My Sexy Boss | HS |

Parte XVIII

Harry Styles POV

Por quê Lize não me disse aquele recado pessoalmente? Ela precisava mesmo escrever num papel, aonde Angelina poderia lê-lo? Minha raiva, que estava escondida entre minhas camadas de personalidade, reapareceu com esse ato descuidado de Lize.     

Eu tinha consciência que fui muito rude com Angelina. Sobretudo, sua atitude foi imperdoável. Ninguém se mete em meus assuntos! Ninguém! 

Meu aparelho celular quase foi esmagado pelos meus dedos, quando o retirei de meu bolso, a fim de ligar para lize. Ela atende no terceiro toque.

- Harry? - sua voz sairá alarmada.

- Sim, sou eu. Gostaria de saber porque guardou um bilhete em meu blazer, na noite passada? - indaguei, sem esperar que ela se recuperasse do susto da chamada inesperada.

- Não tive tempo para lhe dizer. Então, escrevi no guardanapo e guardei em seu bolso. - ela respondeu. - Você teve algum problema com isso?

- Tive! Agora, Angelina está amuada porque fui grosso com ela! - disse com raiva estalando em meu tom.

- Desculpe, Harry. Mas, eu não tenho culpa se você foi grosso com ela. - disse suavemente, sem medo de meu tom cortante. - Faça algo que a agrade e contorne a situação. 

- Não é tão fácil assim, Lize! - exclamei. - Angelina não é igual as outras.

- Diga que sou uma amiga, e a convida para um jantar... Dê algum presente... - ela disse futilmente.

- Angelina não é igual as outras! - gritei exasperado. - Ela não se agrada com presentes matérias, algo que envolva dinheiro.

- Sinto muito, Harry. Mas, estou muito ocupada. Não tenho tempo para o ajudar a conquistar uma garotinha boba. - disse ela com petulância. 

- Não fale assim ela! - exclamei.

- Tchau, Harry.

- Foda-se!

Sentia minha raiva aflorar após ouvir Lize rebaixando Angelina. Aquela mulher fútil não tinha o direito nem capacidade de julgar minha empregada. Lize tem um trabalho sujo, assim ela consegue obter tantos lucros bilionários. Assim, o trabalho de Angelina se torna muito mais honesto, mesmo sem ganhar milhões.

Eu precisava descarregar essa raiva!

                                              [...]

Fitei a paisagem do jardim de minha mansão  pela grande janela de vidro. A temperatura se mostrava amena e agradável. A imagem perturbada e tristonha de Angelina invadiu meus pensamentos; vê-la chorando noite passada foi meu maior desespero. Nunca me deixei levar por emoções inúteis. No entanto, ver Angelina chorar sob meu olhar foi inexplicavelmente doloroso para mim. Ela se mostrou tão frágil e indefesa, que me senti um monstro por ter a feito chorar. Não consigo esconder ou ocultar o fato de ter deixado derramar algumas lágrimas, enquanto batia incessantemente sobre a madeira de sua porta. Isso nunca me aconteceu, assim, passei a observar e notar com mais precisão o que eu sentia por ela. Se é que eu sinto alguma coisa. 

Amor tenho certeza que não é. Pois, não me deixaria levar por esse sentimento inútil. Amor nunca entrou em meus planos. E nem passará a entrar! O que eu sinto por ela é apenas admiração e atração. Apenas isso.

Na primeira noite em que passamos juntos, senti a necessidade de protegê-la  e passar para ela toda a confiança possível. Vê-la junta a mim, abaixo de meu corpo, sentindo o bater frenético de seu coração contra meu peito nu foi inexplicável.