14 - Company and embraced

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Suspirei, terminando de falar e dei as costas, ouvindo alguns resmungos de Angel ficando para trás.

Me senti abalada o suficiente para não conseguir enfrentar mais vários horários de aula e saí de lá, ouvindo minhas amigas me chamarem, confusas.

Acabou Yale, acabou tudo!

Agora eu terei que ir para qualquer universidade que era só entrar. Como Brown ou sei lá. Merda! Eu não quero isso.

Me sentia uma inútil, totalmente sem chão e sem rumo. Queria ir para casa chorar, mas ao mesmo tempo não, precisava de um outro ambiente para pensar em tudo e praguejar aquela garota até cansar.

Fui até o lugar que eu conhecia há um
tempo, que é um pouquinho longe, o que faz ser ótimo para refletir enquanto o vento bate.

Quando enfim cheguei, parei com o carro próximo as pedras e estranhei quando vi um carro também próximo. Caminhei até ele reconhecendo ser de Justin por causa do modelo e da placa escrita "Maple Leafs" e uma folha ao lado.

Virei o rosto e vi Justin em cima das pedras, não muito alto, talvez uns dois metros. Suspirei, mordendo os lábios sem saber se iria eu não falar alguma coisa com ele.

Hoje eu estava tão chateada que nem afim de encher seu saco — como ele dizia— eu queria.

Eu só queria ficar sozinha.

Pisei nas pedras e vi Justin virar o rosto para trás, em minha direção. O garoto abriu a boca um pouco surpreso talvez.

— O quê está fazendo aqui? — perguntou sério.

— Eu só vim pensar — olhei para baixo e ri olhando as unhas esmaltadas de branco. — Mas acho que você também né?

Justin suspirou e esfregou o rosto com a mão.

— Sim, hoje o dia não foi muito legal.

Lembrei da briga que vi ele tendo mais cedo com Angel e imaginei que podia ser por isso, mas ele gosta tanto dela assim ao ponto de ficar tão mal? Porque seu rosto transmitia cansaço e chateação. E não parecia uma cansaço físico, talvez mental.

— Eu não vou te encher o saco então. Tô indo embora.

Me virei pronta para ir, mas ouvi Justin chamar meu nome, me fazendo parar enquanto meu coração acelerava.

— Addison — me chamou.

— Oi — passei a mão no cabelo, sentindo o maldito arquinho.

Revirei os olhos e tirei ele dos cabelos.

— Pode ficar aqui, você também está mal.

Mordi os lábios, escondendo o sorriso. Pela primeira vez, Justin estava sendo sensível comigo, ao ponto de levar em consideração meus sentimentos e falando que eu podia ficar lá.

Eu sempre esperei por alguma reciprocidade dele e agora menos que fosse mínima, era suficiente para mim.

— Eu não quero te incomodar — disse torcendo para que ele falasse ao contrário.

— Vem, Addison.

Justin Bieber

Eu nunca tinha visto Angel agir daquela forma, tão agressiva, surtada. Nós nunca havíamos discutido daquele jeito, gritando e ofendendo um ao outro. Nossas brigas eram coisas bobas e com coisas que com minutos já estávamos bem.

Angel queria que eu a apresentasse para Decano como minha namorada, como nora de Jeremy e como se não bastasse que eu a apresentasse para meu pai, para que ele desse uma "forcinha". Até deixei para lá, mas quando disse que não iria conversar com Decano, ela simplesmente surtou e me chamou de egoísta e idiota, disse que eu já tinha minha vaga e agora não queria ajudar ela com a dela. Que eu só penso em merdas de lutas idiotas e que torcia para que desse errado, só para que eu deixasse de bobeira. Aquilo foi tão maldoso, até mesmo para mim.

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