capítulo 44°

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Dante Romanov.

Olho ao redor e vejo que não sobrou nenhum Russo para matar, Olliver, Mattias e Enzo estavam jogando os corpos para serem queimados enquanto os convidados iam embora.

-Foi muito bem pensado, só chamar gente da Onore para o casamento.-falo para Mattias.

Uma pessoa normal aqui séria muito embaraçoso.

-Nem todo mundo era da Onore.-Diz se referindo a Hari.

Jogo os corpos que estavam em minhas costas no buraco e olho para Mattias que acena como uma permissão silenciosa para ir até Hariany.

Entro na mansão e subo às escadas correndo atrás dela. Começo abrir todas às portas dos quartos de óspede e logo a encontro sentada na cama dos lençóis brancos e limpos. Seu vestido preto ainda está totalmente alinhado ao seu corpo e seua cabelos castanhos não estavam tão arrumados como na cerimônia. Vejo que ela tira a sua atenção das suas mãos e me encara. Ela olha para minha blusa social branca encharcada de sangue e sua expressão fica ainda mais confusa e culpada.

-Você está bem?-Pergunto.

-Para ser sincera?-Pergunta e eu aceno.

Ela suspira e eu me aproximo dela.

-Não estou nada bem.-Diz eu coloco minha mão em seu ombro, mas ela hesita e eu tiro a mão do seu corpo.

-Quantas pessoas você matou com essas mãos hoje?-Pergunta.

-Você sempre soube como eu era, sempre...-Ela me interrompe.

-Quantas?-Pergunta.

-Dez! Foram dez russos fudidos, mortos por mim hoje.-Falo de uma vez e ela arregala os olhos.

-Quantas pessoas você já matou?-Pergunta.

-Muitas. Centenas delas.-Falo e ela acena.

-Okay, já chega! Eu nem ao meus sei o porquê de ainda está aqui.-Diz se levantando.

-Você pode dizer o que for, mas no fundo você sabe o porque está aqui e sabe o porque não pode e não consegue ir embora.-Falo e ela suspira.

-Todos vocês são assassinos crueis.-Diz quase gritando e eu repiro fundo para ficar calmo.

-E você sabia disso desde o começo.-Falo suspira enquanto suas lágrimas começam a rolar descontroladamente.

-Se você for embora agora, eu não vou poder te proteger, não vou poder está ao seu lado. Eles já sabem sobre você e sabem que você é minha fraqueza. Se você ir embora, eu não poderei te proteger.-Falo e ela soluça.

-E quem vai me proteger de vocês? Vocês são monstros com pele de cordeiro.-Diz e eu sinto uma pontada em meu peito.

-Sim, somos monstros. Mas você conhece cada um de nós, você conhece Karina, Enzo, Sofia, Kat, Mattias. Você conhece a mim e sabe que nunca faríamos nada para te colocar em risco. Nunca te machucariamos.-Falo.

-Você pode dizer que sou um monstro, mas você me conhece.-Falo e ela nega sorrindo.

Eu odeio quando ela chora, como seus soluços ficam altos em minha cabeça e como sua pele pálida fica vermelha.

-Eu não conheço você. Você não sente nada por mim, você não sente nada por ninguém. Nem ao menos deve ter sentimentos. É isso que se espera de você.-Diz e eu solto um urro raivoso.

-Isso era o esperado para mim, para Enzo, Olliver e Mattias, mas lá estão eles com suas mulheres e aqui estou eu. Eu não deveria sentir e eu odeio sentir porque tudo vira uma puta confusão. Minha cabeça e minha vida está uma puta confusão desde que você apareceu. Você me destabilizou.-Falo e ela nega.

-Eu não posso acreditar nisso.-Diz e eu pego sua mão e a coloco em meu peito que está enlouquecidamente acelerado. Ela olho nos meus olhos e eu vejo o quanto seus olhos já estão vermelhos por causa do choro.

-Tudo que estiver bem aqui, pertence a você, só a você. Essa merda acelerada, só bate assim por você. Se isso não é sentir, se isso não é amar, o quê é isso que parece que vai me levar a loucura?-Pergunto e a vejo suspirar e soluçar.

-Eu estou começando a conhecer sentimentos sem explicações, que podem destruir tudo que sempre mantive em ordem. Nunca lidei com essas coisas, mas parece que alguém lá em cima está pronto para ver minha redenção. E eu não me importo, eu também estou pronto para isso. Estou pronto para a minha própria redenção. Eu vou fazer o que tiver que ser feito se você me escolher, vou proteger você e quem você quiser que eu protega, vou cuidar de você e te mostrar que posso ser um monstro para todos, mas nunca serei um monstro para você.-Falo apertando minha mão em seu peito.

-Eu me rendo a você.-Falo e caio de joelhos em sua frante ainda olhando em seus olhos.

Vejo seus olhos serem arregalados, mas contínuo.

-Eu estou totalmente submisso a você.-Falo segurando meus dois braços para trás e abaixando a cabeça.

Ouço ela suspirar, soluçar então vem as batidas dos seus joelhos ao chão. Continuo de cabeça baixa quando ela passa as mãos pelo meus rosto. Acaricia minha bochecha, a cicatriz em minha sobrancelha e passa a dedo em meu lábio, descendo até meu queixo onde ela puxa minha cabeça para cima e me beija. Passo o braço em volta da sua cintura e puxo ela para mim, esmagando seu corpo ao meu. Sua mão sobe para o meu cabelo e a outra contínua em meu queixo. Paramos o beijo por falta de ar e juntamos nossas textas olhando um nos olhos do outro.

-Essa é minha escolha.-Diz e acaricia meu rosto.

-Eu sei que estou sendo egoísta ao te prender a mim, mas eu vou contínuar sendo esse grande filho da puta egoísta. Porquê eu não quero e não posso de deixar ir.-Falo e dou um selinho em meus lábios.

-Como ficará meu irmão? Ele é a única família que tenho.-Diz.

-Ele pode ser iniciado ou pode ser protegido pela Dinastya. Jorge terá a sua escolha.-Falo e ela sorri.

-Mora comigo?-Pergunto e ela arregala os olhos.

-Você está lúcido o suficiente?-Pergunta e eu aceno.

-Preciso de você, preciso acordar com você todos os dias e preciso que esteja ao meu lado.-Falo e ela sorri.

-Está bem, já estavamos praticamente morando juntos mesmo.-Diz e eu sorrio.

Levanto a trazendo junto a mim e a beijo novamente, feliz por não ter perdido a única mulher que me fazia está vivo.

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Contínua

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A Herdeira de Sangue. (REVISÃO) Where stories live. Discover now