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Eram umas três horas da tarde. Eu e minha melhor amiga estávamos juntas na sua casa, sozinhas, ouvindo, cantando e dançando nossas músicas preferidas.

── Olha a coreografia que eu inventei. ── parei o que estava fazendo e prestei atenção. ── One, two, three. ── fez os passos, enquanto eu observava.

Dançou mais um pouco, com os passos que ela mesma havia inventado, mas por último, acabou caindo.

── Ai! ── reclamou de dor.

── Sabina, meu Deus, vc tá bem? ── me aproximei.

── Tirando o fato que minha bunda tá dolorida, sim, eu tô bem. ── eu ri, e estendi a mão para ajudá-la a levantar.

── Tá doendo muito?

── Sim.

── Quer parar de dançar um pouquinho?

── Não. ── eu ri. ── É que eu me divirto quando tô com vc, então quero passar o máximo de tanto possível, entende?

── Oww, eu te amo demais, Saby!

Puxei ela pra um abraço e a levantei, tirando seus pés do chão.

── Não me derruba, não me derruba! 

── Não vou, fica tranquila. Amas vc tá pesada, hein.

── Tá me chamando de gorda, garota?! ── saiu dos meus braços e me olhou com olhar mortal.

── Não, claro que não.

── Hm.

Sabina soltou a música novamente, e nós começamos a dançar. Ela dançava bem demais, mas amava fazer palhaçadas enquanto dançava, tipo como se não soubesse, mas quando leva a sério, eu diria que é a melhor dançarina do mundo, pelo menos pra mim é.

Dei uma secada enorme nela enquanto dançava uma música brasileira, o funk para ser mais exata.

── Uau.. ── as palavras escaparam da minha boca.

── O quê?

── Hum? Nada não. Eu só disse que vc dança muito bem.

── Ah, obrigada. Vc também, deveria dançar mais.

── Eu não.

Morro de vergonha de dançar, não acho que danço bem.

── Oxe, e por que?

── Porque.. porque eu tenho vergonha.

── Ah, que fofa. ── corei. ── Mas não precisa ter vergonha. Já vi vc dançando e dança super bem.

── Vc acha mesmo?

── Acho. Agora vem, vamos.

Ela colocou uma música mais agitada e eu comecei a dançar mesmo com Sabina me olhando. A encarei enquanto fazia os passos.. ela estava quase babando. Então parei.

── Ué.. por que parou?

── Vc tava.. ── apontei pro canto da sua boca, e quando Sabina percebe que estava praticamente babando, ficou super vermelha.

── E-eu...

── Sabina. ── chamei sua atenção, me aproximando.

A mexicana estava sem reação, mas eu precisava fazer aquilo. Eu a olhei a uni nossos lábios.



Continua...

𝗺𝘆 𝗯𝗲𝘀𝘁 𝗳𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱 Onde histórias criam vida. Descubra agora