Boa noite! <3 <3
Só aviso que tem um olho na minha lágrima por causa desse capítulo... :'(
* * *
Abri meus olhos e imediatamente recuei. Hã?! Minhas costas bateram em algo e, recuperando um pouco a calma, notei que havia uma barreira ao meu redor. Era uma camada amarela que me rodeava e mantinha as almas afastadas.
Comecei a rir. Obrigada! Estava segura. O que poderia ter acontecido comigo depois daquele desmaio? Estava largada à própria sorte e sem ninguém para me ajudar, mas não tinha sido preciso. Algo tinha acontecido e me protegido.
Fui controlando a minha respiração enquanto observava as almas se chocando contra a barreira e tentando encontrar uma brecha.
— Ainda bem que você fez essa barreira, querida.
— Vovó? – levantei imediatamente assim que a vi surgir dentro da barreira. — Pensei que tivesse me abandonado. – a abracei.
— Jamais. – ela passou os braços ao redor de mim e repousou as mãos em minhas costas. — Jamais.
Senti quando tudo ao nosso redor começou a girar rapidamente e apertei meus braços ao redor dela para impedir que saíssemos voando porque essa era a sensação que eu tinha. Fechei os olhos.
Sentia-me tão bem que nem perguntei para onde estávamos indo ou como ela tinha me encontrado ou sei lá quantas outras perguntas eu seria capaz de fazer... Curiosidade ao extremo, né?
E, como sempre, eu fazia bem em confiar em vovó. Jamais poderia esquecer a sensação que aquele lugar me trazia. Estávamos no bosque encantado dos nossos encontros. Será que ela me ajudaria a voltar à vida? Sim. Acho que essa era mais uma pergunta que eu não precisava realmente fazer.
— Kate? – escutei a voz dele e me afastei dos braços da vovó.
Téo estava parado ao nosso lado bem no final do túnel de galhos e suspendia um pequeno lampião. Não precisei correr, não precisei nem dar um passo, apenas precisei jogar meus braços ao redor do seu pescoço e vi quando vovó pegou o lampião dele.
— Kate!
Ele apertou os braços ao redor do meu corpo com tamanha força que pensei que fosse me desfazer, mas não reclamei. Sentia-me tão viva ali dentro. O abracei também, apertando-o o máximo que conseguia levando em conta meus pequenos braços e o largo corpo dele.
— Ah, meu Deus... Eu nem acredito, Téo. – encostei a cabeça em seu peito. — Eu vou voltar! – ele acariciava minhas costas.
— Senti tanto a sua falta. - sua voz era quase um suspiro como se aquele sentimento viesse realmente de dentro do seu peito. Levantei o rosto e o olhei. — Sorria para mim. – não foi nada difícil fazer isso depois de um pedido tão espontâneo e Téo deslizou os dedos pelas minhas bochechas. — Nunca mais nos deixe. - vi seus olhos fixos em meus lábios.
Ficamos nos fitando. Apenas isso. E era quase de verdade, não havia mais um espelho nos separando.
— Vocês precisam voltar. Agora. – vovó falou depois de dar um leve pigarro. — Toque na foto. – ela avisou ao Téo, mas, assim que ele retirou a fotografia do bolso do casaco, ela voou para longe. Começamos a correr para pegá-la, mas Maya surgiu no nosso caminho.
— Presumo que a senhorita tenha se esquecido de comprar a passagem de volta. – ela cruzou os braços sobre o peito e nos olhou, desafiadoramente. — Não posso crer que tenha me traído, senhora West. – relaxou os braços e seus olhos encontraram vovó.
ESTÁ A LER
A Maldição Gricem (Livro 2 - Saga A Herdeira)
FantasyTrês despedidas. Uma decisão. Sacrifício. Kate aceitou sua herança, mas não tinha ideia do que o destino lhe reservava. Destino?! Provavelmente não. Agora uma importante decisão deverá ser tomada, mas quais serão as consequências? A vida vale qualq...