C A P Í T U L O XXIX

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Amores, já vou avisando que o capítulo a seguir é grande (o maior da história), e espero que vocês gostem! <3 Boa leitura.

— Bem

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— Bem... É aqui. — Neval declarou por fim.

A essa altura o dia já se transformava em noite. Os últimos raios de sol escondiam-se atrás de algumas nuvens e a rua onde eles haviam parado era pouco iluminada. A propriedade estava há alguns metros. Á frente estendia-se um gramado sem muitos detalhes, alguns postes para iluminação e um simples caminho que levava a entrada da imponente propriedade do século XVIII.

Era uma casa consideravelmente bonita, mas Katherine não gostou dali. Assim que botou os olhos naquelas janelas — todas fechadas — sentiu seus pelos eriçarem-se com o arrepio. Tudo estava vazio. Não havia nenhum pássaro nas árvores, ninguém na estrada e muito menos no gramado. Poderia ser o cenário perfeito para o resgate — ou não.

— Tudo certo? — Lady Crentown apertou as mãos do marido. — Sr. Rodger, lembra-se do que irá dizer caso alguém apareça?

— Direi que cavalos estão cansados e tal, mas sinceramente duvido muito que alguém apareça.

— É bom estar precavido. — Florence disse, levantando-se — Vamos. Não há tempo a perder.

Thomas e Katherine se entreolharam. Ambos tinham a leve impressão de que Lady Florence não entendia a gravidade da situação em que eles estavam, mas tampouco fizeram questão de questiona-la, afinal, era Florence. As coisas sempre seriam romantizadas na cabeça dela.

Lord Crentown aproximou o corpo de Katherine do seu. Beijou sua testa, sua bochecha e não se contentou, teve de depositar um sincero e rápido beijo em seus lábios.

— Tome cuidado, Kate. Eu nunca me perdoaria se algo acontecesse com a mulher que amo.

— Você que vai encarar o perigo de frente, Thomas. Florence e eu ficaremos bem.

— Se algo de mau acontecer... — Ele respirou fundo — Por Deus, o que eu rezo que não aconteça, por favor me chame. Grite por mim que eu a encontrarei.

— Nada de mal acontecerá, querido. Mas sim. Se for preciso eu o chamarei.

Eles sorriram. Poderiam ficar horas ali, apenas apreciando o sorriso afetuoso um do outro, mas tinham algo muito mais importante para fazer. O Sr. Rodger permaneceu perto da carruagem, cuidando dos arredores e garantindo que tudo estaria pronto para a eventual partida. Lord Crentown foi em direção a casa. Diria ao Sr. Kieling que havia feito uma parada em razão do cansaço dos animais e em seguida tentaria manter a atenção do homem fingindo interesse em comprar alguma parte da propriedade. Enquanto isso as irmãs dirigiram-se sorrateiramente até a porta lateral da casa.

Era a entrada dos criados. Primeiro Katherine espiou pelo vão da porta — que felizmente estava aberta — a procura de alguém. Não havia ninguém no corredor, é verdade, mas vozes muito próximas podiam ser ouvidas. Se a porta estava aberta era porque provavelmente havia um fluxo constante de pessoas ali, e então elas deveriam ser rápidas. A mais velha agarrou o pulso da irmã e arrastou alguns metros, entrando na propriedade de Kieling.

UMA PERFEITA DESVENTURA [CONCLUÍDO]Where stories live. Discover now