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Nessa Barrett

- Senhorita Barrett! - Flashes me cercavam enquanto saía do carro - É verdade que seu pai forjou a assinatura do negócio com os Gray? - Uma entrevistadora de revistas de fofoca tenta me parar com a pergunta.

- Todos queremos saber, como é ser a filha do que como dizem os moradores do subúrbio de Los Angeles "Diabo encarnado". - Outro homem desta vez me questiona na qual me viro, logo vendo uma câmera voltada a mim.

- Diabo encarnado? - Meu tom de voz demonstra confusão evidente.

- Deveriam parar de se intrometer na vida dos outros e começarem a cuidar da vida de vocês, deixem a criança. - Sinto as mãos de Dorota em meus ombros e me viro em sequencia, ainda olhando todas aquelas pessoas e sentindo o ódio evidente em seus olhos, enquanto subia os degraus da casa passando pelo portão.

Passo pelo jardim tentando não ligar para tudo isso. Sempre criavam fofocas ao respeito da minha família, ainda mais quando um negócio era fechado. Desta vez investiriam em um time, na qual pode dar bastante lucro pelo que ouvi de meu pai. O problema é que talvez não essa não seja a história toda, afinal posso ver a indignação dos moradores com isso.

- Estamos aqui faz três dias, não entendo como descobriram onde estamos ficando - Revelo ao entrar na casa e ver minha mãe lendo no cômodo principal. 

- Essas coisas sempre acontecem hija. - A morena fecha seu livro e me observa - o que a incomoda tanto? -  Indaga - Parece inquieta.

A porta ao lado se abre, revelando meu pai saindo da mesma com investidores atrás do mesmo. Vejo os mesmos se cumprimentarem entra sí e saírem acompanhados de Dorota, que os leva até a porta de entrada.

- Olá querida - recebo um beijo na testa de meu pai, em seguida o mesmo arruma seu terno - pronta para irmos? - Me questiona e vejo o sorriso evidente no rosto de minha mãe.

- Contrato fechado? - A mesma pergunta com alegria no olhar e meu pai assente, na qual acabam se abraçando.

- Está falando do contrato que assinaria hoje para o time? - Indago.

- Este mesmo, consegui os investidores, - conta claramente animado - e acho que vai gostar de saber quem são - o olho virando minha cabeça para ele em um segundo, afirmando para o mesmo proceder.

- São meus dois amigos de escola, Richards - faz referência ao pai do meu namorado - e Hossler - continua.

- Hossler? - por um momento me pergunto quem é, até que lembro de um amigo de infância na qual já ouvi o mesmo falar uma vez.

- Sim, ele a esposa e o filho se mudaram para a cidade este fim de semana. Irão jantar na nossa casa hoje. - Revela por fim e o olho incrédula.

- Como assim hoje, pensei que ficaríamos aqui até amanhã - o questiono e olho para minha mãe vendo se a mesma me apoia.

- Vamos voltar a negócios, sem discursão. - Ele encerra a conversa.

- O jatinho está pronto os esperando, senhor Barrett. - Dorota anuncia ao voltar ao cômodo.

- Ótimo!

.   .   .

Dormi a viagem quase toda, odiava ficar acordada em viagens, tudo isso porque odiava viagens em si. No momento olhava a janela, onde observava o céu, era incrível poder imaginar tudo diante aquele cenário, onde você criava uma história a sua cabeça para se auto sabotar ao pensar na vida. Na sua tediosa vida.

 - Estamos aterrissando. - Ouço o piloto exclamar, mas acabo não prestando muita atenção nisto. 

- Está acordada hija? - a voz de minha mãe surge ao meu lado e olho a mesma, que estava sentada ao lado de meu pai, ambos tomando um champagne de algum ano na qual diriam ser bom. Na verdade nunca entendi esse conceito de tomar algo feito de anos atrás.

- Talvez possa convidar alguma amiga sua para a festa de hoje, quem sabe não seja divertido - meu pai comunica.

Como algo que as pessoas ficam olhando umas para os rostos do outro fingindo uma conversa descente de "Como vão os negócios?" enquanto seguram bebidas para aquentar o fardo de tudo aquilo poderia realmente ser definido como diversão?

- Não, obrigada - respondi e volto a olhar a janela.

- Josh vai está lá, então acho que isto conta não? - minha mãe tenta me deixar confortável em relação aquilo, pois sabia o meus sentimentos em relação a essas festas.

- Richards só volta da viagem de verão com os amigos na terça - respondo sem emoção.

- Estamos aterrissando - Dorota tenta mudar o clima. 

.    .   .

- Esse vestido está encantador em você - minha mãe fala enquanto segura meus ombros, e me olhava no espelho, na qual sorri a ela antes da mesma sair.

Desço as escadas por fim, já podia escutar a vozes de conversas dentre os convidados. Noto alguns rostos familiares de outras comemorações, assim como novas pessoas, mas de qualquer forma ninguém que eu tenha algum tipo de convivência.

- Querida ai está você! - Ouço meu pai exclamar e me viro o olhando, percebendo que estava acompanhado - Esta é minha filha - me apresenta por fim a um homem que aparenta ter sua idade.

- Olá - tento ser educada sorrindo ao mesmo, enquanto aperto sua mão.

- Ouvi falar muito de você, seu pai me disse sobre sua média impecável na escola - o homem afirma - desculpe, sou o John Hossler - demonstra uma apresentação por fim.

- Ah claro, meu pai me contou sobre o senhor e o contrato, é bom saber que continuam uma amizade depois de muito tempo - tento parecer com que meu pai realmente tenha me falado sobre o mesmo, o que acredito que fez, mas como dito não liguei muito.

- Pai - uma voz por trás do mais velho surge e todos voltamos nosso olhar a aquela rouquidão aparente.

º O que estão achando da história até aqui?

𝐋𝐀 𝐃𝐈 𝐃𝐈𝐄 ✗ 𝑱𝑿𝑫𝑵 𝑨𝑵𝑫 𝑵𝑬𝑺𝑺Onde histórias criam vida. Descubra agora