Chapter five

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As coisas mudaram desde a visita de Harry ao chalé de Louis.

Não que eles tenham feito muito progresso no quesito romance, pelo menos não o tanto que o alfa desejava, mas eles tem estado mais próximos e as visitas de Harry ao chalé vem se tornando mais frequentes agora.

Algumas semanas haviam se passado e Louis completava agora seu quinto mês de gestação. Sua barriga era consideravelmente grande e fazia o alfa interior de Harry quase colapsar quando o via caminhando pelo resort.

Aquele sentimento de proteção que o alfa tem para com o ômega só se intensifica mais e mais a medida que o filhote (ou a filhote, pois Harry tem certeza ser uma garota) vem crescendo na barriga de Louis.

Eles haviam marcado de almoçarem juntos no restaurante do qual Louis era ajudante de cozinha e Harry já estava devidamente sentado em uma mesa, esperando o ômega que entraria em horário de almoço em quinze minutos.

Beth, umas das garçonetes, havia atendido o alfa e ele pediu uma água com limão, que estava em um copo a sua frente e o alfa bebia do mesmo, conferindo algumas mensagens no celular enquanto aguardava por Louis.

Na cozinha, Louis terminava de lavar um pouco de louça que era a tarefa que Amanda, a sua chefe, havia lhe delegado. Ele terminava de por os últimos pratos no escorredor e então estaria livre para almoçar.

Apesar de ser algo frequente agora, o ômega não conseguia deixar de se sentir eufórico ao saber que Harry o aguardava lá fora.

A proximidade com o alfa era algo novo para Louis. A forma que Harry o tratava era algo com o qual ele não estava acostumado. Eles não haviam se beijado ainda, e Louis não quer criar expectativas de que isso vá acontecer, ele tem medo de tudo que está acontecendo seja uma invenção de sua mente carente. Talvez Harry esteja só sendo gentil e Louis está confundindo amizade com algo mais. Eles seguram mãos, e se abraçam, e também passam muito tempo juntos, mas talvez isso realmente não quer dizer nada.

Louis suspira, decidindo deixar esse pensamento para mais tarde, tirando a touca e o jaleco que usava e deixando em seu armário, fechando a porta do mesmo e indo até o banheiro dos funcionários. O ômega queria checar a aparência antes de se juntar a Harry para o almoço, então ele joga um pouco de água no rosto, ajeita o cabelo e belisca a bochecha para parecer menos pálido. Ele aproveita que está ali para fazer xixi, o bebê tem chutado muito sua bexiga e isso o leva a ir ao banheiro diversas vezes durante o dia.

Quando Louis finalmente sai da cozinha, ele olha ao redor a procura do alfa. O restaurante estava cheio e a mesa que ele e Harry costumavam sentar estava ocupada por uma família de betas, então ele continua a procurar, encontrando o mesmo sentado quase no fim do local, em uma mesa com quatro lugares encostada a parede. Harry tem o celular na mão e sorri para algo que ele vê, o que faz Louis automaticamente sorrir também, ele não consegue resistir as covinhas.

O alfa olhava pela janela quando o ômega se aproximou, Louis não havia nem sequer chegado perto da mesa quando Harry o olhou, provavelmente atraído por seu cheiro de baunilha e maçã, e sorriu para ele.

— Oi, Harry. — Louis arrastou uma cadeira e sentou-se em frente ao alfa, exalando o cheiro amadeirado do mesmo.

O menor amava tanto aquele cheiro. Lhe remetia a proteção, amor e cuidado.

— Oi, Lou. — O alfa ajeitou a postura, largando o celular em cima da mesa e procurando pela mão de Louis, acariciando a mesma enquanto sorria.

Para Louis, Harry nem de longe se parecia com o estereótipo de alfa que ele foi obrigado a conviver pelo decorrer de sua vida. Ele não tinha medo de demonstrar sentimentos e nem de ser gentil. O ômega sabe que Harry não é uma excessão a regra e que existe sim mais alfas assim por aí, mas ele mesmo não havia convivido com muitos.

How did I fall in love with you - larry abo Onde as histórias ganham vida. Descobre agora