Durante os anos que se passaram, Edmond e Tayla garantiram que a educação dos dois fosse impecável. Piano, arte, negócios e tudo que a alta sociedade devia saber. Além de solidariedade, justiça, direitos humanos, amor ao próximo e principalmente ética. 

Brianna e Carter eram a alegria da casa. Sempre subindo e descendo as escadas na maior animação e divertimento já vistos. Olívia considerava-os seus tesouros, e adorava observar a casa fervendo de bagunça e risadas infantis. Da última vez que ela tivera uma criança por tanto tempo em casa fora quando Edmond estava em sua infância, o que tinha acontecido a muito tempo.

Olívia era a bisavó mais divertida que as crianças podiam ter. Levava eles para todos os lugares possíveis, ensinava-os sobre a história da família, e sempre deixava-os na cozinha para comer um pouquinho da massa de bolo que a cozinheira preparava. As crianças a amavam, e sempre queriam dormir no quarto dela pois sabiam que isso significava ficar acordado até tarde ouvindo histórias de cavaleiros medievais que compunham a arvore genealógica dos Hughes. 

Brianna e Carter também gostavam muito de sua família como um todo. Isabelle e Amélia eram avós muito presentes, e assim que a família Longuiani soube do nascimento dos gêmeos, Tayla e Edmond visitaram a Itália diversas vezes para que as moças York e sua mãe pudessem se divertir com as crianças. 

Sienna era outra pessoa da família que os gêmeos adoravam visitar, pois ela era uma bagunceira incorrigível também. Estava sempre levando as crianças em parques para brincar, em circos quando iam a Itália e correndo pelos vinhedos para apostar corrida. 

Cada parente fornecia alguma contribuição para a formação das crianças que, agora com sete aninhos, eram modelo para toda a cidade de Watford. Brianna adorava a fama da mãe, e sempre se sentia orgulhosa quando entrava em algum lugar e ouvia alguém dizer que ela era filha da dama das chamas. Apesar de ter medo de fogo, já tinha ouvido histórias sobre a vida de sua mãe e a admirava por sua força de vontade e coragem. 

Carter por sua vez, apesar de ser um bagunceiro como sua mãe, admirava seu pai mais que tudo. Um grande lutador de box que passou por tantos problemas na família e que era pai muito amoroso e forte. Ele também sabia que aos poucos o pai perderia sua visão, uma vez que Edmond estaria, muito provavelmente, a apenas um ano de perder completamente a visão, sabia que estaria disposto a ajudar o pai no que ele precisasse, para sempre.

Apesar de o doutor não poder garantir nada, Edmond estava a sete anos enxergando com dificuldade desde o nascimento dos gêmeos, mais ainda enxergando. Ele sabia que seu tempo estava acabando então tinha decidido viver intensamente, sem pensar quando o dia chegaria.

Ele tinha as pessoas mais importantes perto de si, e mesmo que agora estivesse enxergando apenas vultos, sabia que não importava como fosse dali pra frente, ele estaria rodeado de pessoas que amava, e sempre teria o apoio de sua família e de sua amada esposa.

Depois que as camas da cabana foram limpas da areia, a família se reuniu para jantar e observar o luar brasileiro, como Tayla e Edmond fizeram na lua de mel. 

- Tayla. - disse Edmond, sentado na areia da praia, observando seus filhos brincarem perto da água enquanto sua esposa descansa em seu abraço.

A condessa Hughes levanta sua cabeça e encontra o marido observando-a.

- Sim, querido. 

- Preciso de ajuda com uma coisa. Uma carta, para ser mais exato. - Edmond disse. Tayla concordou e se levantou para pegar papel, um tinteiro e uma pena dentro da cabana. Ela voltou e Edmond prosseguiu. - É uma carta de amor sobre nós, mas vou mandar para Will. Aquele vidente previu que eu iria escrever essa carta, e estou muito contrariado de mandar ela para ele. Mas tendo em vista minha atual condição, vou ditar a carta para que você escreva, então vai saber como eu me sinto, no meio de nossa família. Vai ser uma carta de amor sobre você e você vai ter a oportunidade de escrever. - Edmond sorriu.

Quando Um Conde Se ApaixonaWhere stories live. Discover now