My Sexy Boss | HS |

Parte XXVI

Harry Styles POV

Após o comentário positivo de Angelina sobre o nosso prato de filé de badejo assado com cebolas e batatas, eu pudi soltar um suspiro de alívio. Pois, se você não sabe nada sobre a outra  pessoa, fica evidente que você fica perdido em relação aos gostos alheios. E foi aí que eu notei que eu não sabia quase nada em relação à minha Angelina. No entanto, não tivemos muitos momentos sozinhos para tal feito.

- Gostou mesmo? - refiz minha pergunta anterior.

- Claro, Harry. Está muito bom mesmo. - Angelina respondeu, enquanto  limpava seus deliciosos lábios com o guardanapo. 

- Aproveitando a ocasião... - puxei meu guardanapo para limpar minha boca também. - O que você acha de falar um pouco de você para mim?

- Seria muito bom... - ela disse me fitando. - Mas, eu quero saber mais de você também.

- Não há muito o que falar sobre mim.

- Claro que há. Você é muito especial, Harry. - a voz de Angelina era urgente.

- Você me acha especial? - meu corpo aproximou-se mais da mesa; podendo assim, minha mão cobrir a sua.

- Claro que sim, Harry. - sussurrou, descendo sua visão para nossas mãos juntas, aonde meu dedão acariciava os nós de seus dedos finos.

- Especial quanto? - perguntei, querendo que ela me respondesse ao que a falei quando chegamos a este cruzeiro. Eu quase disse que a amava, mas nenhuma resposta foi me dada.

- Harry... - uma mecha que caía sobre seus olhos foi presa atrás de sua orelha pela sua mão visivelmente trêmula. - Eu não gostaria de dizer o que você quer ouvir. Pois, eu não me vejo preparada para isso. desculpe. 

A frustração foi derramada sobre meu corpo pela segunda vez. Por quê? Simplesmente por que ela não poderia me dizer umas simples três palavrinhas? Será que eu não a agradava mais? Será que ela não gosta mais de mim?

- Tudo bem. - suspirei. - Eu não posso te forçar a nada.

Por pelo menos cinco minutos o silêncio reinou sobre nós dois. Minha visão capitava o copo de vidro vazio e minha mente parecia ter congelado no tempo.

- Quais são os nomes dos seus pais? - a voz amuada de Angelina me despertou. 

Eu não sabia se lhe contaria os nomes verdadeiros ou os falsos. Pois, corria um grande risco de Angelina reconhecê-los. 

- Anne e Des. - optei por falar os verdadeiros.

- Minha mãe tinha um amigo muito próximo chamado Des. - Angelina comentou, fazendo meu coração parar de bater por alguns segundos. Eu até poderia observar sua expressão ganhar tensão após ver minha palidez obtida em minha face. - Está tudo bem, Harry? Você parece pálido. 

- Sim, está  tudo bem. - remei meu corpo desconfortavelmente sobre a cadeira. - Como são os nomes dos seus? - perguntei, mesmo já sabendo. 

- Anna Collins e Boby Earl. - um sorriso gracioso cobriu seus lábios ao pronunciar os nomes de seus pais.

Eu poderia me lembrar de ter ouvido o sobrenome Earl em outro lugar, só não sei aonde.

- Quantos anos eles tinham? - outra pergunta retórica.

- Minha mãe tinha 38 e meu pai tinha 42. - o sorriso anterior abandonou seus lábios.

- Sinto muito. - murmurei, sentindo uma culpa horrível invadir meus sentidos.

- Tudo bem. Já me acostumei com a dor.

Dor. Aquela palavra poderia ter tantos significados para mim e Angelina. E incrivelmente, nos juntava num passado obscuro.