꧁𝕵𝖆𝖓𝖙𝖆𝖗꧂

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O jantar ia bem pelos seis segundos que levou para andar da entrada até a grande mesa na sala de jantar vazia.

Já que a mesa era tão grande, eles se sentaram nos cinco lugares e ainda sobraram alguns, com Rowan no meio, assim como sua posição exigia.

O plano tinha sido para Celaena sentar a
sua esquerda, com Essar ao seu lado, deixando Remelle com o assento oposto ao de Celaena, e
Benson a frente de Essar. Mas Remelle moveu-se mais rápido do que Celaena havia esperado, dirigindo Benson ao assento destinado para Celaena, sentando-se ao lado de Rowan, deixando Celaena com a opção de se sentar ao lado dama com os cabelos loiro-branco ou do macho
preguiçoso.
Ela escolheu Benson.
Rowan seguiu a ordem sem comentários, sua atenção presa em Benson quando Celaena se
sentou ao lado do Lorde. Mas se Benson havia ou não percebido o brilho letal nos olhos de Rowan
– deuses, o que era aquele olhar? – o lorde não revelava nada. Então Celaena não tinha nada melhor para fazer naquele silencio que tomar um gole de seu vinho, e rezar para que a
refeição fosse rápida.

O primeiro prato – uma sopa de frango assado para qual Remelle e Benson franziram o cenho – veio rápido o suficiente. O gosto era divino, e Celaena engoliu tudo em uma colherada antes de Remelle dizer para ela:

— Então você é do Império de Adarlan.

Celaena levou um segundo, uma colherada lenta de sopa.

— Eu sou.

— Eu pensei ter detectado o sotaque de Adarlan e...Terrasen, estou certa?
Eles usam suas palavras de forma tão brutal lá. Duvido que até mesmo anos a cure desse sotaque tão
grosseiro.

Celaena tomou outra colherada muito longa de sopa.

Mas Essar disse:

— Eu acho o sotaque um tanto charmoso. – Benson grunhiu em concordância, lançando lhe um longo olhar, e Celaena sentiu a urgência de mudar sua cadeira para um ou
dois lugares de distância. Ou usar sua colher para cravar em seus olhos.

— Bem, você realmente possui uma educação local, Essar. – Remelle disse claramente. – Não
me surpreende que você gosta.

O rosto redondo de Essar se apertou, mas ela não disse nada. Contudo, quando Remelle tomou um delicado sorvo de sua sopa, ela soltou um assobio e quase deixou cair a colher. Oliquido estava extremamente quente –mais quente do que de todos os outros.
Essar lançou a fêmea um inocente, e questionador olhar, mas Remelle disse:

— O bastardo cozinheiro ferveu a sopa.

Celaena engoliu a resposta.

Especialmente quando o rosto de Rowan se tornou uma máscara
de calma. Uma que normalmente significava que algum tipo de violência estava a caminho.
Esse tinha sido seu pedido, não tinha? Para mantê-lo longe de uma briga que poderia ser reportada a Maeve?

Então Celaena acalmou sua própria raiva e disse para Essar:

— Você cresceu no campo?

Remelle rolou os olhos, mas Essar sorriu.

— Meu pai possuía um vinhedo no sudeste de onde
morávamos. Eu passei minha juventude passeando pelos olivais e bosques silvestres . Mas mudei para Doranelle quando chegou o tempo de entrar para a sociedade.

— Infelizmente, Essar foi muito azarada ao que se diz cumprir o desejo de seus pais e se casar com um homem apropriado. – Remelle disse.

— Marido? – Celaena se encontrou dizendo – Não parceiro?

Remelle estalou a língua.

— Claro que não. Um parceiro é raro, a maioria dos Féericos não os
encontra. Celaena não conseguiu se fazer olhar para Rowan, embora seu coração se esforçasse. Remelle acenou com a mão.

𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 𝙴𝚡𝚝𝚛𝚊 - 𝐇𝐞𝐫𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐃𝐨 𝐅𝐨𝐠𝐨 𐂂 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora