- Sai fora mané, eu não tenho tempo pra essas merdas de amor. Estou ocupado demais ficando mais forte pra acabar com os vilões idiotas. - Ele reclinou as costas no puf atrás dele e cruzou os braços atrás da cabeça totalmente alheio ao assunto agora.

- Acho que o Bakugo já deu toda contribuição que tinha pra esse assunto - o loiro comentou - e você Kiri, com quem pretende ir? Você é tão sociável e conhece tantas pessoas, tem várias meninas que poderia convidar.

- É eu conheço algumas meninas legais mas quero chamar a Mina. A gente se conhece a muito tempo e ela é uma garota incrível, segura de si, animada e poderosa. Sem falar que ela é bem bonita. Vou tentar chegar nela essa semana, chamar ela pra sair ou algo do tipo.

- Caraca mano, queria ser seguro assim com a Ji que nem você. Sem se preocupar com nada, só meter a cara e ir falar com ela.

-Ah bro, você tem que tentar. É aquela coisa, o "não" você já tem, né?

- Isso, vá atrás da humilhação agora. - Sero gargalhou após comentar, o que me fez dar um sorriso achando graça do trocadilho.

O resto da noite só comemos mais, conversamos e jogamos mais algumas partidas. Descobri que era bom em jogos de cartas. Fizemos campeonato no vídeo game. Kaminari ganhou no de futebol, Bakugo ganhou no Mortal Kombat e eu ganhei no jogo de corrida. Bakugo explodiu um dos controles do Sero quando perdeu na final do futebol com o Kaminari. A sorte é que ele tinha outro. No fim das contas foi divertido passar a noite com eles, eu nunca tinha feito algo desse tipo antes. É bom ter amigos por perto.

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NARRADOR POV

O homem moreno e de braços fortes terminava de amarrar forte a mão do garoto a sua frente. "Vai ser uma merda levar ele desacordado" ele pensava. Seu amigo e comparsa estava ao seu lado o auxiliando. Pegou o garoto por um braço enquanto o outro homem levava pelo outro. Iam passando pelos quartos ou pequenas salas ao longo do corredor com pouca luz, tanto por causa da noite que já se fazia presente sobre a cidade, quanto por conta da pouca luz que tinha espalhada pela construção para chamar o mínimo de atenção possível, pois até onde todos sabiam, o edifício estava desativado.

Enquanto os homens passavam carregando o garoto desacordado, ouviam alguns gritos de

outros jovens presos nos cômodos. "Me tirem daqui!", "eu quero ir pra casa!", "eu sou inocente, eu não fiz nada a ninguém!", "cadê a minha mãe?" e cada grito irritava o homem que ia andando como uma carranca.

- Perai Ozumi, já venho. - ele alertou o companheiro ao seu lado e se voltou ao corredor com os quartos – CALEM A BOCA, PIRRALHOS DE MERDA! Vocês só vão sair daqui quando a gente quiser, entenderam? Se eu ouvr mais um "pio" eu apago vocês, tô falando sério! - nenhuma palavra foi proferida após a bronca do homem - Ótimo. Bora Ozumi.

Os homens continuaram carregando o garoto até chegarem numa porta ao fundo do edifício. Entraram e foram até o encontro do velho que havia solicitado que trouxessem a cobaia.

- Aí doutor, o moleque que o senhor pediu tá aqui.

- Ótimo, rapazes! Por favor, prendam ele a cama para mim. Meu próximo teste já vai começar.

O velho cientista foi até uma câmera que estava posicionada estrategicamente frente a cama onde os testes eram realizados e ligou-a. Arrumava as coisas que iria utilizar para seu próximo experimento enquanto os outros dois homens ajeitavam o garoto na cama, prendendo seus braços e pernas para que não houvesse jeito de escapar.

- 19 de setembro de 2020. Aqui é o doutor Kayano, mais uma vez na sala de testes. Hoje vamos testar meu tx-74 na cobaia 5. - o velho ia relatando para a câmera que já gravava tudo - Os resultados das aplicações anteriores foram promissores mas agora parece que estou chegando bem perto do objetivo, e os clientes vão ficar satisfeitos. A individualidade da cobaia 5 é emanar luz de suas mãos quando exposto ao sol durante o período da exposição. Como as cobaias ficam apenas dentro do edifício, a individualidade do garoto não será mostrada no momento, porém o experimento vai prosseguir. Acordem-no pra mim meninos, por favor. - falou para os dois homens que estavam parados um de cada lado do menino branco de cabelos escuros.

Making It CountWhere stories live. Discover now