Capítulo 17 - Seja bem-vinda!

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Olívia desceu do carro e se virou para enxergar Yanka fazendo o mesmo do outro lado do veículo. Monique saiu da porta traseira e esperou que todas estivessem juntas para caminhar para a porta da frente. Antes que alcançassem a entrada, Joyce apareceu, toda sorrisos.

- Oi meninas! Seja bem-vinda, Yanka.

A jovem olhou atravessado para a morena e retribuiu de forma fria o abraço que ela lhe dava. Pra ela estava muito claro o teatro que Joyce estava fazendo, por conta da presença de Monique e Olívia. Havia pensado seriamente em recusar o convite para ficar na casa da executiva, mas possuía dois motivos fortes para aceitar: o primeiro é que não podia ser indelicada com Olívia, por tudo o que ela estava fazendo por sua mãe. O segundo era porque não tinha onde ficar e não podia morar em um hospital.

- Obrigada, Joyce.

- Eu sinto muito pelo o que aconteceu com sua mãe. Certeza que agora ela ficará bem.

- É o que espero.

- Enquanto isso, quero que se sinta confortável aqui.

A jovem se limitou a dar um sorriso amarelo e assentir com a cabeça. Outra certeza era a que não ficaria nem um pouco confortável naquela casa.

Olívia entrou e puxou Yanka pela mão, apresentando a parte inferior da casa para a jovem. Monique se encostou contra o braço do sofá, observando enquanto as duas faziam um tour pelo espaço. Se virou para Joyce para enxergar seu sorriso congelado no rosto. Por mais que ela tentava soar amigável com Yanka, tinha quase certeza que ela estava apenas suportando aquela situação e que, em qualquer momento, iria mostrar sua verdadeira face, da mesma forma como havia feito em Arraial. Não conseguia enxergar nenhuma verdade em sua postura. Torcia, fervorosamente para estar errada.

- Bom, esse é seu novo lar temporário – sorriu Olívia para Yanka. – Qualquer coisa que precisar, pode falar comigo.

- Obrigada, Olívia. Eu agradeço demais o que está fazendo por mim, mas é quase certeza que vou passar mais tempo no hospital. Mesmo que o médico tenha dito que não tem porque eu permanecer por lá, enquanto minha mãe estiver em coma, eu quero ficar perto dela.

- Eu entendo perfeitamente – concordou a executiva. – Mas é bom que descanse também. Ela está bem cuidada, em mãos de excelentes profissionais.

- Você terá muito tempo com ela ainda – emendou Monique. – Esse é só um período que vai passar muito rápido.

- Eu espero que sim.

- Meninas, eu tenho que ir agora – anunciou Joyce. – Tinha marcado um compromisso para agora de manhã, mas até uma hora da tarde já estou de volta. Se precisar de qualquer coisa, Yanka, basta chamar Carmem. Ela vai providenciar pra você.

- Obrigada, Joyce.

Olívia olhou com curiosidade para a esposa, mas deixou para conversar com ela em outro momento. Observou Joyce pegar a bolsa e sair de casa e voltou sua atenção para sua prioridade naquele momento.

- Como você está, Yanka? – perguntou ao pegar a mão da jovem. Puxou-a para se sentar no sofá.

- Tensa demais – respondeu com sinceridade. – Fiquei completamente perdida, ainda estou. Nunca tinha imaginado ver minha mãe tão debilitada, tendo que ficar com um monte de fios e tubos no seu corpo, eu...

Monique sentou ao lado de Yanka e a puxou para um carinho delicado em seus cabelos. Olívia pegou sua mão e depositou um beijo nela.

- Vai ficar tudo bem. Faremos de tudo para que isso aconteça.

Paraíso TropicalWhere stories live. Discover now