Desejos & Segredos: O Toque

Capítulo 34

Um raio e logo em seguida um trovão. Essa foi à minha manhã e nem sinal da chuva querer dar uma trégua. Liguei para Lexie lhe avisando que não poderia e nem tinha como ir hoje a casa dela e é claro, ela concordou comigo, já que podia ser perigoso sair na chuva. Eu não tinha medo da chuva, nem dos trovões e raios, mas rezava para que isso acabasse logo. Esperava também que Lucky estivesse bem, se possível dormindo. Sei que quando isso acabar, ele vai sair por aí em seus galopes. 

Como um ato inesperado, ouço batidas na porta. Estranho. Quem seria o maluco de andar por ai, nessa chuva? Meu nome sendo chamado me dá essa resposta e corro em direção à porta abrindo-a surpresa.

- Oi. – sua voz é baixa e trêmula e fico assustada com a situação.

- Thomas! O que veio fazer aqui? Minha nossa, deve estar morrendo de frio.

Posiciono-me ao seu lado para que ele possa se apoiar em mim e coloco-o sentado no sofá, enquanto vou pegar uma toalha. Seu corpo tremia encolhido. Eu não tinha água quente de imediato para lhe esquentar, nem sequer uma fogueira acesa, eu só tinha uma solução para esquenta-lo de maneira rápida para que ele não adoecesse e nem pegasse uma pneumonia.

- Vamos tirar sua roupa. - digo e ele sorrir com dificuldade.

- Acho que não serei um bom parceiro. – falou divertido e quase surtei, ele estava com tanto frio, podendo entrar em choque e ainda assim brincava

- Estou falando sério Thomas. Não sei há quanto tempo estava nessa chuva, precisa tirar a roupa e se secar. - repreendo e ouço-o suspirar trêmulo

- Preciso de ajuda. - ele pede e reviro os olhos impacientes.

- É claro, suas roupas estão coladas em você! - começo a desabotoar sua camisa mais paro quando penso numa coisa melhor ainda para aquecê-lo. - É melhor irmos para o quarto.

- O que quer fazer comigo? - diz com um sorriso torto quase me fazendo esquecer a gravidade de sua situação.

- Sem brincadeira Thomas, para o quarto.

O apoio em mim novamente e o levo para o quarto que era de meu pai. A blusa de Thomas que vim no dia passado estava em cima de uma cadeira de canto, junto com uma cueca sua. Peguei-a e voltei para perto dele que estava sentado na cama me olhando. Quase me matei por estar corando nesse momento.

- Fica tão linda envergonhada. - disse deslizando suas mãos pelo meu rosto e percebo o quanto ele está gelado.

- Você pode tirar a roupa e vestir essa cueca? - peço e ele alarga mais o sorriso.

- Eu preferia que você fizesse isso. - sorriu com seu comentário. Thomas é impossível!

- Vou pegar algumas coisas para lhe esquentar, faça o que lhe pedi.

Saiu do quarto sem lhe dar a chance de reclamar e vou ao meu antigo. Pego algumas mantas e quando volto encontro Thomas em pé, do lado da cama, só de cueca. Deixo as coisas em um canto da cama e vou até ele, que tinha os olhos fechados.

- Thomas? - murmuro suavemente e ele abre os olhos, sorrindo.

- Oi... - ele diz e sorriu.

- Vem pra cama.

Thomas assente e se deita logo após eu levantar o lençol da cama. O cubro com uma manta por cima tentando aquecê-lo. O modo como se deitou, foi de costas pra mim e no meio da cama. Passado alguns minutos, Thomas ainda tremia. Tirei o blusão que estava vestindo e me meti debaixo das cobertas, colando meu corpo que estava quente, em suas costas. Sinto ele se afastar um pouco.

- O que está fazendo? - ele perguntou atordoado e lhe respondi com a mais pura verdade.

- Estou cuidando de você.