Fábrica

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A liberdade é imaginativa

Estamos presos nesta fábrica ativa

Da mídia televisiva

De bocas para sorrir.



Vivemos nas zonas rurais

Dos currais eleitorais

Na vida de gado

De povo marcado.



Suicídio em massa

Autodestruição genocida

O desperdício, nosso precipício 

Despercebido passa.



Na rotina cotidiana do dia a dia

Mandamos o planeta para o espaço

Na sede, na fome, na estia

Não vejo, não ouço, não faço.



Tsunamis e vulcões de terror

Aviões caindo, que horror!

A vida banal, mero número

Mais uma cruz para o túmulo.



A desculpa do culto à Alá

Para jogar bomba cá e acolá

Igrejas dizimando o povo

Como desculpa para roubar.



Cerimônias nupciais

Entre guerra e paz

Rivalidades globais

Apocalipses anuais.



A moda social ditatorial

A esculpir o corpo ideal

Fábrica de mente igual.



Somos o que se mostra na TV

Quem te viu, quem te vê

Somos o que ouvimos no rádio

Quem te ouviu, quem te vê.



A revolta do povo calado

No esgoto como ratos

Engolindo sapos

Bebendo o que desce pelo ralo.


Seres humanos

Em cadeias mentais

Voltando a serem os neandertais

De anos e anos atrás.


Aos que são de si detentos

Dou um conselho

Deixa de ser um espelho

Pensa menos em pensamentos

E faz mais coisas reais.

Poesia & Outras PoesiasWhere stories live. Discover now