I - Determinando o Norte

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Uma frase que me impactou desde o primeiro momento é "se você não sabe para onde ir, não saberá o que levar nem com quem deve ir". Não sei quando criei este moto, aliás, já o utilizo a décadas, sendo minha referência mais remota a primeira aula no SETECEB quando o Reitor Rev. João Batista Cavalcante pediu que escrevêssemos como nos imaginávamos nos próximos 5 e 10 anos.

Este exercício eu o tenho comigo, sempre projetando 5 e 10 anos, percebendo o quão valioso se faz estes projetos, desde que sejam mensuráveis e exequíveis, regados por um Planejamento Estratégico e auto-avaliação constantes. Assim, já estou no 4º. procedimento. Inclusive, a segurança e intrepidez para elaborar este Projeto é fruto desta etapa da vida e não poderia ser em período anterior.

Então, a bagagem acumulada ao longo das experiências de Ministério somadas às superações da vida são pilares que nortearam quando iniciei outra etapa de 5 e 10 anos, como agora, de 51 a 60 anos. A graduação em Direito e cursos de Coaching reafirmaram a importância de ações planejadas e que possam ser medidas, contadas, comparadas, tabeladas e desenhadas.

Fiquem tranquilos, pois não me esqueci de Provérbios 16.1, sabendo que todo planejamento humano deve estar sujeito à vontade e aos desígnios de Deus. O que importa é que nos cabe planejar! Assim, nos comprometemos com as causas e suportamos os fatos.

Voltando-se para a visão de plantação e crescimento numérico de novas igrejas patrocinada pela Diretoria Denominacional da ICEB - MEAN, é fundamental que haja um norte, um rumo, um alvo, mensurável e exequível, didático e duplicável, publicado e tangível, desonerado e envolvente, adaptável e seguro, conduzido, sim, mas sem causar ingerência e sem cobrar obrigação alheia, empolgante sem ser raso, embasado doutrinariamente com amplo respaldo literário, sem vícios de costumes, mas integrado à historicidade denominacional.

Determinar um modelo não significa desqualificar outros, tampouco dogmatizar um método ou reverenciar apenas uma estratégia. Antes, é dar um sinal de que a Diretoria tem uma visão de similitudes dentre as igrejas e Regionais, considerando um pleno conhecimento do seu potencial geral e ordenando ações conjuntas que alimentem um banco de dados que ofereça exatamente informações que, analisadas, possam ser propulsoras de mudanças e confirmações adequadas ao que determina o Planejamento Estratégico, além de ser ultra-temporal, ou seja, extrapola os limites do mandato de uma Diretoria e se blinda quanto à possível inoperância de uma sucessão.

Entrementes, alimentasse o Banco de Dados com outros modelos sugeridos e aplicados, possibilitando o cruzamento de informações e a perfeita distribuição de recursos e esforços.

Eu não quero desprezar nenhum modelo de Projeto, antes os incentivo. Todavia, meu objetivo é defender o PBPI como o norte denominacional, livre de qualquer pretensão jactanciosa, mas entendendo que sua simplicidade e embasamento bíblico o qualifica para tal, e os argumentos seguintes tem o propósito de colocá-lo à prova comparativa e diante de críticas que o ajude a ser melhor desenhado.

Tenho convicção de que a ausência de um projeto como norte, seja o PBPI ou outro designado, é campo fértil para a inação e semeadouro de demagogias e distração quanto ao uso de recursos, que se mostram escassos sempre.

A Diretoria da MEAN deve conduzir auto-crítica quanto ao tema e lançar os pilares para uma consulta direcional para a próxima década, ao custo de não saber nem os motivos para sermos como somos e quanto somos.

Pr. Geraldo H A Santos.

Projeto Base de Plantação de IgrejasWhere stories live. Discover now