In Memorian

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Eu fito nossas memórias,
Mas não me atento a elas;
Mesmo que doces e singelas,
Não passam de estórias.

Como no imaginário coletivo,
Muito se inventa, muito se constrói;
Muito se aumenta, muito, se destrói;
Não posso dar asas ao primitivo.

Quando que na minha ebriedade,
Dada a licores e xerez,
Não lembro de nome nem idade.

Viver o momento é bem mais válido,
Pois para além de pinturas e retratos,
Faço amar-te com coração cálido.

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