Diário de uma dançarina

06 - Quarta-feira 6 de fevereiro

07:15 - Meu quarto no Loft

Primeiro eu deveria de repassar todos os acontecimentos de ontem para atualizar isso aqui.

Foi impossível de escrever antes, cada hora um pegava no meu pé.

Almocei com a Kayla. E foi algo bem fácil na verdade.

Eu não tenho experiência em ter amigos, mas lidar com a Kayla tem sido bem tranquilo. Ela gosta de falar (e muito!), então eu fico quieta na maioria das vezes.

Acho que ela precisa de um terapeuta.

NOTA: Passar o telefone da Dra. Rogers para a Kayla.

Em pouco tempo já fiquei sabendo de tudo, Nate e Kayla são irmãos. Ela já namorou com o Aiden. E atualmente ele está saindo com a Emma. Lola não é de se apegar, a Kayla nunca a viu com um namorado sério, aparentemente ela já teve um lance quase que duradouro com um menino que não estuda aqui mas terminou depois de um tempinho. Kayla disse que a sem sal da Lola está sempre acompanhada de um menino diferente nas festas, mas que desde criança ela sabe que a paixão verdadeira da Lola sempre foi o Aaron.

Depois do almoço tive aulas escritas e normais, matemática, história, mas não tive problemas quanto a isso. Estava adiantada na matéria.

Não sei se o meu colégio anterior era mais forte ou se a Collins Academy é mais fraca, mas eu já tinha estudado tudo aquilo que eles ainda estavam aprendendo.

Isso me deixou realmente preocupada com Yale. Porque se eles estavam atrasados, eu poderia estar me atrasando agora. E no final como que iria ser?

No fim do dia ainda tive uma aula de alongamento, eu e as crianças.

Patty me deu uma faixa elástica (sei lá o que era aquilo) e pediu para que eu segurasse nas pontas e colocasse meu pé no meio.

Imitei ela todo o tempo alternando entre ponta e meia-ponta (é assim que ela chama o pé esticado e o pé semi-esticado; apoiado pelos dedos, quase como se estivesse de salto alto).

No meio do "estica a perna", "deita o corpo todo no chão, estica pra cima e cai pra direita", enfim, muitos comentários para escrever aqui o que importa é que sai esticadinha dessa aula.

E sempre que eu fazia corpo mole a Patty vinha e forçava a minha perna dizendo "Não faça careta! Você aguenta".

Tenho a leve impressão que depois desse primeiro dia na Collins Academy as pessoas mais bem preparadas para guerra são bailarinas, elas simplesmente sofrem com um sorriso no rosto, ainda sobrevivem a tortura, aguentam o próprio peso e não comem nada.

Patty me explicou que essa semana ainda ficaria com as crianças mas que daqui a duas semanas eu estaria com as turmas da minha idade. Quero só ver!

O dia já estava acabando quando voltei pro Loft.

Entrei em casa e vi uma movimentação estranha.

Uma equipe de garçons e garçonetes, vestidos de fraques e vestidos tubinho preto respectivamente, andavam de um lado para o outro carregando bandejas.

Depois de ser barrada por um segurança de entrar na minha própria casa, achei Rosa praticamente desfalecida no sofá.

Quando perguntei o que estava havendo, Rosa explicou que o coroa havia cedido o Loft para Malévola fazer um coquetel.

Olhei em volta e lá vinham eles de mãos dadas na minha direção.

"Querida!" ela falou de novo, odeio quando essa falsa me chama assim. "Que bom que chegou! Vá colocar um daqueles vestidos que compramos e volte para cá", ela me ordena.