Eleições

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Engraçado como diz a Constituição

Que todo o poder vem do povão

Só se for em vão.

Aqui no país do contrário

Político rouba o erário

E o cara de pau do salafrário

Ainda diz que apóia o sufrágio.

Começou a eleição

Eleição adeptos à corrupção

Eleição quadrilhas de ladrão

Eles são desprovidos de coração

Não representam o cidadão.

É golpe de direita

É golpe de esquerda

Uma luta de boxe

Onde a população que sente a perda.

Mas calma, nem todos são

Políticos de baixo calão

Alguns até tem salvação

Mas num tem vez não.

Na televisão é hora do show

De encher qualquer um de ira

Tem palhaço de verdade

E tem político de mentira

É aberração de lotar circo

De admirar o pobre, o médio e o rico.

Horário político

Uma variedade de números

De excitar qualquer matemático

Tortos, ímprobos, adúlteros

Triste, porém fático.

Mais horário eleitoral

Cheio de dinossauros

Sistema ultrapassado

Neolítico, paleolítico, político.

E na feira central

Tem laranja, tem pizza

Tem mensalão e doleiro

Tem lavagem de dinheiro

E de cueca

Eca!

O homem no poder

Se diz transparente

Mas até fantasma

Faz mais pela gente.

A população tem culpa também

Seja por mal, seja por bem

Vota no bonito

Vota no polido

Num vota em ninguém.

Raro é quem fiscaliza

A roubalheira alheia

E bota político na cadeia.

Na hora de votar

Não temos paciência

É qualquer número digitar

Sem mistério e sem ciência.

É rir para não chorar

A gente torce para a propaganda acabar

Para ir logo votar

E depois julgar e xingar

Quem, teoricamente, representa o popular.

Poesia & Outras PoesiasWhere stories live. Discover now