Art

1.4K 156 39
                                    

I'm sorry, lover
I'm sorry I bring you down
Well, these days I try and these days I tend to lie
Kinda thought it was a mystery and then I thought I wasn't meant to be
You set yourself fantastically
Congratulations you are all alone

Pov's: Helena
Eu estava ali, parada na cadeira de rodas encarando a porta do meu quarto. Há alguns minutos havia tido uma conversa tensa com May, estava abalada. Relembrava tudo o que ela havia me dito sobre a minha vida  e o quão chocada ela ficará quando eu contara algumas coisas para ela, várias cenas passavam na minha cabeça.
Meu psicológico estava me fodendo naquele momento, na verdade ele só servia para isso.
Coloco o rosto entre as mãos, aquilo tudo estava uma grande bosta. Estava angustiada, queria saber sobre o garoto que havia se afogado, queria me desculpar por aquele beijo, queria vê-lo, queria ouvir sua voz de novo. Eu simplesmente precisava encontrá-lo.
Meu celular toca interrompendo aqueles pensamentos, deslizo minha mão até a cama e pego o mesmo.

- FIQUEI SABENDO DO ACIDENTE, POR FAVOR ME DIZ QUE VOCÊ TÁ BEM - gritava com voz de choro

Fico calada por um tempo.

- EU TÔ EM POA! VOU FICAR AQUI POR UM DIA! - exclama. - ONDE VOCÊ TÁ? FALA COMIGO

- Acho que você ligou errado - aviso

- LENA É A MILLE! VOCÊ TÁ DE ZOA COM A MINHA CARA! - gritava ao celular. - LENA, PORRA!

- Eu não lembro - falo

E mais uma vez aquela notícia.

- Eu não lembro de você - continuo a frase

Não ouço mais nada por alguns segundos, então desligo o celular. Não aguentava mais aquele dia, não aguentava mais aquela frase, não me aguentava mais. Pensei instantaneamente em ir dormir, mas precisava de ajuda para subir na cama. Bufo.

- Merda - grito jogando um copo contra a porta

Não conseguia controlar meus sentimentos naquele momento, estava tudo uma confusão, não conseguia me entender. Lagrimas já estavam escorrendo pelas minhas bochechas quando alguém abre a porta.

- Lena, você precisa descansar - fala olhando para o vidro no chão um tanto assustada. - Você passou por muito estresse hoje, precisa descansar mais um pouco

Eu balanço a cabeça. Ela vem em minha direção e me ajuda a deitar na cama, me sentia mal com isso, me sentia humilhada.
Encosto minha cabeça no travesseiro ela estava latejando. Ainda havia lágrimas saindo dos meus olhos sem permissão, elas molhavam o travesseiro.

- Droga - murmuro enxugando algumas das lágrimas

- Chorar faz bem - tenta consolar.

Eu a dito por alguns segundos e ela sai do quarto apagando as luzes. Tento relaxar e dormir assim que as luzes se apagam, porém só consigo ficar com os olhos fechados forçando a mente para lembrar de qualquer coisa.

Narrador:
Cellbit saíra do banheiro já vestindo suas roupas de hospital. Não fora para o hotel buscar suas roupas, se negara a sair daquele hospital.
Seguiu para o quarto da garota com esperanças de encontrá-la acordada. Não tinha livre acesso à área dos quartos, entretanto com as roupas do hospital os funcionários não o impediam sua entrada em qualquer quarto.
Abriu a porta do quarto da garota deixando a luz artificial do hospital entrar no mesmo. Colocou um dos pés dentro do quarto automaticamente pisando nos cacos de vidro, era uma sorte ele estar de sapatos.
Ela escutava aquilo porém se negou a mostrar que estava acordada, ficou ali na cama de olhos fechados e rosto contra o travesseiro, apenas esperando para ver o que o garoto iria fazer. Ele parou em frente à cama e ficou a observando por alguns segundos. Quando ele a chamou de arte, não pensara exatamente no significado daquilo. Arte era algo no qual ficava em museus ou em exposições, na qual  era praticamente inalcançável para a maioria das pessoas, e quase nunca poderia ser tocada. Era intocável,era inalcançável.
Bom, a garota se tornara mais arte que antes. Apesar do beijo, ele sentia a garota inalcançável como arte.
Helena só queria poder sair daquela cama e andar até o garoto, mas infelizmente não podia, ela não podia andar. E a vergonha fora o suficiente para deixá-la encolhida naquela cama deixando apenas aquele garoto confuso parado em sua frente. Ela provavelmente esperaria ali parada até que ele fosse embora, porém seu celular começou a tocar. Então deslizou sua mão até o celular sem retirar o rosto do travesseiro e o desligou. Tirou o rosto do travesseiro se virando para o garoto no qual era iluminado pela luz do celular.

- Hey - fala ao vê-lo

- Não virei peixe frito - avisa

- Fiquei sabendo da piscina, May me disse que você teve uma briga

- Um pau no cu começou a falar um bando de bosta aleatória e me jogou na piscina - explica

Forço a visão para enxerga-lo.

- Pode acender as luzes, caso não queria ficar aí escondido nas trevas

Aquela frase o deu uma pontada de esperança que a Helena na qual ele conhecera ainda estava ali dentro da "nova Helena".

- Sou o senhor das trevas - informou

- Ok senhor das trevas - responde. - Como devo te chamar senhor das trevas? - pergunta

O garoto para por alguns segundos, talvez por algum momento esquecera de que a garota não lembrava sequer o seu nome.

- Cellbit, o senhor das trevas - responde

Cellbit, aquele nome ecoou na cabeça da garota, talvez ela tivesse tido uma espécie de déjá vu, talvez aquele nome a lembrasse algo.

- Seu nome é familiar - avisa

Ele esboça um pequeno sorriso no qual a garota não pudera ver por causa da escuridão na qual o quarto estava. Em um momento daquele dia o garoto conseguira ficar feliz e esquecer da confusão na qual sua cabeça estava, que agora fora "substituída" por um pingo de esperança.

----
Pareço aqueles políticos que fazem promessas e não cumprem, só que eu sou tipo "não vou mudar mais de capa" aí eu mudo ou "vou deixar os capítulo maiores" e não ficam tão grandes quando eu imaginava KKKK TÔ RINDO

Espero que tenham gostado!!!! SE GOSTARAM JÁ SABEM NÉ? SÓ DEIXAR UM COMENTÁRIO É UM VOTO, ISSO ME AJUDA MUITOOOooooOoo

like a ghost ☕︎ cellbit [book two]Where stories live. Discover now