Fecit iter longum, comitem qui liquit ineptum

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"De certeza que não queres ir comigo para o Porto?"
"Certeza, eu vou ficar bem."
"E se ele voltar?"
"Eu tenho mais medos dos meus demónios do que o demónio que me assombra"
O que não te consegui dizer era que os demónios me consumiam sem eu ver...
Fecho a porta e as lágrimas voltam a escorrer pela minha cara. Saí do hospital à 3 semanas e desde aí que estou pior a cada dia que se passa por mim. Vivo sem sentir e com o que o passado me encontre. O Mário tinha razão eu não consigo estar sozinha, não agora, não neste momento e se calhar jamais. O Marco prometeu vingança e sei que assim que me apanhar ele fará a minha vida num inferno maior do que aquilo que é agora. Os hábitos antigos voltaram, o ódio por mim cresce a cada minuto que passa neste relógio que só vai parar quando eu desistir. E eu não queria desistir.
O ar frio da rua cumprimenta o meu rosto w embrulha-o como de uma criança no regaço da mãe se trata-se. Como uma criança perdida que procura desesperadamente por algo que já não tem mais e que já não existe consigo a cada segundo. Estou perdida.
"Que se passa porque não atendes as minhas chamadas ou respondes às mensagens"
Mais uma mensagem e sinto-me mal por tornar a ignorá-lo. Só não quero que se preocupe comigo. Ele tem tantas coisas para fazer que o tempo para mim nem devia existir. Mas ao mesmo tempo compreendo-o porque a namorada o deixou à pouco tempo.
"Não podes fugir de mim para sempre"
O meu corpo congela e sinto medo pela possibilidade de ser o Marco. Lentamente viro-me e um sorriso forma-se no meu rosto.
"Quem vai tomar conta de ti ou fazer força quando te deixei?"

Hey
Desculpem a demora e ser tão pequeno mas ando com poucas ideias. Em breve ponho mais malta
Espero que gostem

Omnia fert aetasWhere stories live. Discover now