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com tudo o que vem acontecendo em sua vida, com o fato de estar dentro de uma das maiores organizações mafiosas do mundo, tudo a troco de salvar seu pai ainda com vida, Ochako se pegou observando o movimento de toda Kabukicho  sob seus pés na sacada de seu quarto, a um mês atrás não imaginava que estaria fora da Tailândia ou sequer em lutas clandestinas.

Na manhã seguinte ela estava sentada no sofá com suas roupas de academia esperando sua então nova chefe lhe dar melhores instruções.

— Bom dia Ochako — Disse Momo sorrindo, belíssima como sempre, Ochako nunca tinha visto uma mulher tão bela com o corpo coberto por tatuagens. — Elas chamam atenção né ?

— Desculpa eu não... — Ochako respondeu sem graça desviando o olhar das tatuagens da nova companheira de apartamento
— Já estou acostumada — Sorriu gentil — Mas é desrespeitoso mostrar elas em público, bom pelo menos as pessoas acham, eu acho um desperdício ter que esconder quando sofri tanto para ter — Disse Momo beliscando uma torrada.

— Eu não sei muito sobre — Disse Ochako — Mas as tatuagens são obrigatórias? — Momo Riu da pergunta ingênua.

— São chamadas de Irezumi e são todas feitas a mão na mesma técnica que os monges tailandeses — Explicou ela colocando um pouco de chá para a garota — Nós mulheres fazemos para demonstrar servidão total aos nossos maridos e cada desenho tem um significado — Ela mostrou a carpa no braço — Essa por exemplo me dá boa sorte.

— Você é casada? — Perguntou Ochako mordiscando sua torrada.

— Não — Respondeu Momo — Eu assumi o posto de líder das mulheres por isso as tatuagens, fiquei no lugar da minha falecida mãe — Disse ela com um sorriso triste — Só posso me casar com membros e eu definitivamente não quero.

— Vocês não são parecidos — Ochako disse indiferente.

— Katsuki é bastardo — Disse Momo — Como não posso assumir o posto de líder por ser mulher, o filho fora do casamento fica com o papel. Vamos, quero mostrar seu local de trabalho.

Ochako seguiu a princesa da Yakuza até o elevador descendo até a sala onde os membros estavam reunidos bebendo e resolvendo assuntos de homens.

— Senhores... — Momo parou na ponta da mesa, seu vestido de seda branco deixava a maioria das tatuagens a mostra e ela não ligava afinal estava entre os seus. — Uraraka Ochako trabalhará para mim no treinamento das novas esposas. — Suspirou — e fará minha segurança em algumas ocasiões.

— A princesa da Yakuza com segurança? — cuspiu Kaminari debochado

— Se não quiser que eu estrague meu salto nas suas bolas é melhor fechar a boca lindinho — Momo disse sorridente e Ochako sorriu. — Oyabun estarei no Dojo passando as primeiras instruções para Camie e não quero interrupções — Ela disse a última frase encarando Katsuki que sorriu com o recado.

Momo seguiu seu trajeto até o Dojo, com Ochako sempre a sua cola observando toda a movimentação de caras e moças pelo prédio.

— Bom — Suspirou Momo abrindo a porta do Dojo onde tinham várias garotas tão jovens quando Ochako treinando diversas coisas, como Kendo, jiu-jitsu, etiqueta.

— Uau — Ochako disse ao entrar no espaço observando todos os detalhes. — Incrível, muito machista, mas incrível.

— Acho que vamos nos dar bem — Disse Momo — Você é uma excelente lutadora, adoraria que passasse seu conhecimento para as minhas garotas, principalmente para Camie — Momo apontou para a Loira do Hall de entrada e Uraraka soltou um suspiro — Ela ficará no meu lugar quando Katsuki assumir.

— Ela não é alguém que eu escolheria para ser a primeira dama — Comentou Uraraka — Mas não sei qual o critério da Yakuza — Sorriu ela.

— Mais respeito com a futura primeira dama — Disse Momo seria e Ochako só resmungou um sim senhora.

O Dia foi longo e cansativo para a mestiça que teve que lidar com a simpática noiva de Katsuki, que pela surpresa da garota não falou absolutamente nada. No final de tudo Uraraka estava sozinha no Dojo organizando todas as coisas enquanto se preparava para tentar treinar sozinha quando viu uma movimentação em sua direção, Katsuki e outro que ainda não conhecia, seu braço direito talvez, Ochako não sabia.

— Seus trabalho acabou — Disse Katsuki — Iremos utilizar o Dojo.

— Fiquem a vontade — Disse a garota colocando suas bandagens. — O tatame é bem grande.

— Ela não tem um pingo de medo — Sorriu o ruivo — Gostei dela.

— Você não entendeu The Sweet — Katsuki Suspirou — Não treinamos com mulheres no tatame aqui.

— Que pena — Disse Ochako calçando as luvas — Vai ter que me tirar, porque vou treinar nesse momento.

— Deixa a garota Bro — Kirishima sorriu — Prazer Ochako sou Kirishima Eijirou, braço direito desse bostinha — O ruivo se aproximou da garota. — Você deve ser boa, a princesinha não gosta das pessoas com facilidade — Ele se referiu a Momo.

Ochako não deu muita atenção para os caras dividindo o mesmo espaço que ela, apenas continuou focada em seu treino quando seu celular tocou e uma mensagem de um número desconhecido apareceu na tela. Era uma foto do que seria o mindinho de seu pai e suas mãos começaram a tremer.

— Eu achei que a merda da Yakuza tinha ficado fora disso — A voz de ochako saiu trêmula quando leu a mensagem em voz alta.

Ochako já estava sozinha na sala de treino então caminhou em passos largos até encontrar Katsuki sozinho na sala de reunião onde estava cheio de homens mal encarados mais cedo.

— Achei que arrancar mindinhos era uma especialidade da Yakuza — Ochako jogou o celular sobre a mesa tirando a atenção de Katsuki de seu notebook.

— E é — Respondeu ele encarando a foto enquanto franzia o cenho. — Esses filhos da puta estão arrumando problemas demais. — Ele bateu na mesa e encarou a garota nos olhos. — Vou resolver isso.

—vou com você — Disse a garota.

— mas óbvio que não — Katsuki sorriu enquanto pegava seu Paletó e ia em direção aporta.

O Herdeiro da Máfia (Kacchako)Onde histórias criam vida. Descubra agora