Eu Amo Essa Música!

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Enquanto seguia a ordem de se dirigir para a sala a diretora, Hope Christine Johnson reparou um pouco melhor nos detalhes sobre o garoto da banda: olhos azuis, cabelo negro, um ar extremamente familiar

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Enquanto seguia a ordem de se dirigir para a sala a diretora, Hope Christine Johnson reparou um pouco melhor nos detalhes sobre o garoto da banda: olhos azuis, cabelo negro, um ar extremamente familiar. Ela parecia conhecê-lo de algum lugar, mas não sabia exatamente de onde. Estava difícil de pensar com o nervosismo de uma visita à sala da diretora atrapalhando seu raciocínio, principalmente quando ela percebeu que as mãos do garoto da banda estavam cobertas de sangue. Aquilo a fez tremer. Um pouco era dele, mas o restante com certeza pertencia ao menino que o guitarrista quase matou.

Quase matou.

Hope se sentiu extremamente mal ao ver que uma ambulância tinha sido chamada para tirar o jogador do time de futebol do chão. Ele não se mexia, quase não respirava. Estava inconsciente.

Quando entraram na sala da diretora, a luz laranja incomodou Hope. Lhe dava dor de cabeça. Nervosa e pensando em todo o sangue que vira no chão do corredor, ela se dirigiu para uma das duas cadeiras à frente de uma mesa bagunçada e ficou lá, segurando as mãos trêmulas. Enquanto encarava a madeira escura e escutava os passos da diretora contornando a sala para sentar em seu lugar habitual, percebeu que o guitarrista também sentou. Diferente dela, ele o fez com calma.

— Dylan Knight, espero que você não tenha saído da sua escola católica para causar tumulto na minha escola normal — comentou a diretora, e Hope demorou alguns segundos para perceber que não era com ela.

Então Dylan era o nome dele. Combinava com o garoto de um jeito extremamente significativo, como se devesse dizer algo a Hope... E meio que dizia. Ela já havia conhecido um Dylan, uma vez, mas não se parecia nada com o menino sentado ao seu lado. De qualquer jeito, ela o reconheceu como se reconhecesse uma música que gostara muito no passado. Só era difícil dizer qual.

— Tecnicamente, a sua escola é do governo e a minha escola é de um padre já morto da Escócia.

Ele não sorriu quando respondeu, mas Hope podia jurar que Dylan se divertia. Lilian, como era o nome da nova diretora da escola, sorriu, gostando de discutir com ele simplesmente por saber que, no fim das contas, o garoto nunca sairia ganhando. O poder das advertências e castigos era dela.

Hope prendeu o ar dentro dos pulmões. Já sabia que não gostaria do que viria a seguir porque, querendo ou não, ela estava do mesmo lado da mesa que ele. Tudo o que Dylan dissesse a afetaria também.

— Quer explicar por que espancou um colega de classe no primeiro dia de aula — perguntou a diretora, pulando as formalidades —, ou prefere ir direto para a sua advertência?

Dylan riu sem humor algum na voz. Naquele momento, o pescoço de Hope latejou exatamente onde ele havia apertado a sua pele. Lembrou-se vagamente que o menino também riu enquanto a atacava.

— Eu o espanquei porque ele matou a minha irmã — respondeu de maneira breve e direta. A diretora congelou no lugar. Então uma expressão de reconhecimento apossou o rosto dela.

Baby, Don't Go #1 (LIVRO FÍSICO)Where stories live. Discover now