Coroação da Rainha Estelar

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Eu ouvia minha respiração acelerada conforme andava em círculos no grande salão do Palácio. A inquietação tomava meu corpo, me deixando ansiosa.

O grande dia chegara. Mesmo que eu não quisesse. Mesmo que eu pedisse à Deusa da Lua para que os dias se demorasse mais um pouco.

A coroação, minha coroação a rainha de um reino. Era um título que eu não queria, eu não almejava de nenhuma forma. Mas esse era meu destino e minha obrigação. Fora pra isso que me treinaram a vida toda. E eu aceitei, aceitei pelo meu povo que precisava de uma rainha por eles. Aceitei pelo povo do Reino Estelar.

Eu não tinha muitas opções, minha mãe e meu pai morreram na guerra e só sobrara a mim. E eu não deixaria meu povo sem alguém com que eles pudesse contar. Pudesse olhar, interceder e cuidar deles. Eles mereciam o melhor de mim. E eu daria.

Mesmo de dentro do Palácio, entre paredes grossas e sólidas eu escutava o burburinho de conversas animadas do lado de fora, em frente a praça.

- Majestade, está pronta ? – perguntou Fausto o general dos nossos exército.

Engoli em seco.

- Suponho que eu precise estar – respondi.

Ele fez que sim com a cabeça. Fausto era o general e homem de maior confiança da nossa família e nosso reino a séculos. Um homem alto e musculoso com fisionomias duras e valente, como de um guerreiro. Porém ainda assim era lindo. Os olhos castanho dourado eram bondosos. Os cabelos brancos compridos e brancos como a neve ficavam presos em um coque firme.

Ele ajeitou a espada comprida e reluzente ao lado do corpo. A lâmina era tão afiada que eu jurava que se ele a brandisse contra uma rocha, a rocha levaria a pior.

- Estou bem ? – levantei os braço para ele me avaliar.

Eu usava um vestido de seda esvoaçante. A cor era de um branco neve delicado. Era justo em cima, deixando todo o meu colo e braços de fora. Meus cabelos ondulados, negros como nanquim caiam como um manto pesado ao meu redor. Olhei mais uma vez para baixo para conferir. Parecia em perfeito estado. As tatuagens como finas ramas de flores subiam pelos meus braços, pernas e abdômen. A marca da realeza.

- Perfeitamente, senhora – disse ele num tom respeitoso.

- Certo, então vamos – falei e comecei andar.

Fausto pigarreou e eu parei para olha-lo.

- As asas, Majestade – lembrou ele inclinando um pouco a cabeça.

- Ah, sim.

Conjurei minhas asas e posicionei bem abertas atrás do corpo. Farfalhei elas de leve e dei uma olhada. Era a parte de mim que eu mais gostava. Minhas asas tinham uma envergadura longa e delicada. Pareciam fios de seda tecidos manualmente por mãos pequenas e delicadas formando grandes penas tão brancas que pareciam prateadas e reluzente. Mas apesar da aparência delicada eram fortes e poderosas, nunca falharam.

Contos para se aterrorizar: porque o perigo espreita as sombrasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora