O Pacto de Sangue

57 13 165
                                    

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


Já era quase meia noite do dia dos mortos. Uma figura pequena e magra, trajando uma capa com capuz preto, caminhava apressada, seguindo uma trilha por dentro da floresta. As árvores altas, com galhos compridos, balançavam ao sabor da brisa noturna.

A lua cheia iluminava o parco caminho, com seus raios passando precariamente por entre as copas folhadas. Animais noturnos emitem seus sons, formando a cantoria tenebrosa, que assustava a criatura inocente. Havia poucas corujas, mas eram as de som mais sombrio.

**

Para esclarecer o que a pequena fazia ali, é necessario voltar a uns meses atrás. Depois da escola, um grupo de alunos adolescentes, se reuniu depois da aula, na mesma clareira para onde a garota seguia agora.

Naquele fatídico dia, as cinco meninas resolveram fazer um pacto de sangue. Com um pequeno corte na palma da mão, deixaram qie o sangue pingasse sobre um pote, onde repousava um objeto de cada uma. Após isso, sugeriram que a mais nova dissesse algumas palavras, para confirmar o pacto.

A menina, sem hesitar, citou alguns versos que ouvira sia avó recitar no dia de halloween:

mortuum, mortuum, accipie promissionem unionis

(Mortos, mortos, recebam esse sangue como promessa de união)

Depois de falarem, fizeram uma pequena fogueira e despejaram tudo ali. Quando os objetos banhados na mistura de sangue, entraram em contato com o fogo, houve uma pequena explosão e o fogo azul, se tornou vermelho e logo apagou, deixando só cinzas.

As meninas estavam estáticas, de boca aberta, sem entenderem o que havia acontecido, era para ser só uma brincadeira, que no final, foi muito estranha. Elas olharam umas para as outras e caladas, se foram daquele lugar.

A mais nova, sem temer o que aconteceu, pegou um galho pequeno e espalhou as cinzas. Não havia sobrado nada e ela tinha colocado o anel que sua avó lhe dera, dizendo que não tirasse do dedo, naquela brincadeira. Futucou mais um pouco até fazer um buraco no chão e sentir o galho prender em algo.

Puxou com força e do chão pulou um anel. Ele voou alto e ela aparou com a mão, quando caiu. Depois de limpar a terra, achou que era parecido com o de sua avó e colocou no dedo. Depois seguiu pelo caminho e saiu da floresta, indo para casa.

**

Depois desse dia, vários acontecimentos estranhos, preocuparam a garota. As meninas que participaram do ritual, todas, morreram de causas estranhas, acidente de carro, atropelamento, bala perdida e afogamento durante um treino de natação. Em todos os casos, ninguém soube explicar o que aconteceu.

A menina pensou consigo, eu sou a próxima e voltou ao local, para tentar desfazer o tal pacto. Chegando lá, juntou uns gravetos no mesmo lugar, pos o anel em cima, cortou a mão e deixou pingar o sangue, repetindo as mesmas palavras de antes. Pegou os fósforos que levara e acendeu a fogueira.

Contos para se aterrorizar: porque o perigo espreita as sombrasWhere stories live. Discover now