🐫 Capitulo 43 🐫

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Layla Youssef

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Layla Youssef

Desperto com uma dor latente na cabeça. Meu corpo está todo dolorido devido à dura superfície abaixo de mim, apesar de ser um colchão velho, não a dureza de um chão frio. Um cheiro desagradável de mofo chega até minhas narinas, e eu sinto um peso no meu peito. Minhas pálpebras não me obedecem e se recusam a me proporcionar uma visão do lugar em que estou. A única coisa que me lembro é de ter ido procurar pelo Zyan após flagrar a conversa tenebrosa de Jade com seu primo Jamal. Uma conversa bastante perturbadora e repleta de revelações. Meu Deus! Ela é uma víbora venenosa.

Passo uma mão pela minha cabeça, que lateja com uma dor excruciante. Posso sentir um galo bastante grande no local da pancada e gemo baixinho com a dor que me causou o simples toque. 

Forço-me mais uma vez a abrir os olhos e consigo ver com certa dificuldade o lugar onde estou, embora uma parte ainda esteja em penumbra. Observo atentamente o ambiente. Parece ser uma construção abandonada. A luz clara da lua entra pela janela de vidro quebrada, que traz uma corrente de ar fria, deixando o quarto ainda mais gelado. Essa é a única iluminação do recinto. Ainda vejo estilhaços de vidro brilharem no chão, alertando o perigo, e a porta sólida à minha frente, indicando que sou uma prisioneira da maldade de Jade.

Tento me levantar com certa dificuldade e minhas têmporas latejam. Parece que meu cérebro vai explodir com tamanha dor. Aproximo-me da porta que fica na direção oposta à cama e tento abri-la. Sem sucesso. Como imaginei, estou trancada. Coloco o ouvido encostado na madeira, na esperança de ouvir algo, porém não ouço barulho algum do outro lado, somente o som de algumas cigarras. Depois vou em direção à janela e me arrepio com o contato do ar frio na minha pele suave. Posso sentir os estilhaços de vidro sob os meus pés, que estão protegidos pela sapatilha que uso. Mesmo assim, caminho com cuidado. O vento castiga a minha pele sem piedade.

Quando foco minha visão no lado de fora, a única coisa que percebo é que estou em um lugar bem distante da civilização. Depois olho para baixo com precaução e percebo que estou em uma torre antiga e abandonada.

— Por Deus! — sussurrei angustiada.

O que aquela louca vai fazer comigo? Será que pretende me deixar aqui, trancada, para que eu morra de fome e sede? Ou deseja algo mais sórdido?

Céus! Aquela mulher é louca. Preciso fugir desse lugar e avisar à minha família o perigo que eles estão correndo com essa psicopata.

Ao contemplar a paisagem do lado fora, só o que consigo avistar é um cenário desolador, um buraco negro à minha frente. Possivelmente, o outro lado é cercado por quilômetros de areia, e mesmo que eu conseguisse fugir daqui, morreria perdida no meio do deserto. É praticamente impossível conseguir sair desse lugar. — pensei angustiada. 

— Calma, Layla! Respira! — sussurrei para mim mesma, tentando buscar algum controle.

Ainda estou devastada, tentando processar toda a situação que estou vivendo e aquela conversa cruel que ouvi. Jade destruiu uma família com sua ganância. Eu sempre soube do seu mau-caratismo, no entanto nunca imaginei que sua maldade chegaria a esse ponto. Ela é uma mulher superficial que só se importa com o seu status de princesa e luxo à sua volta. Nem atenção ao filho, costuma dar, e só faz isso na presença de Zyan como uma tentativa de provar que é uma boa mãe. Mas é apenas uma mulher fútil e, na maioria das vezes, vulgar. Ainda trai o marido dentro de nossa própria casa. Uma dúvida ronda a minha cabeça: será que Karim é filho de Zyan?

Sob O Domínio do sheik Where stories live. Discover now