Por Guilherme de Medeiros
Foi muito agoniante esperar por horas o médico aparecer mas graças a deus ela tá bem e como tá sedada eu corri pra delegacia pra ver o que faria, eles ja tinham pedido as fitas das cameras e em alguns dias eles teriam a resposta, Marcos levou Guto pra casa da minha mãe e fiquei um pouco mais tranquilo.
- Calma cara, ela vai ficar bem, agora você precisa ir pra casa descansar- André disse enquanto bebia seu café.
-eu não volto com a minha família praquele apartamento, vou falar com a Julia pra ela preparar o apartamento da lagoa enquanto isso fico na minha mãe.
- concordo que é arriscado ficar no apartamento, mas tem certeza que quer ir pra lagoa? você nunca gostou muito, afinal seu pai morreu lá.
-Acho que já tô pronto pra enfrentar essa barra, caralho eu juro que eu vou até o inferno mas vou descobrir quem fez isso.
Depois de uma longa conversa com André e uma pequena conversa com os médicos que disseram pra eu ir que Marina não acordaria cedo eu resolvo ir em casa, Julia é ótima então já tem pessoas recolhendo todos os meus pertences, faço uma mala muito mal feita com coisas emergências pra mim, marina e augusto.
Dou uma volta na orla da praia, foi muito bom morar na Barra mas agora eu vou voltar pro Lagoa, aonde eu cresci.
Passo na minha mãe e deixo as malas lá e aproveito pra explicar tudo que aconteceu com calma, os 2 seguranças já estão lá, dei ordem pra eles não saírem de lá em momento algum e então volto pro hospital.
-Sua mulher teve sorte Guilherme, o trauma foi superficial e sem nenhuma sequela, o médico da família de vocês já passou aqui e também a examinou.
-muito obrigada doutor, temos previsão de alta?
- amanhã vamos fazer alguns exames e se tudo continuar certo ela será liberada.
-Tudo bem, posso dormir no quarto?
-claro que pode, ela deve estar acordando em breve, as dores no corpo são normais mas se algo de mais acontecer, chame alguém.
Concordo e a enfermeira me leva até o quarto, marina tá com alguns acessos no braço e seus olhos estão um pouco inchados, mas continua linda, meu coração parece sair pela boca ao imaginar que fizeram mal a minha mulher e eu não pude fazer nada, sim ela é minha e eu sou dela, depois desse fim de semana eu não tenho maia dúvidas.
Tiro os sapatos e me deito naquele sofázinho duro de merda.
-Ahn minha cabeça- ouço a voz rouca de Marina, dou um pulo do sofá.
-Como é bom ouvir sua voz, você tá bem?
-Minha cabeça dói mas eu tô bem, cadê augusto?
- tá com a minha mãe- digo acariciando seu rosto.
-Meu deus quanto tempo eu dormi?parece que um caminhão me esmagou.
-algumas horas babe, você tá assim porque bateu a cabeça- ela concorda piscando várias vezes- desculpa por não te proteger, já pedi pra Julia preparar a casa da Lagoa e vamos pra lá.
-isso não foi culpa sua- ela diz sorrindo a apertando minha mão- mas quero que você prometa que vai achar esses caras.
-não tenha dúvidas disso, se tudo der certo amanhã você já volta pra casa- eu digo e ela concorda, resolvo não incomodar mais pra ela descansar realmente.
O silêncio é maior até que ouço um ronquinho de marina e acabo dormindo também.
Por Marina Vianna
Meu corpo está bem menos doído, acordei cedo com os remédios e fui fazer os exames, guilherme tava tão cansado que continuou dormindo, até que Dona Márcia chegou com roupas e meu pequeno príncipe.
-Querida eu quase morri quando soube, você foi muito corajosa- Dona Márcia diz beijando minha bochecha, sorrio em resposta- trouxe essa criança que mal dormiu chamando por você.
-Meu amor, fiquei tão preocupada com você- digo beijando Guto que sorri.
-Nina, maiqmwwnnakakankskammak- ele diz me abraçando e caímos na gargalhada.
-Eu trouxe coisas pra você usar- ela diz sentando em uma poltrona, seu olhar paira sobre guilherme e ela suspira ajeitando o cabelo- guilherme querido, já são 9 da manhã.
-Ele tá cansado Márcia- eu sussurro e ela levanta os ombros.
-Vamos querido, o médico logo aparece pra liberar Marina e você tá apagado feito um urso.
-Papa- guto grita batendo palminhas e caímos na gargalhada.
-não tem como dormir um pouco mais numa família dessa.
Ficamos conversando enquanto guilherme se aprontava, era até estranho ver Guilherme sem terno em dia de semana, o médico veio aqui e liberou minha ida pra casa. Tomei um bom banho lavei meu cabelo com uma certa dificuldade, já que o sangue secou, me olhei no espelho e me assustei com o que eu vi, minhas olheiras estavam fundas e escuras demais, minha boca estava ressecada, vesti rapidamente o vestido e tratei de sair correndo do banheiro.
-Cadê o pessoal?
-Minha mãe foi na frente com Augusto, e nós ficamos pra trás babe.
-Estamos sozinhos- eu digo rindo e ele concorda- eu ainda tô sentindo dor e não consigo ver a ferida, você pode me ajudar a pentear meu cabelo?
-você tem certeza?- Guilherme me olha receoso e eu concordo- tudo bem, eu já penteei o cabelo de gabi antes mas tenho medo puxar demais.
-fica tranquilo, se machucar eu te aviso- entrego pente pra ele que concorda, fecho os olhos ao sentir sua mão em minha cabeça, dou uma risadinha do cuidado dele.
-que foi?
-Você praticamente não tá encostando o pente no meu cabelo.
-Tudo bem senhora sabe pentear cabelos como ninguém- ele diz e fecho os olhos novamente, mas dessa vez eu sinto suas mãos firmes mas cuidadosas, depois de alguns minutos infelizmente ele tira suas mãos de mim -Tá pronto, vou pegar seus sapatos, fica sentadinha ai.
-Não é como se eu fosse um bebê- digo e ele sorri colocando a sapatilha azul bebê no meu pé, Márcia me formou um bom look, um vestido solto branco de alças finas que ia até meus joelhos e uma sapatilha azul- podemos ir agora?
-sim, vamos passar na farmácia para comprar vitaminas pra você e alguns remédios.
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Apenas por amor.
RomanceGuilherme é dono de um escritório de advocacia no Rio de Janeiro, junto com seus dois amigos e outros advogados forma um dos melhores times de defesa do Brasil, leva a vida despreocupada até conhecer Marina, uma mulher diferente que mexe com seus se...