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Nessa Barrett

Segunda-feira. O dia mais odiado para a maioria das pessoas, inclusive por mim, ainda mais quando ele vem com algo a mais. A escola.

Volta às aulas, um momento emocionante para alguns, e nem tanto para ouros. Creio que faço parte das pessoas não muito interessadas ao assunto. Mas como minhas obrigações eram maiores, teria que aguentar mais um ano de estudo.

Ouço o barulho da porta de meu quarto sendo aberta, em seguida sentindo uma claridade em meus olhos, - mesmo estando fechados - fazendo com que leve minhas mãos ao rosto.

- Seu material está em cima da escrivaninha. - Ouço Dorota falar e cubro meu rosto com um dos travesseiros de minha cama. - Levei seu fardamento para a lavanderia ontem, então está bem passado do jeito que sua mãe gosta.

Deixo a mostra um de meus olhos - na qual abri minimamente -, enquanto o outro ainda estava protegido pelo travesseiro. Passando a ver Dorota abrindo todas as cortinas de meu quarto e parando a minha frente.

- Vamos, anda. - A mesma tenta me puxar, na qual me sento na cama em meio aos lençóis.

- Eu odeio a escola - resmungo -, afinal fiz tantos cursos, que me pergunto O que a escola poderia me proporcionar Dorota?

- Todo adolescente pergunta isso. - Ela ri - Mas sabe que precisa terminar a escola para ir para Yale.

Yale. Fui lembrada dessa universidade aos últimos anos da minha vida como se tudo realmente dependesse da minha partida para lá. Na verdade não tinha nada contra a universidade, afinal é uma das mais nomeadas.

Mas por que ocupar uma vaga, que poderia ser de alguém que realmente quer está lá?

As pessoas tendem a achar que a faculdade que você vai lhe define. Primeiro perguntam quem são seus pais, - em uma forma de definir você - logo após o que você quer ser ou exercer no mercado de trabalho. E depois por último o seu nome.

Mas apesar de tudo, a única verdade era que eu não sabia ainda o que queria fazer e sim estava destinada pela sociedade e meus pais a exercer. "Tem que saber administrar tudo, a cada decisão mal deita são danos no futuro" E se eu não quisesse tomar estas decisões, e sim seguir com algo que queira?

O problema real era o que eu queria?

Vejo Dorota tirar de seu bolso um caderninho, na qual começa a me falar os compromissos para hoje, enquanto isso me levanto e sigo meu olhar ao uniforme, que estava estendido e segurado pela mulher a minha frente. Pego de sua mão e o observo.

- O horário escolar integral termina as 15:55 pm hoje. - Dorota começa a falar e me acompanha andando por meu quarto, enquanto ia ao banheiro escovar os dentes. - Depois disso tem uma reunião marcada com os amigos investidores de seu pai, ele quer sua ajuda para a decisão da quadra dos jogadores do time.

- Mais uma vez ele me colocando em assuntos do tipo. - Resmungo.

- Eu nem reclamaria com um gato daqueles na reunião menina. - Dorota diz se encostando na pia ao lado.

- Como assim? - Tiro meu olhar do espero e a olho enquanto escovava meus dentes.

- O filho do novo investidor, aquele - a mesma tenta continuar mas não lembra seu nome.

- Hossler. - Digo sem emoção.

- Olha - a baixinha chega perto a mim. Claramente era alguma fofoca - Não que eu seja fofoqueira, mas soube que o filho do senhor Hossler está solteiro. - Vejo a mesma sorria a mim.

- Nunca pensaria que era fofoqueira Dorota Lenear. - Ironizo. - Mas tenho namorado se não lembra. Além do mais esse Hossler, é um completo babaca.

Saí do banheiro e volto ao meu quarto, em direção a escrivaninha, na qual separo meu material e coloco na mochila. Dorota me segue novamente no percurso, me olhando incrédula em busca de novas informações.

- Diga tudo, não poupe detalhes. - Se senta animada em minha cama, enquanto eu deixo um sorriso sair, balançando minha cabeça negativamente.

- Ele é só um babaca rico Dorota, mas algo nele é diferente. - Revelo.

- Diferente? - Indaga ela. - Vamos me conte menina. - A mesma se levanta e fica ao meu lado, enquanto colocava meus livros na mochila.

Dorota era parte da família para mim, ela foi minha cuidadora dês do dia em que me lembro por gente. Assim a mesma sempre soube de todos os momentos de minha vida, e pessoas que se estabeleciam na mesma. Seu jeito fofoqueiro e falante era o único que parecia verdadeiro a mim, de uma forma louca. 

- Ele é arrogante, idiota e imaturo, acha que pode ter o mundo em suas mãos. Talvez seja o fato de fumar e se achar Badboy por isso,  como se tivesse um passado a esconder, o que o seu físico não ajuda, pois realmente aparenta isso. - Dorota ri.

- Do que ri? - Questiono.

- Acho melhor a senhorita se aprontar para a escola. - Diz e sai por fim.

.   .   .

O motorista me deixa na entrada da escola, - onde se situa o campus - o que seria um ótimo momento para fugir. Mas não funcionaria, pois todos já olhavam a mim. 

Olhares, existem os dois tipos. O que realmente olhavam para você e os que forçam olhar. Estes vinham com algo a mais, onde cada um trazia um sentimento, na qual cada pessoa levava o seu.

- Barrett - Megan Clark olha a mim vindo a minha direção, - enquanto sorria a todos e acenava - Megan é considerada minha melhor amiga, seus traços finos e perfeitos poderiam a fazer a mais linda e popular desta escola, o que eu queria muito que acontecesse. Mas não era.

A garota usava um dos fardamento da escola. Tinha um blazer azul em seu corpo como sobreposição a sua blusa branca e ao colete que usava, e sua saia rodada com pregas xadrez da mesma cor. - Uma provável referencia ao filme "As patricinhas de Beverly Hills".  

- Vamos, o Jack está nos esperando com a Lauren. - Muitas pessoas nos cumprimentavam enquanto andávamos, principalmente a mim.

- E ai gatas - Jack cumprimenta. - Parece que entrou um menino novo na turma, já sabiam?

- Não. - Digo e Megan dá de ombros.

- Vi ele conversando com o treinador do time de Lacrosse, um tremendo pedaço de mal caminho. - Revela a morena.

- Alguém viu o Richards? - Pergunto a eles.

- Deve estar com o Blake - Jack exclama, enquanto se aproxima mais de Loren.

- Vou pegar minhas coisas no meu armário, vejo vocês na sala de aula? - Os mesmos ascentem.

Os corredores eram sempre bem vagos no início da aula, logo por ser uma escoam privada e ter mais campus ao redor. Meu armário era no outro corredor, mas vejo uma forte movimentação até estranha no corredor ao lado, que não ligo muito.

Avisto meu armário e coloco os livros que não usaria nesse período no mesmo, fechando ele e seguindo diante sem olhar muito.

- Aí garota - Ouço uma voz rouca a minha frente, na qual tenho certeza já ter ouvido antes.

Não era possível

~

• Capítulo não revisado, se houver algum erro, sinto muito.

• Gostaram da nova capa?

𝐋𝐀 𝐃𝐈 𝐃𝐈𝐄 ✗ 𝑱𝑿𝑫𝑵 𝑨𝑵𝑫 𝑵𝑬𝑺𝑺Onde histórias criam vida. Descubra agora