Juntos Pela Eternidade (completo)

Uma obsessão

A partir daquele dia, Mariana sentiu a pulsação mais acelerada e a comichão da curiosidade apertava sua garganta. Ela precisava saber mais sobre aquele rapaz. Tentou obter informações sobre tudo a respeito de Ângelo.

Descobriu que ele gostava de jogar futebol com seus amigos na praça central, e então, todas as vezes que tinha jogo, lá estava Mari. Ficava a espreita com seu livro no colo em um banco escondido, admirando e desejando estar perto de Ângelo. Depois de alguns meses, Mari conseguiu trocar de turma para ficar na mesma sala que Ângelo.

Ele parecia não reparar, mas no fundo Mari sabia que ele a queria por perto. Aquele olhar e sorriso ficaram em sua mente como um convite irrecusável.

Ela só precisava tomar a iniciativa já que ele se mostrava um pouco tímido.

A obsessão de Mariana começou a assustar as pessoas a sua volta. Ela começou a chegar muito cedo para poder escolher um lugar próximo ao de Ângelo na sala de aula.

Às vezes, quando não havia lugar perto dele, pagava os alunos para trocarem de lugar com ela. Muitos se aproveitavam para tirar dinheiro de Mari, mas ela não se importava.

Passou a frequentar os mesmos lugares que Ângelo. Talvez, fora da escola, ele a enxergasse e, por fim, declarasse seu amor por ela. Mari sabia, tinha certeza que ele também a amava. Não aguentava mais. Precisava de Ângelo.

Não suportava mais os fins de semana longe dele. Era insuportável ficar dois longos dias sem o ver.

No seu aniversário, pediu aos seus pais uma câmera fotográfica e passou a levá-la para todos os lugares com a finalidade de fotografar seu amado em todas as oportunidades que tivesse. As paredes de seu quarto ficaram logo lotadas com fotos de Ângelo, tiradas às escondidas em todos os lugares e posições.

Seus pais olhavam tudo aquilo e atribuíram tal exagero a mais uma "fase estranha" pela qual Mariana estava passando, sem perceberem que a obsessão de Mari por Ângelo estava tornando-se incontrolável.