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My demons
Are begging me to open up my mouth
I need them
Mechanically make the words come out

Narrador:

O destino não pretendia tirá-lo dela, nem pretendia ferir seu jovem coração. Não queria machucar aquelas belas artes, embora soubesse que se divertiria muito com isso.

Cellbit já havia saído de seu apartamento antes da ligação de Helena, pura sorte.
Já Léo não possuiu essa sorte, quase fora atropelado duas vezes e andou em círculos por alguns minutos até achar o caminho certo para o hotel da garota.

Já era tarde demais para ele, pobre Léo, seu inferno estava longe de acabar.

O destino certamente não pretendia dar mais chances ao garoto dos cigarros, chances incontáveis foram desperdiçadas. Sua vida estava perto do fim, embora seu inferno estivesse apenas começando.

O garoto sempre pensara que havia algo impedindo sua felicidade, e ele estava certo, nunca seria feliz.

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O garoto loiro entrou no hotel angustiado com as mãos nos bolsos e os fones tocando músicas que deveriam acalma-lo. Podia apostar o quão ruim aquilo fora para Helena, afinal, ela recorrera a ele. Não se sentia mais tão importante na vida dela, nada era como antes, agora ele parecia um fantasma rondando-a.

Aquele garoto realmente não tinha consciência do quão importante ele era, e talvez essa fosse a melhor parte de tudo aquilo. Era interessante vê-los confusos sobre a importância de um para o outro.

Passou pela portaria caminhando rapidamente em direção aos elevadores. Hesitou por alguns segundos antes de chamar um deles lembrando do episódio de Helena.

- Isso não vai acontecer comigo - disse rindo de uma forma debochada.

Se sentiu ridículo ao pensar que aquele episódio se repetiria com ele.
Esperou o elevador por alguns segundos, infelizmente relembrou da última vez que estivera com Helena em São Paulo, passara por situações totalmente constrangedoras. Talvez aqueles constrangimentos tivessem sido coisas boas, conclui.

☕︎☕︎☕︎

Finalmente aquelas portas metálicas se abriram, revelando um espelho que dava ao Cellbit o reflexo de si mesmo. Suas olheiras estavam fundas das noites mal dormidas, seu cabelo estava bagunçado pela pressa na qual o garoto saíra de seu apartamento, seus olhos tinham um tom avermelhado também causados pela insônia.

Seu físico não chega perto do seu psicológico, podia se dizer que ele estava realmente na bosta. Talvez ele precisasse mais daquela garota do que realmente achava, talvez a ligação dizendo "eu preciso de você" deveria ter sido dele há muito tempo.

☕︎☕︎☕︎

Entrou no elevador e apertou no botão cujo indicava o andar da garota, a porta metálica se fechou em poucos segundos fazendo o garoto certificar-se de que não poderia desistir de ir até ela.

Tirou os fones quando chegou no andar.

- Puta que pariu, velho - disse.

Estava um tanto nervoso, mas não entendia o porque. Talvez ela o deixasse nervoso.

Pov's: Helena.
Esperava a chegada do garoto, talvez um tanto ansiosa. Havia uma questão em minha cabeça: o que eu iria dizer quando ele chegasse? Tinha certeza de que ficaria um tanto constrangida no momento cujo tivesse a visão daquele garoto ali no naquele quarto de hotel.

Ouço batidas não muito fortes na porta, as mesmas me fazem levantar rapidamente. Caminho em direção à porta e a abro instantaneamente.

Ficamos nos encarando por exatamente 5 segundos.

Talvez tivesse sido mais intenso do que na noite passada.

O beijo.


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Vou att duplo só que com caps mais curtos, eh nos.

SE GOSTARAM JÁ SABEM NÉ? Comentem e deixem um voto, bjão.

like a ghost ☕︎ cellbit [book two]Where stories live. Discover now