CAPÍTULO- 12

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Meu nome é Gustavo Goulart...mas todos me conhecem por O fazendeiro.

Nasci aqui no estado do Mato grosso, onde meus pais compraram uma pequena terra, na ocasião era apenas uma casa com cinco cômodos algumas cabeças de gados e dois cavalos, minha mãe começou a plantar alguns legumes, verduras e frutas nos fundos da casa, e meu pai trabalhava tirando o leite das vacas e vendendo os para ter uma renda. No começo foi tudo muito difícil, eram poucos vizinhos na região e muitas vezes ele tinha que andar quilômetros a cavalo para que o leite e as hortaliças chegassem as outras casas, que eram de famílias com mais condições financeira do que nós. Aos poucos as coisas foram melhorando o rebanho crescendo sendo necessário contratar alguns funcionários para ajudar na colheita e produção dos produtos... e meu pai foi conseguindo investir, comprando mais terras para aumentar o negócio. Ele sempre trabalhou , mesmo tendo outros que fizessem os serviços, fazia questão de estar ali... cuidando do seu patrimônio.

Ele era muito carinhoso, amigo, divertido... um ótimo pai , me ensinou muita coisa dos valores e princípios de um Homem. Mas infelizmente o destino não o quis aqui por mais tempo... e ele descansou do seu sofrimento. Me entregando praticamente toda sua fortuna, e ainda me deixando sozinho para cuidar de tudo. Sei que onde estiver agora deve ser melhor do que aqui em baixo do sol... e espero que esteja vendo o quanto me esforço para manter as coisas por aqui nos eixos...-

Fechei meus olhos e imaginei ele achando ruim por eu estar assim, brigando por ai. Mas ao mesmo tempo concordando com o motivo justo...- sorri sozinho sentado na sua poltrona, me divertindo pelo pensamento , que irônica é essa vida...mas daria tudo para telo aqui agora nem que fosse para brigar comigo.

Agora estou aqui, precisando de uma dose de uísque para me recompor, pois acabei de sair de uma briga com um idiota no Bar. Virei o copo em um único gole e confesso que o gosto não era dos meus preferidos mas aquela noite não estava nada prazerosa mesmo como costumava ser .
Minha mão doía um pouco mas nada como uma bebida para anestesiar qualquer ferida. Tomei mais um dose pois a primeira parece não ter causado o efeito que esperava... subi para meu quarto fazendo menos barulho possível para não acordar minha querida mãe. Com seus sessenta e dois anos parecia ter acabando o encanto pela vida no dia do enterro de meu pai. E só conversava comigo apenas o necessário.
Não entendia essa entrega dela a solidão, pois quando meu pai ainda era vivo eles pareciam não ser felizes juntos. Eu por noites escutava do meu quarto eles brigarem eu abria pouco a porta e ficava para observar, parecia que ela tentava justificar alguma coisa para ele e o mesmo não aceitava suas desculpas... ela chorava e então ele saia batendo a porta do quarto com raiva, e descia, ficava por um longo tempo na biblioteca e com seu copo de licor na mão.
Eu e minha mãe nunca fomos tão próximos como deveríamos, sou bem diferente dela, não temos nada em comum, sempre quando precisava de um conselho ou de alguma ajuda era com meu pai que me sentia a vontade de procurar e ele não me negava jamais uma palavra de sermão ou de carinho...ou apenas um olhar dele já bastava para saber o que ele pensava.
Acho que boa parte dela me afastar é por não concordar com o jeito que levo minha vida, cuido sim das coisas da fazenda mas não abro mão da minha diversão... Eu tenho fama de pegador de mulheres, mas eu não as culpo por me dar o prazer de suas companhias , se elas gostam da minha quem sou eu para dizer não?

Mas uma em particular de uns dias para cá estava me tirando o sono, como a muito tempo não acontecia e não me lembro se já aconteceu... Gabriela!

Essa menina mulher me deixava de cabeça quente, algo intrigante e ao mesmo tempo sedutor misturado com doçura fazia com que ela fosse uma das melhores que já conheci. E não deixando outra opção se não a desejar e cheguei a beija lá ontem mais cedo ... sua boca, seus cabelos castanhos claro, cobrindo seus ombros e aqueles olhos verdes pareciam diante de mim como uma pintura de tanta perfeição, sem eu poder resistir. E para minha surpresa ela correspondeu o que me deixou com mais vontade...
O interessante é que depois de todo esse tempo morando praticamente na mesma casa , sendo criados juntos nunca tinha percebido o encanto de mulher que ela se tornara.

Um dia a peguei falando sozinha com os cavalos e por incrível que pareça falando mal de mim, foi um tanto engraçado... Era muita coragem dela, falar assim do patrão, mesmo que não tenho pretensão nenhuma de impor isso a nenhum dos funcionários da fazenda e nem usar isso como um poder, mas gosto de ser respeitado com minhas ordens, assim como os respeito em suas opiniões. E o que mais admiro em alguém é que saiba defender suas ideias. E isso ela fazia muito bem.

E foi por querer defende la que coloquei um cidadão em seu devido lugar essa noite. Meu pai sempre me ensinou a não resolver as coisas com violência ou de alguma maneira perder a razão , mas essa noite não pude me controlar vendo ele querer beijar ela a força , ainda mais depois do que aconteceu entre nós.
A única certeza que tenho é que já não conseguia parar de pensar nela e ver aquele sorriso encantador que só ela tem.

Por outro lado, a verdade é que não poderia criar expectativas que não pudessem cumpri -las ou que as deixassem magoada. Além disso, minha mãe jamais aprovaria uma relação minha com uma das empregadas... ela sempre me empurrava alguma moça da alta sociedade nas festas que frequentamos , me dizendo que deveria convidar para jantar e essas frescuras todas de mãe para o filho herdeiro de uma bela fortuna.
Tudo isso é superficial para mim, forçado, e sem o menor respeito pelos sentimentos tanto meu quanto da outra pessoa. Se casar com alguém que não senti nada, só por simples interesse de bens, era o cúmulo! eu nunca faria isso. O dinheiro era só um detalhe dessa minha vida e casar também não era minha vontade.

Entrei no banheiro do meu quarto, abri o armário e tinha alguns itens de curativos, enfaxei , foi apenas um corte pequeno próximo aos dedos.
Deitei na minha cama, e meus punhos latejavam pelo soco forte que dei... me preocupei em como estaria ela, me parecia brava pelo que fiz, mas minha raiva foi mais forte do que eu, sem me deixar pensar duas vezes antes de agir... talvez não fosse apenas meu instinto de proteger, mas um ciúmes que não imaginava que teria. Já namorei outras moças mas nenhuma me despertou tanta vontade e desejo de estar perto de querer conversar e mais, ainda tê-la em meus braços como a Gabriela. Pelo que percebi ela não tinha tanta experiência com isso...demonstrava isso pela sua timidez, quando chego perto dela e também por achar que daria conta sozinha da situação... Ainda bem que eu estava lá!

Tirei minha camisa etava bem quente dentro do quarto, mas agora precisava de descanso, amanhã as coisas poderiam estar melhores.
Teria algumas visitas em clientes na cidade e tentaria falar com ela assim que eu voltasse.

Oiii, minhas leitoras amadas tudo certinho? Por favor deixem seus  votos e comentários ao final dos capitulos!!! Beijos!!! Boa leitura!! ❤😘📖

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O Fazendeiro e um Segredo (Concluído) **DEGUSTAÇÃO ** Место, где живут истории. Откройте их для себя