~ Capítulo 1 ~

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Catulo

Roma 52 A.C

Catulo, O poeta lascivo

    Caio Valério Catulo deixara a comuna de Minturno a bordo da reda, que atravessava a rápidos galopes das patas puro dos estonteantes cavalos, a ponte que dava acesso à *Via Ápia, em direção à Roma.
   O poeta, que tinha usufruído de um banquete em honra aos deuses da embriaguez na noite anterior, seguia no interior da carruagem na companhia de duas formosas meretrizes que ele havia conhecido na festa e que trouxera consigo na reda.
    Em meios aos risos, e as obscenidades que estas mulheres faziam ao deixarem o notório poeta apalpar-lhe os seios nus, a carruagem em movimento seguia a plena velocidade os levando á capital do Império. Catulo saracoteava as meretrizes nuas em seu colo, entre risos, beijos, e afagos obscenos de sua luxúria que parecia não ter fim, levando-o a ter repetidas ereções e o desejo de praticar de imediato o coito ali, tendo uma delas a galgar em cima de sua protuberância masculina rija, enquanto a outra o beijava e alisava as mãos nas costas da parceira, enquanto o poeta bulinava as mãos nos seios macios da meretriz que copulava com ele, e cedia a compressão das inseridas abundantes do mastro rijo do libertino poeta.
    A libertinagem dos três era regada pela luxúria que os conduziam no coito, e notada principalmente pela insaciedade do devasso Catulo, que bulinava sofregamente aquelas duas meretrizes que ele havia conhecido na festa da noite anterior, e que  por conta de seus dotes luxurientos, acabou trazendo elas para Roma, onde poderia usufruir sexualmente de seus corpos e aptidões que estas duas meretrizes de baco mantinham em seus espíritos libertinos.
    Catulo não era somente conhecido por ser o sofisticado poeta de Roma, era um homem que tinha a fama de ser apenas mais um entre os homens incomuns de Roma, o homem que tinha como principal filosofia de vida a devassidão e a eloquência dos sofismas e da elegia.
    O prazer era o seu único deus, quando estava praticando atos "carnais" na fanfarra de festas orgiosas.
    Obtendo o máximo de prazer que o coito lhe permitia, Catulo gozou tendo as duas mulheres nuas ao seu lado. Era ele um guloso devasso que não se saciava com os deleites que lhe era ofertado no coito.
   E, antes que eles pudessem aportar na capital do Império Romano, Catulo colocou as duas meretrizes pra se roçarem uma na outra, extraindo o êxtase do prazer delas, que sussuravam agonizando de satisfação sexual.
    Ele assistia a orgia delas dando sacolejos frenéticos no mastro rijo que segurava nas mãos. Parecia inebriado, aprazerado e nutrido de desejo que a luxúria das duas lhe  causava nos sensíveis "ânimos" masculinos.
    Catulo excitava-se ao vê-la nuas e se tocando cheias de sordidez sexual, e num impulso incontrolável de seus desejos irrefreáveis, jorrou o conspurco viscoso sobre elas, que lambuzavam-se inebriadas pelo clímax final da orgia.
   O pervertido poeta aportou em Roma com os ares fatigado das orgias que vinha praticando desde que deixara Minturno na companhia das duas meretrizes, que vieram juntas para acompanhá-lo em sua vida de excessos e libertinagens em Roma.
   O poeta seguiu com as meretrizes rumo ao notório próstibulo da capital, local que era frequentado pelos legionários romanos e os senadores, que iam até o local em busca de uma diversão a "mais", que eles próprio camuflavam de: "discutir política" naquele antro da orgia.











   Nesse lugar, Catulo pediu ao dono que hospeda-se suas "amigas" e que lhe desse também trabalho no recinto. O dono do próstibulo atendeu de imediato o pedido do amigo, tendo em alta conta a sua fama de poeta e fiel cliente do local, cujos versos agradava os ouvidos de Caio Júlio César.  Mas Catulo odiava o Imperador, mesmo sabendo que ele nutria gosto por suas líricas poesias.
  Antes de partir, o nosso devasso poeta esbarrou na presença do amigo Aurélio, que se encontrava no local na companhia de um dos seus escravos de estimação com quem mantinha "relações afetivas" e que por esse motivo lhe dava belo tratamento.
A prosa entre os dois cavalheiros desenrolou-se nestes termos:
— Olhe só, se não é o meu estimado poeta dos versos ousados! Nem me atreverei a indagar sobre seu último paradeiro, pois bem sei que estava á fanfarrear por aí embaixo das pernas de meretrizes! — comentou o amigo entre risos.
— Aurélio sua bicha afeminada incubada! Pensas que me ofendes com esses deboches  que são o resultado de sua embriaguez frustrada? Cujo intuito é encobrir esse caso que mantém com este escravo, afim de que a velha gorda ensebada, que tu chamas de esposa não descubra que és tu, um marido enrustido e que gosta de ser fodido no orifício do traseiro?! — provocou-lhe Catulo, demonstrando ao amigo que não gostava de ser testado.
— Cala-te! Cornélia esfolaria minha pele se soubesse desse meu precioso delito! Suspeitas não passam de meras falácias, mas o flagra das vistas é sentença pra tal. Meu digníssimo Catulo sabes que não censuro sua conduta, tens direito pra fazeres o que quiseres de sua vida. Eu o admiro por ser livre e não usar a toga dos Censores. — retrucou Aurélio, olhando para os lados pra ter a certeza de que ninguém ouvira as palavras do poeta.
— Livre sou das amarras do matrimônio! Nunca quis enlace algum na minha vida, por achar que tal convivência exigi do outro o que ele nem próprio possui. Viva a festa da carne! Baco nos saúda em sua alegria de viver! — Exclamou o poeta animado, e o amigo concordara com ele.
— Meu caro amigo, deixemos as farpas de lado. Diga-me, para onde vais agora? — Quis saber Aurélio.
— Irei á casa de Lésbia e darei mil beijos nela, pois ardente é a saudade que sinto daquela flor de luz de seios rosados. — recitou o poeta inspirado.
— Fazes bem, se teus anseios te encaminham para ela, então serás lá que a deitará em teu colo amigo poeta! — Falou-lhe Aurélio, dando a mão em cumprimento ao amigo, que o pegou e deixou o próstibulo fazendo solenemente uma inclinação de despedida.

Juvêncio ~ Olhos de Mel (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora