Apenas por amor.

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Por Marina Vianna

É impossível não acordar abobalhada depois desses dias ótimos, desde nossa primeira vez tudo tá dando certo, algum tempo passou e nós fomos pro novo apartamento e eu fiquei maravilhada, ele é extremamente acolhedor, o natal foi incrível, me senti junto de uma família, em meio a tanta felicidade Guilherme me contou que pretendia por augusto no berçário ano que vem e ai eu fiquei arrasada mas estou me acostumando com a idéia, Guilherme havia preparado um surpresa pro nosso ano novo e eu já tinha até desistido de tentar descobrir.

-Eu preciso saber pra onde vamos pra poder arrumar as malas Guilherme de Medeiros.

Ele me olha franzindo o cenho enquanto balança guto no colo.

-Coloque casacos, é um lugar bem frio.

-então eu preciso ir comprar casacos, não tenho.

-Podemos fazer isso mais tarde, vou te ajudar e ai conferimos tudo que falta.

Nem pestanejei, Guilherme me ajudou com as malas, eu fiquei um pouco assustada, ele preparou a mala dele com casacos pesados, tocas e luvas, assim como eu, guto não tinha nada disso, então fizemos o básico e fomos ao shopping, Guilherme ficou irritado porque enquanto ele se distraiu eu paguei tudo, acho que eu gastei quase todo o dinheiro que juntei nesse tempo todo, comprei algumas coisas que nunca tinha saído pra comprar antes, comprei bijuterias, uma bolsa linda também, jantamos num restaurante bem gostoso com Marcos e André e o bebê, ao voltar pra casa eu tava exausta, aproveitei pra terminar tudo enquanto Guilherme colocava augusto pra dormir, o vôo sairia amanhã bem cedo.

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-Bae, eu vou fazer o check in, fique aqui com nosso garoto- sorrio em resposta, meu coração sempre bate mais rápido quando ele fala isso, nosso garoto.

-Então quer dizer que você vai segurar minha mão na minha primeira viagem querido?- pergunto pro bebê gordinho em meu colo, ele estava tão lindo, usava uma calça de moletom e um casaco da adidas, todo combinandinho.

-O que uma dama dessa faz sozinha no meio desse aeroporto?- me viro e vejo um rapaz, ele é alto, forte e seus cabelos são tão ruivos que eu fico impressionada. -Desculpe a falta de educação me chamo Carlos, prazer.

-Ahn, prazer Carlos mas eu não estou sozinha, desculpe. - ajeito guto em meu colo de forma nervosa e com a outra mão agarro uma das malas de rodinha que estavam ali.

-E quem foi o maluco que te deixou aqui sozinha? Uma preciosidade dessa- meu coração acelera um pouco, só consigo lembrar daquele brutamontes correndo atrás de mim- perdeu a língua princesa?

-Ela não perdeu a língua não mas se tu não saiu daqui tu vai perder tua vida, vaza daqui porra!- ouço a voz de Guilherme atrás de mim, o ruivo arregala os olhos mas logo sai de perto- desculpa meu amor, estou aqui agora.

-estou bem amor, tá tudo certo?- ele concorda com a cabeça, ele parece mais tenso do que eu com essa situação -Fica calmo, aquele babaca já foi, mas agora você pode me contar pra onde iremos?

Balanço um pouquinho mais guto no meu colo, ele começou a ficar pesadinho demais, Guilherme leva as malas de mão e minha bolsa atravessada.

-Para de ser curiosa, vamos para entrarmos logo.

Entramos antes de todos por estarmos com um bebê, Nunca tinha entrado em um avião antes então tô achando um máximo, ainda mais que estamos na primeira classe, muito confortável.

-Eu te amo sabia?- Guilherme dispara enquanto me observando dando a mamadeira de guto.

-Não, eu não sabia- digo rindo recebendo um beijo na testa- Eu também te amo.

-Eu prometo que esse vai ser o melhor fim de ano possível, vamos nos divertir muito.

-Sem nenhum esforço já seria os melhores dias, vocês são minha família é só de estar com vocês já estou feliz.

-Minha mulher e meu filho, taí o que eu não imaginava falar tão cedo.

Continuamos conversando até que todos começaram a se acomodar em seus assentos, deu tempo de dar toda a mamadeira pro gutinho e me acomodar com ele em meu colo, Guilherme conversava no telefone com julia mas teve que desligar.

"Bom dia senhores passageiros do boing 227 com destino o Nova Iorque..."

Depois disso eu não ouvi mais nada, meus olhos estavam arregalados e meu queixo caído, agora eu entendi o porquê de gui pegar meus documentos e uma procuração a um tempo atrás, ele me enganou direitinho.

-Eu não acredito, muito obrigado amor, muito obrigado- eu sussurro encostando minha testa na dele.

-Não precisa agradecer amor, você merece muito mais.

E lá vamos nós, rumo a NY