A luta com Draco Malfoy havia também machucado-o, mesmo não querendo acertar o garoto, ele precisou se defender, precisava proteger Davina.

— Você continua tão linda quanto eu consigo me lembrar — disse o bruxo, acariciando o rosto da garota que estava deitada em sua cama.

Rapidamente Tom levantou-se e foi ao banheiro, estava coberto pelo sangue de Draco. Aos poucos tirou sua roupa e a jogou fora, não queria que Davina o visse daquela maneira quando acordasse.

Assim que terminou seu banho, vestiu uma roupa confortável e sentou-se novamente ao lado de Davina. Mesmo confiante de que o feitiço funcionaria, ele não tinha certeza. Na primeira vez, Rosele Peterson havia o ajudado, mesmo que contra sua vontade ela lhe ensinou como executar o feitiço.

Os cabelos de Davina estavam compridos, sua pele estava pálida e gélida. Essa era sua única chance de poder ser feliz com sua amada, ele não podia ter feito errado.

— Eu não reclamaria se você acordasse agora — afirmou Tom, enquanto passava um pano úmido no rosto da garota, a deixando limpa. — Esperei tanto por isso, não seja dramática, meu amor.

Antes que Tom falasse outra coisa, ele notou os lábios da garota ficarem vermelhos, suas bochechas estavam ficando rosadas e quentes. Davina deu um suspiro profundo e finalmente abriu seus olhos.

— Nossa — murmurou. — Consegue me ouvir?

— Tom? — O rapaz sorriu emocionado, acariciando seu rosto.

— Sim, amor.

— Onde estou?

— Estamos em casa, como você se sente?

— O que você fez? — Davina o encarou, tentando levantar seu corpo.

— Está tudo bem, não se preocupe. — A ajudou a sentar — Como se sente?

— Estou com sede.

— Bart! — disse firme e o elfo logo apareceu.

— Sim, mestre?

— Traga-me água. — Davina encarava o local ao seu redor, a casa parecia um pouco diferente, os lençóis da cama eram totalmente pretos, as flores que ela costumava colocar na janela não estavam mais ali.

— O que aconteceu?

— A história é longa, está com dor ou algo assim?

— Não.

— Aqui mestre — disse o elfo, colocando uma jarra com água perto da cama.

— Obrigado. — Agradeceu e rapidamente o elfo desapareceu.

— Você está linda — disse Tom, entregando-lhe o copo.

— Eu preciso de um banho — afirmou Davina, tentando levantar-se.

— Vai com calma. — Tom a impediu de levantar.

— O que você fez? — O bruxo suspirou e pegou suas mãos ajudando-a a se levantar.

— Quero que veja algo.

— O que?

— Fecha os olhos.

— Por favor, Tom.

— Confia em mim. — A levou até o banheiro, mesmo relutante, Davina o obedeceu — Pode abrir.

Davina encarou seu reflexo no espelho, havia anos que ela não se via tão jovem quanto estava agora. Seus cabelos estavam longos e encaracolados como quando costumava ser quando tinha dezesseis anos.

A maldição: Draco Malfoy - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora