Esse texto foi escrito entre 2012 e 2013, publicado em 2014 no romance Cartas no Labirinto, que trata de cartas trocadas de São Paulo à Roma, entre amigos.
Quanto escrevi o romance, era somente um desafio literário que me impus. Conseguiria escrever algo mais longo que pudesse ser uma boa história e ainda encantar a mim mesmo?
Nessa época, eu queria ser Álvares de Azevedo, sem a tuberculose e sem cair de um cavalo e machucar a fossa ilíaca.
Queria transmitir em personagens algumas impressões sobre as névoas, que sempre me perseguiram, de Curitiba até São Paulo, passando por tantos lugares que nem sei enumerar.
Das névoas que formam meus sentimentos às névoas que formaram ou deformaram ruas por onde transitei, sozinho, acompanhado, bem acompanhado. No ritmo frenético dos sapatos pisando asfalto, grama, terra, pensamentos.
Publicarei aqui, em 7 partes, a história de Santino, que fecha o anexo do romance Cartas no Labirinto.
Espero que apreciem e queiram saber mais sobre essa personagem e tantas outras, que das gavetas da alma saíram a perambular por papéis, redes sociais e sítios de informação.
Grande abraço.
Eliéser Baco.
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Fragmentos de Santino
Short StorySantino é personagem do romance Cartas no Labirinto (2014, Editora Pasavento). É um cartorário que parece meio perdido em sua sina de viver. Ao avistar numa madrugada uma mulher puxando corpos de dois homens desacordados começa a duvidar de si, de...