Sombra

315 65 31
                                    

Espero que gostem do cap. ❤❤❤
Desculpa se houver algum errinho
:') (pausa para ver esse gif maravilhosamente maravilhoso)

Alcatéia...

O uivo solitário surge novamente, não parece estar intimidado pelos outros.

Um cheiro de pus exala do meu ombro, viro o focinho para tocar a pele inflamada, está quente.

A floresta não parece nada acolhedora, pelo contrário, parece que está me expulsando, galhos tortuosos e secos se assemelham a garras.

Diversos pares de olhos curiosos me observam do topo das árvores - são os pequenos animais da floresta.

Algumas corujas e guaxinins suponho.

- Aah! - meu ombro está a ponto de explodir quando piso sobre uma raiz velha. - Aah, vamos lá eu vou conseguir.

A questão é, conseguir o que?

Se eu sobreviver a esses ferimentos terei de caçar animais.

O que é algo que não é o meu forte.

Um arrepio percorre minha coluna, sinto meus músculos tremerem.

- Não posso ser tão pessimista. - suspiro.

Depois de algum tempo e vários passos vacilantes, encontro uma gigantesca árvore caída sobre o solo molhado da floresta.

Cambaleando por causa dos ferimentos, consigo passar para parte de baixo do tronco onde não há gotas de água nem frio incomodando.

Solto um grunhido de dor quando um pedaço de galho toca a ferida aberta no ombro.

Uma chuva leve chega ao solo da floresta molhando algumas pequenas flores e plantas que crescem sobre a sombra das árvores.

Respiro me sentindo agradecida por ainda sentir o ar entrando nos meus pulmões.

Começo a piscar os olhos lentamente, sentindo cansaço tomar conta do meu corpo.

A luz fica mais fraca e minha visão desfocada.

A escuridão do sono me engole como um animal faminto engoliria comida.

A escuridão do sono me engole como um animal faminto engoliria comida

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


O som calmo de uma coruja me acorda.

Já anoiteceu.

Uma luz cinza e calma ilumina a parte de fora do tronco deixando a terra escura num tom de cor prateado.

Fazendo um pouco de esforço - meus músculos estão enrijecidos por eu ter  ficado muito tempo parada - coloco minha cabeça para fora do tronco e olho para cima, para o céu, para a lua.

A lua, tão solitária quanto eu, mesmo com as estrelas no céu, ela continua sozinha, não há ninguém como ela.

As nuvens formam um círculo ao redor do céu e deixam que as estrelas mostrem o seu brilho suave.

Sobrevivente Where stories live. Discover now