A Vampire's Dangerous Love|| Niall Horan 2º Temporada

I'm not strong...

Niall's POV On#

Mais uma mordida, mais sangue, mais sede, mais êxtase, mais adrenalina... Os meus dentes perfuravam as veias do pescoço de uma rapariga ruiva qualquer, num bordel qualquer, nos lugares mais remotos de Londres. O sangue da rapariga era quente e escorria pela minha garganta enquanto a ponta da minha língua limpava as pequenas gotas no seu queixo. A ruiva dava os seus últimos suspiros enquanto os seus olhos perdiam a vida lentamente, ela estava deitada nos meus braços, e agora, morta.

Deixei o seu corpo cair no chão, levantei-me do cadeirão, sentia as gotas de sangue a caírem no meu peito, a minha camisa estava desapertada até meio da barriga, o meu cabelo despenteado, a minha respiração estava descontrolada.

Olhei em volta e sorri... Estava tudo morto. Homens e mulheres, corpos sem vida acumulavam-se uns em cima dos outros, muitos estavam de olhos abertos. Eles nem sequer tiveram tempo de gritar, de fugir, de implorar... Sem misericórdia, eu matei-os a todos. Não quero saber das regras de Liam, eu já estou farto dele, farto desta vida, desta monotonia. Eu já me tinha esquecido do sabor de sangue humano, da euforia que este dava a vampiros... Mas eu queria mais...

Dei um pontapé num dos corpos que estava no chão, enquanto me dirigia para a saída. Não muito longe daqui ficava outro bordel, outras presas, sangue vivo, quente, delicioso... Os meus dentes estavam compridos, os meus olhos vermelhos. A minha sede por sangue aumentava a cada minuto, a cada segundo, eu já não conseguia controlar a minha sede, o desejo, eu já não estava em mim, mas parei... Uma das mulheres parecia-se com ela...

Eu desejava que fosse ela, que fosse a mulher que invade a minha mente todos os dias, que fosse a mulher que me fez matar estas pessoas que entrasse por aquela porta e me resgatasse, mas não... Beatrice não vai voltar nem por nada, eu magoei-a da maneira mais horrível possível, eu traí-a com uma mulher que eu próprio odeio, eu deixei-me levar pelas conversas mansas, deixei-me levar pelos encantos de Marcie... Deixei-me levar pelas memórias do passado. Eu esqueci-me do presente, esqueci-me do que realmente importava. Eu sabia que isto não iria dar bom resultado, eu nunca me esqueci de como me sentia em relação a Marcie, mas eu amo a Beatrice. Prender-nos ao passado impede-nos de ter um futuro, eu devia ter-me focado nela, devia ter parado Marcie, devia ter olhado para o presente...

Acabei por atirar uma cadeira para o outro lado da sala, um grunhido alto saiu da minha boca, por muito dopado que tivesse do sangue, eu ainda sentia a dor. A dor do vazio, a dor de abandono, a dor que Beatrice deixou em mim. E eu não fiz nada, eu devia ter ido atrás dela, tê-la parado, mas não, eu fiquei parado enquanto a via desaparecer pelas ruas de Londres, fiquei quieto enquanto a via levar um bocado de mim, mas eu não sabia o que fazer... Ela tinha razão, eu não a mereço na minha vida, eu prometi que nunca a ia magoar, que podia contar comigo... Mas eu só dei razão a Zayn, que sou um mentiroso, um falso, que brinquei com ela... Mas não é assim, agora não há nada que eu possa fazer a não ser respeitar a decisão dela, eu quero que ela seja feliz e claramente ela não é com uma pessoa como eu.

Neste momento ela deve estar com Zayn, a chorar nos braços dele por um idiota como eu, Zayn deve estar deliciado com o facto de a poder ter só para ele. E eu não posso fazer nada, ela nunca mais me quer ver...

Senti a minha garganta a fechar, custava a engolir, a minha respiração tornou-se irregular, a minha visão ficou turva. As lágrimas formavam-se nos meus olhos à medida que eu me lembrava de Beatrice a ir embora, das palavras que ela me atirou à cara, da expressão na sua face quando me viu com Marcie, das lágrimas dela, que eu a perdi... Sentei-me no chão frio e levei as mãos à cabeça, o que é que eu fui fazer...?

Ouvi a porta da rua a abrir-se, olhei para lá e reconheci um corpo feminino. Eu já nem queria saber se era caçadora ou se me ia matar, ou se era uma rapariga normal, mas pouco importa, eu só quero que esta dor acabe.