You

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You can't feel me, no
Like I feel you
I can't steal you, no
Like you stole me

Narrador:

Helena não esperava por aquilo.

Há algum tempo parecia encontrar o garoto em todos os lugares, dentro e fora de sua mente.

Há algum tempo ela o encontrava. Mas esse tempo passou, e algo típico da vida humana aconteceu: o jogo virou.

A coisa parecia se "castigando" as pessoas de certa forma, o destino sem dúvida é algo cruel e detalhista. Ele não falhava com a garota, era simplesmente impecável, e com toda a sinceridade, ele era magnífico.

No momento que Helena passara enfurecida por uma esquina qualquer, Cellbit a viu.
O garoto loiro esfregou os olhos tentando entender o que acabara de ver, não acreditava naquela visão.

" Não pode ser ela, eu só posso estar louco" pensou rindo de si mesmo.

Embora tivesse aqueles pensamentos, embora duvidasse de sua visão não deixou aquilo para lá, ele não costumava simplesmente deixar as coisas para lá.

A garota raivosa dos cabelos castanhos seguia sufocada em direção a um ponto de táxi. Ela precisava descontar toda a raiva acumulada em seu peito em alguém, mesmo sem ter consciência disso. Não conseguiria controlar seus atos naquele momento de raiva extrema, e certamente machucaria não só Soph como ela mesma se alguém não a parasse naquele instante.

O garoto fora seu "salvador" naquele momento. Correu em sua direção no momento teve que plena certeza de quem era garota de cabelos castanhos correndo por aquela rua quase deserta.

Ao ver o garoto o tempo pareceu parar e fazer sua raiva sumir por breves segundos, fazendo-a voltar a si. Ela não esperava por aquilo, não esperava que o garoto parecesse naquela rua deserta, no meio de seu ataque de fúria para detê-la.

- Cellbit? - perguntou respirando fundo.

O garoto estava boquiaberto ali em sua frente, havia um pouco de raiva o rondando no momento.

- Por que não me contou que tava aqui? - pergunta.

- Era pra ser uma surpresa - diz. - Droga! - exclama sentando na calçada e colocando o rostro entre as mãos.

Estava tão frustrada com tudo o que houvera naquele dia, estava tão frustrada com tudo. Podia chorar ali mesmo naquele lugar, naquela calçada na frente do garoto, com pijamas de gatinho e agarrada nas muletas.

O loiro observou aquela situação, colocou as mãos nos bolsos e logo sentou-se ao lado da garota tomando cuidado para não cair, afinal, havia ingerido uma boa quantidade de álcool naquela madrugada.

- É proibido chorar perante o senhor das trevas - diz.

- Não chorando - responde voltando a atenção para o garoto. - Só tive um dia ruim, um dia péssimo - explica.

Respirou fundo contendo as lágrimas. Sabia a razão de estar tão emocional e de se abalar com qualquer coisa. Era culpa dos milhões de remédios que tomava todos os dias, porém certamente não pretendia explicar aquilo a todas as pessoas que viam sua "fraqueza".

- Acho que vou voltar pro hotel - diz rindo de si mesma. - Não posso sair vestida assim.

O celular de Helena tocou pela milésima vez, fazendo-a lembrar de May, justamente quem estava ligando.

- PORRA HELENA! EU VOU TE MATAR, CARALHO! - gritou May

Cellbit pode ouvir aqueles berros vindos de May, o que confirmou algumas suposições sobre o dia ruim de Helena.

- AONDE CARALHOS VOCÊ TÁ? VOU ENFIAR UMA MERDA DE UMA FACA NO SEU CU, VOCÊ TÁ ME OUVINDO?- berrava May.

- Já vou voltar pro hotel - avisa. - Ninguém me levou a sério com meu pijama de gatinhos

- Porra! Vou te matar Helena - fala May.

A ligação acaba.

- Vou voltar pro hotel - diz se levantando.

Se sentia patética após tudo aquilo, só queria ir embora.

- Eu te levo, não posso correr o risco de perder uma garota de pijama de gatinhos - fala se levantando.

- Acho que nem um ladrão me levaria a sério desse jeito - resmunga Helena.

O loiro ri.

- É possível.

Os dois seguiram pelas ruas quase desertas em direção ao hotel. O garoto ria mais que o normal, estava um tanto alterado por causa da bebida na qual havia ingerido há alguns minutos atrás com seus amigos.

Aquela bendita bebida certamente serviria para algo aquela noite.

Pov's: Helena

Se alguma palavra podia me descrever naquele momento, essa palavra era vergonha. Tinha vergonha dos atos que tivera há alguns minutos atrás, tinha vergonha de estar com aquelas roupas, tinha vergonha de estar com o garoto daquela forma deplorável na qual eu me encontrava.

Droga! Eu só desejava o fim daquele dia, e ele simplesmente não acabava. Parecia piorar cada vez mais.

☕︎☕︎☕︎

Poucos minutos se passaram até chegarmos no hotel. No momento em que chegamos no mesmo me viro para o garoto fazendo um pedido.

- Podemos simplesmente esquecer tudo isso? - peço.

O garoto ri, e em seguida por mais estranho que pareça me puxa para um breve beijo.

- Não acha que já esqueceu muitas coisas? - pergunta.

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SDDS DOS COMENTÁRIOS :( PQ VCS NÃO TÃO MAIS COMENTANDO? :(((((((((((((

QUEREM QUE EU DE UMA DIMINUÍDA NA PARTE DO NARRADOR? ME RESPONDAM.

TÔ TENTANDO FAZER CAPÍTULOS MAIORES MAS TÔ SEM TEMPO P ESCREVER, QUE MERDA A A A. A A

SE GOSTARAM JÁ SABEM NÉ???? DEIXEM UM VOTO E UM COMENTÁRIO.

like a ghost ☕︎ cellbit [book two]Where stories live. Discover now