Capitulo XIV

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Estávamos no aeroporto e o meu vôo acabara de ser chamado.

- Tchau, Isa. Até daqui nove meses! - diz me abraçando bem forte.

- Tchau, quando eu for para o hospital vou te mandar uma mensagem aí você já fica preparada, está bem?

- Isabela, você acha que você vai ganhar seu filho e vai vir direto para cá?

- Sim?

- Não! Dependendo do tipo de parto que for, você vai ficar de dois a cinco dias no hospital para depois o médico te dar alta.

- Meu Deus, acho que não existe uma grávida mais inexperiente do que eu!

- Concordo com você! Faz assim, quando você for para o hospital me manda uma mensagem, quando sair de lá manda também e quando estiver embarcando no avião manda outra com o horário que você chega.

- Pode ser.

...Última chamada vôo 1974, destino à Los Angeles, portão B4...

- Até depois, Rachel. Te amo! - digo abraçando-a.

- Eu também te amo! Tchau, Coraline ou Henrique!

   Apenas sorri e acenei. Até daqui nove meses, minha amiga.

***

... Sejam bem vindos senhores passageiros ao vôo 1974 com destino à Los Angeles, esperamos que tenham uma boa viagem com a companhia Express Aéreos...

   Quem diria que a minha vida daria uma reviravolta e tanto. Se alguém do futuro me dissesse alguns dias antes de eu e a Rachel irmos à boate que eu conseguiria vender mais de um milhão de cópias do meu livro, que eu viajaria para o Brasil, que eu iria ficar grávida e ainda por cima do pop star Bryan Calle eu teria olhado para o rosto da pessoa e diria: Moço, você deve estar me confundido com outra pessoa. E teria rido, rido muito.
   Meus pensamentos foram interrompidos com a comissária de bordo.

- Boa noite! Você gostaria de jantar o quê? Aqui está o menu.

   Havia bastante coisa mas eu não estava com vontade de jantar.

- Quero apenas salada de frutas e uma água, por favor.

- Aqui está. Com licença e tenha uma ótima viagem.

- Obrigada!

   Desde pequena quando viajava de avião imaginava o quão cansativo devia ser ter que ficar rindo o tempo inteiro para as pessoas. Se alguém fosse educado, você sorria, se alguém fosse mal educado você sorria. Se você estivesse de bom humor, sorria, se estivesse de mau humor, sorria. Continuei comendo minha salada de frutas até que acabei cochilando.
   Acordei com o piloto dizendo para desligar qualquer aparelho eletrônico porque o avião iria aterrissar naquele momento.
Los Angeles aí vou eu.

***

   Saí da sala de desembarque e avistei um homem alto, negro e careca, com terno típico de segurança e carregava uma plaquinha escrito: Srta. Isabela White. O segurança viu que eu estava tendo muita dificuldade de carregar três malas, uma bolsa, meu celular e meu travesseiro e me ajudou carregando as malas, tudo isso na maior facilidade.
   Ele abriu a porta do carro, que era uma Mercedes preto, e entrei. Durante todo o trajeto ele não dissera nem uma palavra. Será que todos que trabalham para o Calle eram assim tão sérios?
  Eu já tinha vindo uma vez para Los Angeles quando eu tinha feito quinze anos, depois disso nunca mais, e muita coisa estava diferente enquanto passávamos de carro pelas enormes avenidas daquela bela cidade, eu esperava muito que durante esse tempo minha vida não ficasse entediante.

***

   O carro parou em frente à uma casa, com muros alto e de cor branco. O segurança falou algo na portaria e o grande portão abriu-se, revelando uma mansão super moderna, com estrutura retangular e era toda de vidro da parte frontal, havia um laguinho e uma pontinha que dava para a porta principal. Uma coisa que eu não poderia dizer é que o Calle não tinha bom gosto, porque sua casa era maravilhosa!

- Siga-me! - disse o motorista carregando minhas malas e indo em direção a porta.

   Atrás da grande porta de madeira existia uma sala de estar com vários sofás de camurça cinza, uma lareira, algumas plantas, vários quadros e uma escada de vidro que subiamos nela neste exato momento. O segundo andar também tinha uma sala com sofás e estantes com livros, havia também muitas e muitas portas com vários quartos, até que um deles bem no final do corredor e mais "escondido" era o meu.
- Este é o seu quarto, com licença! - e saiu.

   O quarto era branco e cinza, com uma cama enorme de casal, criados mudo ao lado, uma mesa com um vasinho com flores, um armário de roupas e um banheiro bem grande por sinal.
Fiquei tão empolgada com o banheiro gigante que resolvi tomar um banho bem relaxante.   Depois disso olhei para o relógio e eram mais de meia noite, mandei uma mensagem para a Rachel e fui para a cama, o melhor era deitar e dormir, mas quem disse que o sonho vinha? Rolei para um lado, rolei para o outro, mas minha mente ficava pensando em apenas uma coisa: Como seriam as coisas daqui para frente?

Grávida de um Super StarWhere stories live. Discover now