— Espere, cinco pessoas morreram e vocês não disseram nada?

Perguntou pasmo.

— Me desculpe senhor, a decisão não é nossa.

— Não estou culpando você Aníbal, sei que isso não tem nada a ver com vocês da guarda. Pode me contar mais sobre?

— Primeiro preciso que fale sobre o meu pedido.

— Claro, quantos guardar precisar.

— Muito obrigado. Não sabemos muito, os corpos só aparecem na frente da floresta e não nos arriscamos entrar dentro daquele lugar.

— Mas, por quê? É uma floresta pequena.

— Auroria tem seus próprios fantasmas rei Ben.

— Não me importa medos ligados ao passado quando tem pessoas morrendo no meu reino.

(...)

Flashback

A Ilha não tinha internet e o único canal de televisão que passava era o de notícias de Auradon, em outras palavras, não havia muito entretenimento, por isso qualquer coisa que roubasse suas atenções, era válido. Tantos vilões, quanto seus filhos tentavam o máximo que podiam não pensar na prisão que era a Ilha.

— Concentração.

Malévola disse completamente focada naquilo que fazia. Não era exatamente o que queria fazer de sua vida, mas se era o que tinha, poderia se conformar.

— Mãe

Mal disse exausta e entediada, nunca pensou o quão chato poderia ser ficar olhando nos olhos de sua mãe.

Este era o passatempo delas, concentrar a pouca magia que Ilha as permitia ter nos olhos e fazer o que podiam para desconcentrar a oponente. Contudo, o jogo era injusto para a adolescente que tinha que aguentar Malévola falar todos os tipos de absurdos, enquanto ficava calada, apenas concentrando a magia.

— Se vai pedir para sair a resposta é não. Você pode se permitir ser uma perdedora, mas eu não irei permitir isto. — Se pudesse, Mal reviraria os olhos. — Se não consegue concentrar e fazer isso, jamais conseguirá ser como...eu. — Embora, os olhos já pedissem descanso, Mal não permitiria isso. — Vai desistir, não vai? Devia saber, você é igual ao seu pai mesmo. Fraca como ele. — Não teve como suportar mais, os olhos se fecharam.

— Parabéns, você conseguiu, de novo

Disse saindo finalmente daquele transe e indo se arrumar para encontrar os amigos

— Típico da Mal. — Mesmo não vendo a filha, já que ela estava de costas, Malévola sabia que ela estava segurando firme na cadeira, bufando e pensando. — Bom, o que posso dizer? Uma vilã pode ter diferentes reinos, menos sentir orgulho da própria filha. Mais uma decepção. — O sorriso largo dela indicava que Mal voltou atrás e se sentou de novo de frente para ela.

Ela sabia como ter a menina na palma de suas mãos, sobre seu total controle.

(...)

"Está em casa?"

Mal enviou mensagem para a melhor amiga. Estava sentada em frente à sua casa, mas não tinha coragem de entrar lá se Evie não estivesse. Queria ter uma boa desculpa para não ver a mãe.

"Não. Sai com Doug, por quê?"

Qualquer desculpa para não ter que entrar usaria, mas pelo visto, não teria nem um imprevisto para lhe tirar dali. Queria seguir acreditando que era dona de sua vida e que Malévola já não exercia mais nenhum tipo de domínio sobre ela, entretanto, ao que tudo indicava, sempre haveria cordões que a ligariam a mãe. Com raiva ou tristeza, tomou coragem e entrou para a casa da amiga e foi até seu quarto.

Antes do Livro Se FecharOnde as histórias ganham vida. Descobre agora