? Por que não? Somos apenas uma camponesa e um escravo aqui, tenho certeza de que não precisamos ir ao banquete daqueles ricos nobres."

"Mas eu preciso estar junto do Jovem mestre."

Merry riu, "Relaxa, Ramuja. O jovem Mestre deve estar ocupado com essas pessoas, ele deve ter conversado com aqueles nobres sobre... hum... negócios? Eu não sei sobre essas coisas, mas não acho que precisamos saber de qualquer maneira. Vamos apenas aproveitar o jardim! "

"Mas..." Ramuja queria repreender isso, porque ele sabia que o Jovem mestre nunca gostou de conversas inúteis, socialização ou reuniões sem base. Ele sabia que o Jovem mestre sempre os deixaria para sua mãe, a grã-duquesa, e preferia ficar em um lugar tranquilo, como um jardim de flores ou sua própria varanda.

'Não há como o Jovem Mestre se juntar à multidão, ele é um solitário.'

'E... e se... ele estiver esperando por mim?'

'E... e se alguns nobres aleatórios tentarem flertar com ele?'

'Aquele homem nojento, Gaum, deve estar tentando beijá-lo agora mesmo! Eu tenho que proteger o Jovem mestre!'

Ramuja levantou-se imediatamente do banco e saiu do jardim, mas Merry o perseguiu e agarrou sua mão, "O-Onde você está indo?" Merry perguntou nervosamente.

"Eu tenho que ir para o Jovem mestre, ele precisa de mim!" Ramuja respondeu.

"Por que você precisaria? Há muitas pessoas lá! Você vai ser um incômodo para ele!" Merry persistiu, ela apertou o aperto em volta do braço de Ramuja.

"... O jovem mestre nunca me vê como um estorvo." Ramuja respondeu novamente, mas desta vez, ele respondeu com firmeza. Como se houvesse uma crença firme em seu coração.

Ramuja relembrou novamente o momento entre ele e o Jovem mestre, ele tentou se lembrar de qualquer memória ruim em que o Jovem Mestre o abusou, mas ele se lembrou de nada além de doçura.

"Por favor, solte minha mão, Merry."

Merry olhou direto nos olhos de Ramuja. Seus olhos estavam vermelhos enquanto ela segurava as lágrimas. Ela não disse nada, mas mordeu o lábio inferior. Seus olhos pareciam perdidos e ela implorou a Ramuja: "E eu? Não passamos nem uma hora juntos desde o momento em que nos encontramos, você nem teve a iniciativa de me encontrar."