Capítulo Vinte e Três - Boa noite, minha pequena Megan

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DANIEL

-Ai a mamãe brigou comigo, e disse que se eu desse língua para a minha professora de novo, ela tirava da minha boca - Arthur me olhou de cenho franzido - e a língua sai da boca?

Começamos a rir alto pela historia de rebeldia do meu filho que não tinha gostado de ser chamado a atenção pela professora - sua mãe não vai fazer isso, mas nem eu quero que você faça isso outra vez, entendeu?

Ele balançou a cabeça - eu fiquei com raiva.

-É normal garotão - Lucas piscou o olho - uma vez minha mãe me fez ficar de joelho no milho.

Arthur arregalou os olhos e olhou para mim assustado - a mamãe vai fazer isso?

Encarei Lucas com raiva que riu sem graça e voltei para meu filho - sua mãe jamais faria isso com você ou sua irmã. Você quer mais suco?

-Quero.

Peguei o copo com suco de laranja e coloquei nas mãozinhas do meu garoto que pegou com cuidado e foi tomando aos poucos enquanto eu ajeitava o seu cabelo que nunca queria ficar no lugar. Ter seu corpo quentinho em meu colo, me deixava maravilhado com algo tão lindo que eu ajudei a criar. Olhei para a mesa onde minha mãe e Megan conversavam seriamente, com Aghata sentada no colo da mãe comendo coxinhas e que sempre olhava para mim sorrindo o que me fazia retribuir. Eu não fazia ideia do que as duas conversavam, mas não parecia algo tão bom pela expressão que minha ex-mulher fazia.

-Você tem ideia do que elas conversam? - Carlos perguntou curioso - desde que elas se sentaram não saíram dali, e já faz uns bons vinte minutos.

-Estava pensando a mesma coisa. - ajeitei meu filho e olhei para meu pai que começou a andar na mesa onde estava as duas e se sentou na cadeira vaga. Aghata não perdendo tempo, pulou do colo na mãe e correu para o avô recebendo um beijo do mesmo.

-Você vai viajar? - Bruno me perguntou o que agradeci

-Daqui a algumas semanas. Vamos jogar contra o Canadá, e esses dias os treinos estão sendo mais pesados do que esperado. - esfreguei meu rosto sentindo o cansaço pelo dia corrido - queriam que eu gravasse um comercial, mas eu não estou mais com aquele pique dos holofotes em cima de mim.

-Você encontrou algo que realmente vale a pena o seu tempo. - Thomas afirmou e dei um sorriso passando as mãos novamente na cabeça do meu filho que sorriu me fazendo derreter cada dia mais

-Sem duvidas. Eu tenho agradecido bastante por ultimamente não temos viajado muito. Parece que o fim de semana nunca vai chegar para pegar eles dois.

-Como vai o tempo de adaptação? - David perguntou cutucando a perna do meu filho que começou meche-las soltando risadas - não quebrou nenhuma televisão não é Arthur?

-A mamãe brigou comigo porque eu joguei bola em casa. A Aghata é fofoqueira.

-Mas quem disse que quebrou a televisão foi você - falei brincalhão e ele abriu a boquinha

-Foi mesmo. Eu sou fofoqueiro?

-Nenhum pouquinho - falei irônico e funguei em seus cabelos que tinha cheiro de chiclete

-Papai? - olhei para o lado e minha menina tinha seus braços estendidos para pega-la o que não tardei de fazer. Aghata era tão miudinha que parecia uma boneca de porcelana

-Oi meu amor. - olhei para a mesa com meus pais e Megan, e estranhei por minha mãe gesticular tanto enquanto Megan me observava sem expressão - o que eles estão falando?

-Não sei. Mamãe disse para eu ficar com o senhor porque era conversar de gente grande. Tem suco?

...

Perdoe-meWhere stories live. Discover now