Making It Count

Count on me

A venda que o jovem tinha nos olhos, mesmo desacordado foi retirada. Raiko pegou um dispositivo que passava uma corrente elétrica não letal, apenas o suficiente para o despertar do menino e encostou sobre sua perna. O garoto despertou no mesmo instante com um grito de dor e não pôde se mexer muito devido as amarras de seus punhos e tornozelos.

- O que... o que é isso? - ele tentava questionar meio desnorteado – Aonde eu tô? Quem são vocês e o que querem comigo? O meu pai é dos bombeiros, ele pode acabar com vocês, sabiam!

- Silêncio, cobaia, por favor. Iremos começar nosso experimento com a aplicação do tx-74 agora, acompanhem.

O velho com um óculos no rosto e um jaleco branco vai até a mesa ao lado da cama e pega uma seringa com um líquido azul cintilante dentro. O menino ao lado observava com uma expressão assustada, o horror em seus olhos era profundo.

- Ei ei... EI! PERAI! QUE MERDA ACHA QUE TÁ FAZENDO, VELHO? ME LARGA, ME TIRA DAQUI!

Dr. Kayano aproximou a agulha do braço do garoto e injetou o líquido que havia na seringa até a última gota enquanto o jovem gritava e tentava se livrar da situação o máximo possível mas sem nenhum sucesso.

- A aplicação foi um sucesso! Dentro de algumas horas poremos descobrir e relatar o resultado do experimento. Vamos deixa-lo aqui até que possamos ver alguma mudança. Em breve volto com o resultado. Até mais!

O velho sorriu para a câmera e desligou-a.

Momo POV

Apesar do calor que felizmente tinha diminuído um pouco, haviam algumas nuvens escuras no céu e vez ou outra o vento balança as folhas das árvores. Droga será que eu havia trago meu guarda chuva? Como eu sentava no lugar ao lado da janela, as vezes me distraía olhando lá fora.

Era quase hora do intervalo e o Cementos-sensei estava liberando mais cedo os alunos que terminassem a atividade. Apesar de eu já ter acabado, estava esperando Jirou terminar a dela para que pudéssemos ir para o refeitório juntas. Olhei despretensiosamente pro lado onde vi Shoto concentrado fazendo sua atividade. Ele tinha a mão esquerda apoiada no rosto segurando seus cabelos pra trás enquanto a outra mão ele brincava com a caneta provavelmente tentando achar a resposta para alguma pergunta. Só notei que eu o encarava por muito tempo quando ele me encarou de volta e me lançou um singelo sorriso.

Oh, Momo! Pare de parecer uma perseguidora! Que horror.

Apesar de ter me constrangido um pouco, retribui seu sorriso lançando-o um pequeno aceno também.

- Precisa de uma ajudinha aí? - ofereci.

- Eu tô um pouco perdido com a resposta da 4 e da 11 na verdade.

- Ah claro, deixa eu só... - Levantei do meu lugar e agachei ao seu lado na mesa – Aqui ó, abre seu livro na página 97. A resposta da 4 tá bem aqui nesse parágrafo - apontei pra ele no livro – e a 11 é a letra "d", tá aqui nesse parágrafo da próxima página.

- Obrigado Momo, eu ia ficar procurando até o fim da aula se não fosse você. - senti um toque quente da sua mão sobre a minha que estava sob seu livro e olhei direto para aquele ato.

- Magina... precisando pode me pedir, tá? - desviei meu olhar para ele e fiquei fitando-o por alguns momentos. O sorriso de Shoto era lindo apesar de singelo, e raro de se ver.

- E aí cadelinha, quer dizer, Momo, podemos ir? - A voz de Jirou vinha de trás de mim - Oi Todoroki, tranquilo?

- Oi Jirou, tudo certo. – ele respondeu tranquilo a minha amiga.

- Que susto, droga! - me coloquei de pé ajeitando minha saia e gravata. - Já terminou?

- Terminei amiga, vamos descer logo que tá me dando a maior fome.