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Por Marina Vianna

Observo mais uma vez guilherme brincando com augusto enquanto desciamos pelo elevador, estávamos indo pra hortolandia, aonde eu nasci e fui criada, topei a maior loucura da minha vida: fingir ser casada com guilherme pra ver meus pais. O natal estava tão perto, eu sentia tanta a falta deles que topei sem pensar duas vezes, o Anel de diamante brilha exasperadamente em meu dedo, guilherme tinha levado bem a sério essa "Brincadeira", me deu um anel lindo e até inventou uma história para nosso amor.

-Anda, tá em que mundo?- guilherme me chama, observo mais uma vez e dou-lhe uma piscadinha, arrasto as duas malas pequenas que estamos levando enquanto Gui carrega guto e uma mala maior.

-Desculpa, tava pensando além- eu digo e ele concorda, guto não para de falar coisas que ninguém entende, já imagino meu pai babando no "neto" dele- Meu pai vai amar augusto, ainda mais por ser menino.

-quando ele me ligou pra dar aquele sermão de não ter sido avisado antes sobre o casamento da filha dele com um "doutor" ele disse que tava ansioso pra conhecer Augusto.

Gargalho em imaginat minha mãe e meus irmãos babando no pequeno loiro, entramos no carro e enquanto guilherme guardava as malas eu prendi guto na cadeirinha, me certifiquei que ele estava bem apertado e seguro.

-Já coloquei tudo lá atrás, podemos ir?

-Sim, eu trouxe uma bolsinha aqui na frente com agua pra gente e manga picadinha e comida pro guto.

-Tudo bem, são mais de 6 horas de viagem, provavelmente vamos ter que parar pra jantar.

Concordo com a cabeça já vendo a paisagem de fora do condomínio, pego a mãozinha de guto e faço um carinho e ele ri voltantando a atenção ao seu chocalho chato.

-Eu gostei desse vestido, você tá linda- guilherme diz sorrindo pra mim, uso um vestido floral rodeado que vai até um pouco acima dos joelhos.

-Obrigada gui, você sabe como agradar uma mulher, você também tá um gato com essa bermuda camuflada.

-É sempre bom abandonar meus ternos um pouco, esse calor também não me dá outra opção, aliás eu que amo o calor tô achando que tá demais.

Realmente, em sp eu sentia calor, OBVIO, mas no rio? Ainda mais em dezembro? Eu tava derretendo, qualquer roupinha mais grossa me sufocava.

-Gutinho que sofre com tantas gordurinhas- eu digo e guilherme ri, resolvo provocar -Igual o papai, cheeeeiiiooo de gordurinhas.

-Para de ser invejosa, eu sou regrado e corro todo dia de manhã- ele protesta se finjindo de bravo, observo seus lábios carnudos em forma de coração, seus cabelos estão maiores e dão um ar mais despojado -Se olhar mais baba, querida.

-te enxerga guilherme, para de ser convencido.

-Não fale assim com seu maridinho, meu amor- ele diz rindo e apertando levemente minha perna.

-Cala ela boca.

Guilherme dirigiu durante umas 2 horas e resolvemos parar pra lanchar, eu dei fruta pra guto e troquei sua frauda, e o pequeno apagou na cadeirinha, tomamos um café e comemos pão na chapa, seguimos viagens, o sol já estava se pondo, e eu estava cada hora mais ansiosa pra ver minha família.

-Te dou 1 milhão pelo seu pensamento.

-Queria que você deixasse de ser fofoqueiro.

-Você é insuportável Marina, deus do céu.

-eu só estava pesando em como vai ser rever minha família depois de todo esse tempo, mais uma vez eu quero agradecer.

Guilherme apenas acena com a cabeça, passamos mais algumas horas até a grande São Paulo e Guto começou a ficar irritado, talvez por passar horas demais no carro, quando deu 19 horas resolvemos parar para jantar e pra dar um alívio ao pequeno.

-Podemos jantar aqui ou você prefere outro lugar?

-Aqui tá ótimo, vou levar a bolsa pra trocar o pequeno.

Depois de sentarmos a mesa e pedir a entrada eu fui rapidamente trocar a frauda do gutinho, troquei sua roupa e ele ficou mais calminho, Jantamos salmão com aspargos e tomamos suco de uva, caimos na estrada agora só flatavam mais 2 horas até minha casa e pude jurar que passou como um piscar de olhos, ao chegar no portão pude ver as luzes acesas e fiquei super nervosa.

Quando abracei minha mãe chorei feito um bebê, recebi um bom beijo na testa que já tinha feito valer a pena toda essa loucura de fingir ser casada com guilherme, meus irmãos estavam bonitos e saudáveis e meu pai aspero como sempre mas recebi até um abraço de urso, guilherme foi idolatrado pela minha família, gutinho foi muito paparicado também por todos.

-Ah minha filha seu quarto tá do mesmo jeitinho de quando saiu, só mudei as colchas de cama.

-Obrigada mãe, senti muita falta- eu disse beijando novamente sua testa.

-vou deixar você avontade com o bebê e vou ver o que tanto seu pai conversa com guilherme.

-Tudo bem, vou dar um banho nele e o por pra dormir, estamos cansados.

-Tudo bem querida, te amo.

-Também te amo mãe.

Dito isso minha mãe sai do quarto me deixando sozinha com guto, pego um pijama confortável pra mim e pro guto, quando saio pra ir até o banheiro ouço risadas do meu pai e de guilherme, no banheiro eu e augusto tomamos banho juntos, a pediatra disse que aumentava a ligação entre o bebê então as vezes eu fazia isso, enquanto me secava e colocava minha roupa deixei futo sentadinho no armário da pia, o enrolo na toalha e vou até a sala.

-Oi meu amor- guilherme diz e eu sinto vontade de rir, mas apenas sorrio, ele tá levando isso bem a sério.

-Vim desejar boa noite pra vocês.

-Já vai dormir?- Guilherme pergunta e eu concordo.

-Boa noite Marina, dorme com deus- meu pai diz e eu sorrio, ahh como é bom estar de volta.

-Eu vou também, boa noite João.

-Dorme com deus, até amanhã.

Fomos pro quarto e guto já estava quase dormindo no meu colo enrolado na toalha.

-Vou tomar um banho rápido, você me espera?

-Espero, só vou por uma roupa no guto- eu digo e ele concorda, mexe na mala e logo dai.

Começo meu ritual com gutinho, Frauda, talco, pomada de assadura, um pijama e um perfuminho bem suave e pronto o pequeno já tá dormindo, ligo o ventilador e coloco guto no meio da cama de casal, Agora tenho um tempinho pra pentear meus cabelos e hidratar minha pele.

-Cara essa agua é mais gelada que a agua da praia, puta que pariu.

-Para de frescura, banho gelado faz bem- eu digo rindo tirando minha atenção do espelho e olhando pra guilherme, ele usava um samba canção e tava sem camisa como sempre.

-Frescura?- faço que sim, vejo guilherme se aproximar e apertar minha cintura, cocégas, muitas cocégas, tento rir baixo pra não acordar augusto e me soltar de guilherme.

-para guilherme- digo em meio aos risos sufocados pelo ombro de guilherme, não posso deixar de reparar seu cheiro maravilhoso amadeirado misturado com menta.

-Você tá cheirosa, muito cheirosa.

-Eu sempre passo hidratante antes de dormir, quer alguma coisa? Agua?

-Tô tranquilo, vamos deitar que amanhã é um longo dia.

-Tudo bem, VOCÊ apaga a luz.

Eu digo correndo pra cama ao ouvir guilherme reclamar.

Deito com cuidado deixando augusto no meio e logo a luz se apaga, espero guilherme do outro lado da cama e nada, sinto ele colocar augusto pro csnto da parede, me empurrar e deitar do meu lado.

-Eu gosto de dormir ao seu lado, e você tá muito cheirosa- ele diz beijando minha nuca, fico um tempo travada respirando devagar -Fica tranquila mari, você tá muito tensa- ele diz passando a mão em meu ombro, respiro fundo e relaxo mais um pouco.

-Boa noite- decido encerra logo aquilo mas guilherme continua com sua mão em meu quadril, assim ficamos até dormir

Apenas por amor.Where stories live. Discover now