O passado de Mary Watson

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John Watson estava prestes a contar para a esposa sobre seu envolvimento com a mulher que conheceu no ônibus, quando ambos receberam uma mensagem de texto de Sherlock Holmes. O casal decidiu que poderia deixar a conversa para mais tarde, se levantou e seguiu em direção a porta da frente. No entanto, a caminhada foi abruptamente interrompida.

— Bem, nós não podemos simplesmente ir — afirmou Mary.

— Rosie — lembrou John.

— Sim.

— Uh, você vai — John pegou o celular de volta dentro do bolso da calça jeans.

— Não! — Retrucou Mary.

— Eu vou, uh, assim que encontrar alguém. Senhora Hudson.

— Em Corfu até Sábado — lamentou Mary. — Molly.

— Oh sim, vou tentar — ele começou a digitar uma mensagem no aparelho.

— Bem, nós dois deveríamos ficar e esperar por ela — ponderou a esposa.

— Você sabe que isso não vai acontecer — John olhou para Mary. — Se há mais alguma coisa sobre esse caso, é você quem precisa ver.

— Sim, okay. Você venceu — Mary avançou em direção à porta enquanto John voltou atenção para o celular terminando de escrever a mensagem.

(...)
— Desculpa pelo horário, Molly — pediu John abrindo a porta para a amiga.

— Sem problemas — ela sorriu.

— Sherlock não se liga muito nesses detalhes, mas preferi que ela fosse à frente encontrar com ele ao invés de ficar esperando — comentou o cônjuge caminhando para fora. — Mary está mais envolvida com esse caso do que eu.

Molly olhou para o amigo sem entender o que queria dizer com aquilo, mas não quis pedir explicações por conta da pressa com que ele estava saindo. Conversaria diretamente com Mary depois.

— A Rosie está no quarto dormindo, não vai te dar trabalho — disse John já do lado de fora. — Mais uma vez, obrigado.

— Não precisa agradecer, John.

Ele fechou a porta deixando Molly na sala pouco iluminada pensando confusa com o que acabara de ouvir.

(...)
Muito tempo se passou até que as coisas estivessem de volta à normalidade e as feridas suficientemente cicatrizadas, para que Molly considerasse o momento adequado para esclarecer o que ouvira.

Triste com a morte da amiga e sem querer perturbar John fazendo perguntas sobre a relação da esposa com uma investigação policial, pouco mais de 6 meses se passaram até que Molly finalmente descobrisse os mistérios que cercavam o passado de Mary Watson.

Sherlock, John e Rosie estavam na sala do apartamento quando ouviram um barulho na porta.

— Tem alguém lá embaixo — disse John. — Você disse que não receberia mais clientes hoje — ele não se sentia confortável com a presença da filha enquanto pessoas potencialmente perigosas eram recebidas na sala.

— Não é cliente, é a Molly — ele sorriu. — Ela me enviou uma mensagem perguntando se você estava aqui com a Rosie.

— Por quê? — John viu um sorriso iluminar o rosto do amigo e olhou na mesma direção também sorrindo para a amiga ao vê-la entrando na sala segurando a caixa de transporte com seu gato dentro.

Molly cumprimentou os três que retribuíram com sorrisos ao ouvirem seus nomes, inclusive a bebê no colo do pai, visivelmente animada com a chegada da madrinha.

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