C A P Í T U L O XXIII

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Katherine acreditava que se ela estava triste, toda Londres deveria estar

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Katherine acreditava que se ela estava triste, toda Londres deveria estar. 

E a Casa Abbey definitivamente não estava.

Arthur e Millicent estavam nojentos.

Quer dizer, não exatamente nojentos, mas na visão de uma jovem que estava brigada com o noivo, todo aquele sentimentalismo dos dois era suficiente para irrita-la. Quando ela entrou na sala eles estavam no sofá, quase um em cima do outro, trocando carícias tão indiscretas que se Lady Cecile tivesse visto ela ficaria escandalizada. Katherine só não ficou pois estava tão deprimida que não tinha tempo para qualquer convenção moral. Apenas sentou-se no divã e espaireceu.

Depois, Arthur apareceu com um buquê de flores. Um buquê com nove tipo de flores diferentes e ele fez questão de recitar em voz alta o motivo pelo qual escolheu cada uma. Lavanda porque seu cheiro o lembrava de Millicent, o lírio para representar sua pureza, as rosas vermelhas pelo amor e blá blá blá. Ela parou de prestar atenção lá pela terceira frase.

Quando Katherine estava desistindo de permanecer no mesmo cômodo que eles, Arthur disse que iria sair para acertar os documentos de Haverstone com um advogado. Ele a beijou, despediu-se com pesar e chegou a voltar cerca de três minutos depois para depositar outro beijo em seus lábios e dizer que já estava com saudade.

Katherine quis atirar-se da janela, mas eles estavam no térreo. Ela no máximo ralaria a testa e ficaria feia para o dia do casamento.

O outro problema foi uma visita inesperada. Ela queria alguém para compartilhar sua melancolia vespertina, mas Regina Backford definitivamente não estava no clima. Ela apareceu na Casa Abbey saltitando durante a tarde.

Era um insulto para Katherine ver alguém feliz. Ela já não aguentava a cunhada bordando à sua frente, ás vezes rindo sozinha e perdida em seus próprios devaneios, mas ao menos, apesar de Lady Abbey estar feliz, ela estava em silêncio. Regina, por outro lado, emanava sua felicidade por todo o ambiente. 

— Boa tarde! — Regina fez uma mesura para Lady Abbey e em seguida para Lady Katherine.

Katherine furou o dedo fazendo um ponto. Maldito querubim gorducho! Estava doendo.

— Lady Backford. — Resmungou.

— As notícias aqui em Londres se espalham rápido. Soube que você vai se casar! Que maravilha. E com o irmão de Lady Heather! Oh, ela não deve estar aguentando de alegria... — A viscondessa começou a tagarelar. Por coincidência a cabeça de Katherine começou a latejar no mesmo instante.

Ah, claro que Heather está feliz, Kate pensou, tão feliz que nem fez questão de olhar para mim quando foi embora.

Não sabendo o que dizer, Katherine apenas assentiu com um sorriso fraco. Regina sentou-se no mesmo sofá que ela, porém felizmente há uma distância considerável. Talvez Lady Backford estivesse com medo daquelas agulhas que perfuravam vorazmente os querubins das meias de Lady Katherine. Espere. Elas estavam bordando querubins em meias?

UMA PERFEITA DESVENTURA [CONCLUÍDO]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora