Por Guilherme de Medeiros
Agora são 7 horas do dia seguinte, ontem foi uma loucura, liguei pro laboratório e eles vieram colher o material pro exame, Augusto realmente é um bebê calmo mas só dormiu com o carinho de marina, aliás eu e marina dormimos juntos denovo, augusto dormiu entre nós, agora ele tá berrando, não são nem 7 horas direito e ele tá berrando.
- Que merda, o que eu faço?
-Calma gui, eu cuido dele, só pega meus remédios pra dor- ela diz e eu concordo, vou até seu quarto e pego as caixas de remédio, quando volto, marina e augusto já estão pela cozinha.
-Eu vou por uma agua pra esquentar e fazer a mamadeira pra ele, e dar uns morangos amassados.
-Tudo bem doce, me dê aqui esse chorão- eu peço pegando meu filho, sim, meu filho, não tenho dúvidas disso- O Papai tá aqui, não precisa chorar.
-Esses remédios são incrivéis, é pa pum, pronto gui, o morango já está amassado, ele mesmo pega.
Passamos muito tempo alimentando augusto e acabamos que tomamos café junto dele, rindo de suas graças, o moleque não nega o sangue, um futuro advogado, não fica quieto um segundo, Marina segurou ele enquanto eu lavei a louça, e finalmente eu dei o primeiro banho nele, e admito que até emocionei, e uma parada tão bonita e verdadeira, sem dúvidas um lindo momento, guto pegou no sono e foi ai que eu e marina tomamos banho, separados é claro.
-Aonde vamos mesmo?- ouço a voz de marina, desvio meu olhar de guto e não posso deixar de reparar o quão linda essa mulher é - Dona marta e gabi precisam saber de guto.
-Eu sei mas quero esperar o exame, mesmo que eu não tenha dúvidas- eu digo e ela concorda sorrindo, marina passa a mão por seus fios molhados e reparo na marca arrocheada em seu braço - Vamos no shopping comprar algumas roupas e coisas de bebê, você sabe?
-Eu cuidei de bebê lá na roça, precisamos de frutas frescas e cereais também gui.
-Tudo bem doce, eu vou descer e tirar o carro da garagem, tudo bem?- marina concorda -Vou levar a bolsa.
Desço até a garagem e reparo que o dia tá lindo, uma ótima forma de começar no rio de janeiro, uma das compras de hoje vai ser uma cadeirinha pro guto, saio com o carro e espero na portaria do prédio e logo marina aparesse sorridente carregando guto, ela fala com todos os funcionários póssiveis.
-Uma das coisas além das roupas e comidas e uma cadeirinha pra ele-Marina diz ao entrar no carro com Augusto no colo.
-Eu pensei nisso, precisamos de um berço também e uma cadeirinha pra alimentação, tava pensando em colocar no quarto ao lado do meu.
-Eu acho que só isso basta de móveis, achei que você fosse contratar uma pessoa pra planejar o quarto...
Sorrio da sua expressão e acelero mais o carro, meu sonho era ser arquiteto mas a vida me cobrou a carreira de advocacia e eu me empenhei bastante.
-eu decorei toda a casa, gosto muito de decoração, eu não dormi muito bem essa noite e acabei pesquisando algumas idéias, o quarto vai ficar ótimo.
Conversamos o caminho todo sobre a época que marina cuidou de algumas crianças e ela demonstrou tanta saudade da sua familia que deu até aperto no coração, quando chegamos no shopping, guto acordou e encantou a todos, fomos primeiro no mercado e compramos várias coisas, frutas, legumes, cereais e suplimentos pra bebê, fora fraudas e outras coisas que eu não entendi muito bem, coloquei tudo no carro.
-Gui eu tô com dor, vou na farmácia um momento- Marina avisa e eu praguejo mentalmente por ter esquecido os remédios.
-Vamos juntos, me entrega guto.
-Obrigada- marina sussurra, ela anda com calma entre os corredores do shopping, augusto tá quietinho no meu colo.
Comprei o remédio e fomos direto para a loja de bebê, marina sentia dor então prefiriu ficar no espaço mãe e bebê e alimentou augustou, e eu comprei um berço, um carrinho com um bebê conforto, o cadeirão de alimento e várias outras coisas, a babá eletrônica foi minha favorita, marina se sentiu melhor no final e acabou escolhendo as roupas comigo, saímos de lá cheio de sacolas com o que deu pra levar, o resto chegaria em casa, augusto dormia enquanto nós almoçamos, marina estava tão linda e como sempre alegre, na hora de ir embora passamos na praia e demos uma volta na orla.
Por Marina Vianna
Guilherme pediu ajuda pro porteiro e subiu várias vezes com todas as coisas, enquanto eu troquei e dei um banho em Augusto.
-Guto você é um dos bebês mais calmos que eu já vi-eu digo e guto ri enquanto morde seu pé, ouço a campainha e estranho mas guilherme deve ter esquecido a chave ou algo assim, pego augusto que tá só de frauda e fala algumas coisas que ninguém entende e vou até a porta, quando abro percebo que não é guilherme e sim Stella, meu coração parece sair pela boca.
-Quem é essa criança?
-Eu é... ah...-me embolo, não tenho o que dizer.
-Entrei pela porta dos fundos com tudo doce- ouço a voz de guilherme, me viro lentamente com a cara de pânico, ele me olha e não entende muito bem.
-GUILHERME QUEM É ESSA CRIANÇA E PORQUE VOCÊ CHAMOU ESSA EMPREGADINHA DE DOCE?
Pronto, Augusto chora com o grito de Stella e o circo está armado.
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Apenas por amor.
RomanceGuilherme é dono de um escritório de advocacia no Rio de Janeiro, junto com seus dois amigos e outros advogados forma um dos melhores times de defesa do Brasil, leva a vida despreocupada até conhecer Marina, uma mulher diferente que mexe com seus se...