Capítulo 1

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Essa história vai ser diferente do que eu estou habituada a fazer aqui na plataforma, porém mais parecido com o que eu faço com meus livros originais, será um Romance Lésbico, então quem não gostar, pare aqui mesmo! Para quem for ler, espero que gostem, comentem e votem, afinal o incentivo é tudo para que a autora chegue ao final da história, não é?

Meu amor! Aniversário comemoramos como se deve, então nada melhor do que uma história nova para celebrar um novo ciclo que se inicia! Eu já te dei Originais, mas não aqui, então vamos ao primeiro. Espero que goste, te amo! Parabéns Vidinha. JULIANAVAZRIVERO

Muitos anos atrás

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Muitos anos atrás...

A minha história é bem diferente do que insistem em contar por aí, então depois de muitos anos de uma história equivocada sendo contada, eu decidi contar a verdadeira versão, a que poucos sabem, mas que muitos insistem em esconder.

Samanta não era a mulher malvada como todos a desenharam, a verdadeira pessoa ruim de toda essa história era o meu pai Rei Rupert ou o homem que diziam ser meu pai e que eu depois de muitos anos descobri que não.

Sim, eu sei que são muitas informações, que são muitas coisas que vocês não esperam ser ditas ou contadas por aqui, mas o que realmente importa é...

A rainha má, não é tão má assim

E eu? Eu também não sou tão boazinha como contam, principalmente quando estou com ela.

*****

Branca

O dia tinha amanhecido a pouco, mas eu já estava de pé, tinha levantado antes que fossem me acordar, era o dia do meu décimo oitavo aniversário, era para ser um dia de completa alegria para mim e que eu tinha esperado por tanto tempo com felicidade.

E ainda séria se não fosse pelo Rei... Em uma de suas muitas bebedeiras ele tinha me confessado aos berros que não era o meu verdadeiro pai, que ele não podia ter filhos e que minha mãe tinha dormido com um dos homens da guarda para que pudesse dar à luz a um herdeiro ao trono e que tinha nascido uma mulher, tudo o que ele nunca desejou.

Eu sequer conseguia entender como em uma fração de segundos a minha vida tinha sido virada de ponta cabeças e como se não pudesse piorar, ele me avisou que eu iria me casar, que um príncipe estava a caminho, afinal ele não queria que eu fosse a governante e por isso me arrumaria um marido.

Além do mais, teria outra esposa em pouco também, quem sabe essa não conseguiria dar a ele o herdeiro homem e assim eu seria descartada por ele.

Não sei o que seria da minha vida, mas a única coisa que eu sabia nesse momento é que não queria passar mais um só minuto aqui nesse lugar, coloco minha capa preta e saio porta a fora, sem destino, mas sem dúvida qualquer lugar do reino deve ser melhor do que esse.

Não sou uma mercadoria para que Rupert me trate desse modo....

O dia já está claro quando cruzo o começo da floresta, as arvores estão brancas pela neve que cai e eu me recrimino por ter saído com essa roupa, estou quase congelando de frio quando uma carruagem para.

É enorme e belíssima e eu sei que dê certo deve estar perdida porque as carruagens nunca fazem esse caminho pela floresta, praticamente nada passa por aqui.

Sinto um frio na barriga e um nervoso estranho, imaginei que pudesse ser meu pai que tivesse mandado alguém me procurar, mas o brasão estampado na lateral não é do nosso reino, então eu sei que quem quer que esteja dentro dessa carruagem é um desconhecido para mim.

O cocheiro desce e faz um cumprimento de modo leve, mas nem um pouco cordial, abre a porta e eu posso ver a linda mulher que está lá dentro.

Os cabelos são vermelhos como o fogo e muito longos, caem sobre o vestido vermelho que ela usa e que marca seu busto, os seios parecem saltar para fora dele e é onde meus olhos focam, depois suspiro subindo meu olhar a tempo de ser congelada no mar que são os olhos dela.

A pele branca, os lábios vermelhos e um sorriso encantador, o rosto tem algumas sardas e durante alguns segundos eu penso estar diante de uma pintura estonteante, ela é a mulher mais bonita que eu já vi em toda a minha vida e eu só quero ficar ali, parada admirando a sua beleza.

― Branca de Neve? ― ela pergunta como se me conhecesse e eu a olho estranhando.

― Como sabe meu nome? ― ela sorri e balança a cabeça.

― Eu não tinha certeza, mas você acabou de confirmar! ― ela dá um leve riso e eu suspiro frustrada, eu mesma tinha me entregado.

― De onde nos conhecemos? Não me lembro de você! ― Ainda estou congelando do lado de fora e nesse momento me pergunto se ela não vai me pedir para entrar.

― Ainda não nos conhecemos, muito prazer, sou Samanta Aubinet, a futura esposa de seu pai! ― ela sorri estendendo a mão e fazendo sinal para que eu entre na carruagem.

Sinto meu corpo retesar, nesse momento não sei mais se eu quero entrar, ela deve estar indo para o castelo, a mulher que está em minha frente é a que vai roubar o meu lugar no trono.

Mesmo sem ter totalmente certeza de ser ou não o correto entro e me sento em frente a ela, meu corpo agradece e sinto que minhas mãos também, pois já estavam quase congeladas, meu rosto queima um pouco e ela tira de sua bolsa um líquido passa em um pano branco e vem com ele em direção ao meu rosto e eu recuo de imediato.

― Não se preocupe! É apenas para amenizar as dores que deve estar sentindo, seu rosto está muito vermelho! ― ela volta a tentar tocar meu rosto e dessa vez eu coloco a mão.

Nossa mãos se tocam no mesmo instante que nossos olhares se cruzam, nossos lábios estão tão perto um do outro, molho meus lábios devagar e ela se afasta um pouco deixando o pano em minha mão.

― Passe com calma, não fará mal, apenas vai te ajudar. ― ela fala se sentando novamente e tossindo levemente.

― Por que decidiu vir por esse caminho? É muito mais longo? ― pergunto enquanto passo o pano em meu rosto.

― Eu senti que alguém precisaria de minha ajuda! ― ela me olhou. ― Estava certa!

― Quem disse que eu precisava de sua ajuda? ― pergunto a encarando.

― Você estava congelando! Pode negar, mas precisava da minha ajuda!

Suspiro sem vontade de responder algo para ela, entrego o pano e novamente nossas mãos se tocam. Dessa vez o olhar dela que pesa sobre o meu é como fogo e me sinto queimar por inteira, engulo seco e olho pela janela na intenção de não falar mais nada até chegar ao castelo.

O doce sabor da maça ― Romance Lésbico. ( Degustação)Место, где живут истории. Откройте их для себя