Capítulo 18

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Boa noite! <3 <3

Só aviso que tem um olho na minha lágrima por causa desse capítulo... :'(


* * *

Abri meus olhos e imediatamente recuei. Hã?! Minhas costas bateram em algo e, recuperando um pouco a calma, notei que havia uma barreira ao meu redor. Era uma camada amarela que me rodeava e mantinha as almas afastadas.

Comecei a rir. Obrigada! Estava segura. O que poderia ter acontecido comigo depois daquele desmaio? Estava largada à própria sorte e sem ninguém para me ajudar, mas não tinha sido preciso. Algo tinha acontecido e me protegido.

Fui controlando a minha respiração enquanto observava as almas se chocando contra a barreira e tentando encontrar uma brecha.

— Ainda bem que você fez essa barreira, querida.

— Vovó? – levantei imediatamente assim que a vi surgir dentro da barreira. — Pensei que tivesse me abandonado. – a abracei.

— Jamais. – ela passou os braços ao redor de mim e repousou as mãos em minhas costas. — Jamais.

Senti quando tudo ao nosso redor começou a girar rapidamente e apertei meus braços ao redor dela para impedir que saíssemos voando porque essa era a sensação que eu tinha. Fechei os olhos.

Sentia-me tão bem que nem perguntei para onde estávamos indo ou como ela tinha me encontrado ou sei lá quantas outras perguntas eu seria capaz de fazer... Curiosidade ao extremo, ?

E, como sempre, eu fazia bem em confiar em vovó. Jamais poderia esquecer a sensação que aquele lugar me trazia. Estávamos no bosque encantado dos nossos encontros. Será que ela me ajudaria a voltar à vida? Sim. Acho que essa era mais uma pergunta que eu não precisava realmente fazer.

— Kate? – escutei a voz dele e me afastei dos braços da vovó.

Téo estava parado ao nosso lado bem no final do túnel de galhos e suspendia um pequeno lampião. Não precisei correr, não precisei nem dar um passo, apenas precisei jogar meus braços ao redor do seu pescoço e vi quando vovó pegou o lampião dele.

— Kate!

Ele apertou os braços ao redor do meu corpo com tamanha força que pensei que fosse me desfazer, mas não reclamei. Sentia-me tão viva ali dentro. O abracei também, apertando-o o máximo que conseguia levando em conta meus pequenos braços e o largo corpo dele.

— Ah, meu Deus... Eu nem acredito, Téo. – encostei a cabeça em seu peito. — Eu vou voltar! – ele acariciava minhas costas.

— Senti tanto a sua falta. - sua voz era quase um suspiro como se aquele sentimento viesse realmente de dentro do seu peito. Levantei o rosto e o olhei. — Sorria para mim. – não foi nada difícil fazer isso depois de um pedido tão espontâneo e Téo deslizou os dedos pelas minhas bochechas. — Nunca mais nos deixe. - vi seus olhos fixos em meus lábios.

Ficamos nos fitando. Apenas isso. E era quase de verdade, não havia mais um espelho nos separando.

— Vocês precisam voltar. Agora. – vovó falou depois de dar um leve pigarro. — Toque na foto. – ela avisou ao Téo, mas, assim que ele retirou a fotografia do bolso do casaco, ela voou para longe. Começamos a correr para pegá-la, mas Maya surgiu no nosso caminho.

— Presumo que a senhorita tenha se esquecido de comprar a passagem de volta. – ela cruzou os braços sobre o peito e nos olhou, desafiadoramente. — Não posso crer que tenha me traído, senhora West. – relaxou os braços e seus olhos encontraram vovó.

A Maldição Gricem (Livro 2 - Saga A Herdeira)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora