𝓽𝓻𝓮𝓼

Começar do início
                                    

Um salto baixo e preto brilhante. Argolas nas orelhas e um pingente em forma de estrela no pescoço

Ao sair do dormitório traço caminho até a comunal, havia pessoas de todas as casas ali. Alguns iam para comemorar que Cedric havia sido escolhido, outros apenas para aproveitar e beber de graça

Passo pela mesa onde estava os petiscos e pego uma mini torta de abóbora, meus olhos percorrem o salão em busca de Cedrico mas batem com os de Granger

- Mione, você viu Cedric por aí? - a garota era mais nova que eu e com certeza não estava ali por que queria. Deveria ter sido arrastada pelo Weasley e o Potter.

Ela era uma ótima pessoa mas não do tipo que gostava de festas, Hermione era a pessoa que gosta de coisas com menos pessoas imagino.

- Eu, bem... S/n você deveria me acompanhar, quer algo agora beber? - a voz saia forçada de sua garganta, ela só iria beber água e olhe lá

Sorrio de canto e mordo a mini torta que tinha em mãos

- Certo Granger, o que você quer beber? - ela olha para a mesa de bebidas e sorri forçada

- Água? - rio da situação, mas não por ser engraçada. Era o fato dela está mentindo para mim

- Você esbarrou com Cedric ou não? - a garota acenou afirmando como se estivesse lutando contra si mesma e no fim acabou perdendo

Ela indica com a cabeça um dos cantos da comunal, um corredor próximo a lareira

Em minha caminhada cruzei olhos com os gêmeos Weasley's, meus melhores amigos que estavam a fazer apostas e mais apostas onde sempre venceriam.

George pisca quase que ao mesmo tempo que Fred e eu sorrio enquanto aceno com a mão aos dois mas sem perder o rumo do destino

A comunal parecia não tem fim, quanto mais eu andava mais pessoas apareciam.

Não precisei nem me aproximar tanto do corredor para ver Cedric com a boca colada na da maldita corvina

Me aproximo apenas o suficiente para que minha voz ecoe no corredor

- Mas que porra é essa? - E foi de fato suficiente, pois ele logo soltou os lábios dela e e tirou as mãos da cintura da Chang

Ele trocou olhares com ela que parecia não enteder nada muito bem também

- Eu irei explicar, eu preciso de... Um minuto! - a voz embriagada e a gravata frouxa, Chang sorri sínica o que só aumenta meu desejo de dar um murro nela e nele

Cedric tenta se aproximar de mim mas eu o empurro antes que ele o faça, embora fosse mais alto que eu aparentemente o álcool fez com que sua força até mesmo de se sustentar em pé desaparecesse

- Disse que eu não deveria me preocupar. E agora me aparece assim? - Eu não estava gritando, mas no corredor parecia que eu usava até mesmo um microfone

- Sim, você é o problema.... - murmurou Cho, eu a mataria se ela ousasse respira perto de mim

- Cho, por favor nos deixe a sós - naquele momento Cedric parecia sóbrio, como se por alguns segundos ele estivesse de fato sóbrio

Chang não saiu de perto apenas tomou um passo de distância, como um ser que está ali apenas para cumprir ordens

- Eu não queria a magoar, eu apenas..- um acúmulo de pessoas começaram a perceber o que estava acontecendo e aos poucos uma espécie de rodinha foi se criando

- Nao carregue este fardo. Nos sequer tínhamos algo não é mesmo? - É perceptível que essa fala doeu nele, e eu gostei que doesse.

Deveria doer tanto quanto está doendo em mim. Se a falta de amor não o consumisse, eu faria de tudo para que o peso da culpa o fizesse

- Não diz isso s/a...- não foi intencional mas automático. Quando eu olhei já havia dado um tapa no rosto dele

- Sequer dirija a palavra a mim - Chang se aproxima dele e começa a acariciar o local do tapa

- Nao se preocupe, cuidarei de você... - a voz dela era algo como um grito fino no silêncio

Eu me virei para sair, eu jurava que não faria escândalo. Até a vadia dizer que

- Ela é só uma vaca que buscou em você a falta que o pai dela faz... Não se preocupe... - eu ia sair. Ela podia ter me chamado do que quiser, mas apenas de ouvir que ela acha ter o direto de mencionar meu pai

Bem, aí as coisas saem do controle

- E você Chang, depois de tanto insistir em outros caras achou mais fácil pegar o Diggory? - Ela revira os olhos e se vira em minha direção

Cedric estava atrás dela com a mão envolta de sua cintura, como se a "prendesse" para não dar continuidade a briga

- Vai ver esse ciclo se repetir, mas dá próxima vez será você a quem ele irá ocultar a "outra" - eu sairia dali mas merda. Parecia que quanto mais eu queria sair daquele maldito espaço algo me fazia voltar a ele

Senti o puxão em meu pulso e então o tapa atingir meu rosto. Porra.

- O que vai fazer agora, hm? Chamar o papai presidiário de Askaban para defender a precisa filhinha ? - o tom de deboche na voz. Eu deixei a raiva subir, senti meu sangue ir além de "esquentar", ele já estava a borbulhar dentro de meu corpo

- Sabe o que são limites? Áreas criadas para que não se cometa algo que pode levar a coisas piores. - ela me olhava sem entender, eu estava sem a varinha. Merda. Mas isso foi um pensamento rápido,pois quando me dei por conta eu a acertei com um murro no queixo

Não sei quando o murro no queixo se tornou um murro na costela. Mas eu sei que a bati com toda a força que eu tinha naquele momento.

Sinto minha cintura ser puxada, sinto um par de mãos fortes se passarem ali e tentatrem me tirar do local

Enquanto isso ouço a voz de meus melhores amigos desfazerem a multidão. Fred e George só desfizeram para que pudessem chegar até Cedric e George o socar.

Eu não sei quem estava me segurando pois jurava que era um deles, sei que me soltei.

- É isso que você tem? Não aguenta brigar Black? - a voz da Chang embora arrastada ainda era sarcástica

E ouvi a voz quando disse - a faça cair para então bater. Eu não irei a impedir desta vez - e eu fiz. Não parei para olhar quem era, apenas derrubei a corvina no chão mas não antes que a vadia me acertasse no rosto

Eu liberei cada raiva que um dia tive no rosto dela. Cada vez que alguém dizia algo sobre meu pai, cada apelido mal intencionado. Não se tratava de Cedric, era o que ela tinha dito sobre meu pai.

Eu sei que talvez ele de fato fosse alguém horrível e eu até debatia isso com minhas irmãs de vez em quando mas eu e ela podíamos. Éramos as filhas, podíamos questionar toda essa merda, ela não.

Quando me dei por conta havia sangue em minhas mãos mas eu não sentia a mínima vontade de parar sequer para respirar

As pessoas ao redor gritavam o nome ou dos gêmeos ou de Diggory. Olho para cima, e vejo Fred tentar tirar George de perto do maldito Lufano

Por um instante o universo fez com que Fred me olhasse e murmurasse para que eu saísse dali.

Me levantei rápido demais, senti minha visão turva e por segundo minhas pernas tremeram.

Senti também o par de mãos em volta de minha cintura me puxando para longe da multidão. O mesmo par de mãos que antes tentará me levar

Eram as mãos de Riddle. Amaldiçoado seja este sonserino

...

- 🤍





𝐌𝐄 𝐃𝐄𝐈𝐗𝐀 𝐒𝐄𝐑 𝐒𝐔𝐀 :: ᵗᵒᵐ ʳⁱᵈᵈˡᵉʳOnde as histórias ganham vida. Descobre agora