•Capítulo Dezoito•

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Luke

Caio estacionou no meio do viaduto que ficava sobre um dos afluentes do grande rio que cercava Manhattan, a mais de dez metros, dois carros estavam estacionados, o da direita com os faróis acesos.

— Fique perto do carro. — Já estava saindo do carro quando falei.

Do outro lado, Charlie Torrance, chefe de um pequeno grupo criminoso nos arredores do Brooklyn, saiu, tentando parecer confiante enquanto íamos até o outro.

— Charlie. — Minha voz saiu tranquila, calma até, mas não era que eu estava me sentindo. Queria arrancar a cabeça do fodido filho da puta com as minhas próprias mãos.

— Luke. — Ele parou, colocou as mãos no bolso e sorriu para mim. — Confesso que fiquei surpreso quando disse que queria se encontrar comigo.

— Imagino. — Olhei para os lados, parecendo relaxado, e depois de averiguar os meus arredores voltei meu olhar para ele. — Você sabe o que eu vim fazer aqui.

Charlie pareceu pensar por um momento, parecendo sério, depois sorriu novamente. Estreitei os meus olhos nele, me perguntando quanto tempo levaria para que eu arrancasse esse sorriso de sua cara.

— Não posso imaginar o porquê.

— Anda bloqueando a saída de minhas drogas de Manhattan.

— Não posso deixar que ganhe forças passando suas drogas dentro do meu território.

Uma risada alta saiu de mim ao ouvir o quão tolo era o homem.

— Algumas quadras do Brooklyn, este é o seu território, e de mais quem? Da Bratva? O velho Ashworth? Bando della Magliana? Quão pequeno é esse território comparado ao nosso, que possui todo o estado de Nova Iorque?

Charlie agora estava sério, então continuei.

— Podemos tomar esse pequeno pedaço de terra de vocês em um piscar de olhos, podemos massacrar as suas pequenas filas em questão de minutos. — Olhei as horas no meu relógio de pulso, como se estivesse estressado por perder tempo indo até ali.

— Não cederei. — Ele disse, resignado.

— Você não quer comprar uma briga comigo.

— Você não tem ideia. — Ele se virou para ir embora, mas parou e me olho sobre ombro. — Quero ver do que a temida "Cosa Nostra" Novaiorquina é capaz.

— Bem, — sorri. — Pois verá.

Assim que entrei na boate o meu corpo todo começou a doer, era a vontade de voltar e ir para Julia, ter o seu corpo quente embaixo do meu, me recebendo, se submetendo a mim. Mas sabia que ela não estava pronta para isso, e eu precisava de sexo selvagem e duro agora. No caminho para cá, tinha decidido beber um pouco e deixar a tensão e a raiva passar, teria que riscar novas rotas para a passagem das nossas drogas para fora de Manhattan e fazer um plano para acabar com Charlie e todos os seus.

Daria um tempo, meses, esperaria meses para atacar Charlie, e não apenas Charlie, acabaria com qualquer rival ou grupo organizado no Brooklyn.

Fui para o bar e me sentei em uma das banquetas, de frente para o salão de danças. Os palcos improvisados e suspensos no meio da multidão serviam para exibir as mulheres, contratadas para apenas dançar com o mínimo de roupas. Elas já não me impressionavam mais, suas danças exóticas e acrobacias sensuais chamavam a atenção de todos os homens presentes, menos a minha.

O que Julia tinha feito comigo?

Por que estava tão preso a ela?

Passei a mão pelo rosto, atordoado, inquieto. Queria sair dali e ir atrás de Julia, queria provar o seu gosto na minha língua, sentir a maciez da sua pele, ter de novo a sua boceta apertando o meu pau. Mas não podia, sabia que não podia.

Vingança Fatal | Série "Donos da Máfia" | Livro 5 Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ